quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

"MEDIUNIDADE SUFICIENTE"




Mediunidade de Todos e Para Todos.


VISIONCHAMANIQUES.BLOGSPOT.COM.brumes paiennes


Mediunidade Natural
Calunga





Aqui vai, pra vocês da Terra, um alerta. Vocês que estão no Brasil, vivem numa realidade diferente no que se refere à compreensão da vida espiritual, não têm ideia do que tem lá fora...

É que no Brasil, com todo o preconceito que ainda existe, com toda discriminação religiosa que, graças a Deus, não é oficial nem estatal*, os Espíritos têm tido oportunidade de participar bastante, seja nos meios em que sua ação é reconhecida, seja onde ela, pelo menos sem ser aceita declaradamente, também não é rejeitada.

Participar significa colaborar, inspirar, e até falar através de médiuns respeitados nacionalmente, seja qual for a opção religiosa das pessoas(1). Ir desvendando estes caminhos, ajudando o povo a compreender o que se passa em suas vidas e a trilhá-los com mais acerto. Vocês não imaginam o que isto significa de avanço para este povo, como as cabeças se abrem e as idéias se arejam, o quanto isto nos predispõe, não enquanto povo somente, mas enquanto comunidade espiritual, a nos transformarmos neste celeiro de alimento espiritual para o mundo. Isto já está acontecendo: vejam quantos brasileiros cruzando fronteiras, cruzando o oceano, levando esta mensagem da continuidade da vida e das afeições, da importância deste fluxo de comunicação entre os planos encarnado e desencarnado, que são duas faces, dois aspectos, dois jeitos de viver uma mesma vida.


DETUDOBLOGUE.BLOGSPOT.COM.world-at-night_2271534k


Levando as palavras dos bons Espíritos, dos mentores, destas criaturas que transudam luz e amor, e que tanto podem cooperar nesta hora da Humanidade(2).


MAGICK-INSTINCT.BLOGSPOT.Art rupestre de Patagonie-cueva-de-las-manos


O alerta que eu trago, é para que se preste mais atenção à mediunidade, que não se deixe, como tem sido até hoje, a mediunidade no domínio do religioso e do místico, coisa de gente atrasada, como muitos dizem. Meus amigos, a mediunidade é um processo humano, natural, científico, submetido a leis que ainda não foram compreendidas o suficiente(3).


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Abram os olhos para enxergar o que eu estou dizendo! Que gente atrasada produziria um livro da estatura de um Paulo e Estêvão? Que gente atrasada faria tanto bem, auxiliando, consolando através da psicografia, curando? Que gente atrasada faria tanto bem ao mundo de maneira geral, um bem que não se vê, porque ninguém sai contando (tem vergonha) mas que se um abrisse a boca e dissesse, abrindo mão de seu orgulho acadêmico, logo descobriria que não está sozinho. Eu já cansei de ver médicos que não conseguem curar-se a si mesmos sairem curados de cirurgias mediúnicas ou, pelo menos, com grande melhora e alívio(4).

A mediunidade está aí, sempre esteve, e não é um modismo que logo passa. A mediunidade é o amor de Deus por voces, permitindo que onde quer que estejamos, do lado de cá ou do lado daí, continuemos trocando vibrações de afeto, palavras de carinho e estímulo, ofertando instrução de parte a parte.


AGORAS.TYPEPAD.FR.Regard eloigne-mieux ce sentiment. L'être humain se transforme.,


Vocês que vivem no Brasil estão hoje em condição de alargar muito este entendimento, da lei dos fenômenos mediúnicos, da prática cotidiana da mediunidade, da convivência com este manancial de possibilidades para o bem geral(5).

Não tranquem a mediunidade nas salas das casas espíritas, não alimentem mais este clima de mistério e sobrenatural que cerca as manifestações mediúnicas. Tirem os véus do formalismo, usem a naturalidade e a espontaneidade, porque os contatos mediúnicos devem ser naturais e espontâneos. Sejam vocês os primeiros a se libertarem do medo e da ignorância, para não serem cegos conduzindo cegos. E o pior cego, vocês sabem, é o que não quer ver(6).



Do livro "Idéias Fortalecedoras", ditado pelo espírito Calunga. Psicografado pela médium Rita Foelker.




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*    Calunga estaria se referindo a Constituição da República Federativa do Brasil, cujas informações a respeito da liberdade de escolha quanto ao credo religioso se encontram em seu Artigo 5º, do Capítulo I, do Título II:

"
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
                                                                                                                     "


Heliana Staut

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Mediunidade Naturalíssima!
Heliana Staut


1) É necessário, conforme afirma Calunga, o despertar de todos os habitantes da Terra quanto ao entendimento de que não há, nem nunca houve razão, para a distinção de nacionalidade e religião à pessoas, comunidades e povos, sobre algo muito importante, que é o natural convívio de pessoas do plano físico com "pessoas" do plano espiritual, que as duas realidades existem juntas, não apenas a realidade física existente, como acredita alguns dos povos da Terra: "..., os Espíritos têm tido a oportunidade de participar bastante, seja nos meios em que sua ação é reconhecida, seja onde ela, pelo menos sem ser aceita declaradamente, também não é rejeitada."; "Participar significa colaborar, inspirar, e até falar através de médiuns respeitados nacionalmente, seja qual for a opção religiosa das pessoas.". Infelizmente o histórico em algumas nações quanto ao surgimento de uma determinada religião que lhes são oficial nacionalmente, a partir de uma dada pessoa religiosa, em um dado tempo histórico, que tenha se tornado uma referência espiritual de grande importância ao povo de sua época, nações nas quais é ainda hoje inconcebível pensar na existência da vida humana (nem divina, nem não divina, e nem diabólica) enquanto vida existente em um outro plano de vida, o plano espiritual, ou que conceba, mas, que a veja de forma distante, divina e até mágica em relação a vida física, determinou em alguns destes casos de nações a existência do extremismo religioso (intolerância religiosa), ao ponto tal de resultar como consequência ações coletivas de agressão física às pessoas, famílias e comunidades, e seus pertences, levando-as muitas vezes à morte física, essa forma de expressão da intolerância religiosa sentida e vivida no seio de tais povos encontra também noutros diversos aspectos da história destas nações outras raízes que as caracterizam e as justificam, não somente esta raiz aqui apontada, sendo alguns deles também de ordem antropológica, arqueológica, histórica, social, política, econômica, do próprio religioso, etc. (1). Em outras nações, nas quais há menos exagero quanto as formas de expressão de intolerância religiosa, se limitam apenas a restrições formais como sendo a expressão legitimada de intolerância, nestas nações também se justifica tal proceder pela História e Arqueologia, bem como por meio de outras tantas Ciências Humanas, Sociais e Econômicas que vem identificando importantes aspectos de tais posturas culturais. Em todos os casos de nações apontadas até aqui, em algumas delas não se aceita que possa existir a comunicabilidade entre os dois planos da vida, e em algumas outras nações aceita-se a existência dessa comunicabilidade, porém apenas dentro da compreensão antropológica milenar das mentes dos povos que as compõem. Já noutras nações, sejam as oficiais e predominantemente católicas, ou as oficiais e predominantemente protestantes, a intolerância religiosa também existe, em grau bem menor, de forma pacífica, nestas nações outras religiões nasceram e sobrevivem (tanto as antigas e milenares, quanto as novas e seculares), ainda que de forma tímida e diminuta, enquanto fração da sociedade, ainda assim, mesmo nestas nações, existe algum grau de intolerância religiosa. Não é porque uma pessoa já é desencarnada, para o entendimento dos não espíritas (não kardecistas), a pessoa já "morta", "falecida", que ela deixou de ser pessoa para ser "Espírito" tão somente, pois todas as pessoas são Espíritos, se todos tivessem esse entendimento ficaria fácil aceitar a comunicabilidade dos Espíritos desencarnados para com os Espíritos que estão encarnados, não importando a maneira de professar a fé religiosa na qual acredita. Em vista da última observação de Calunga, "..., seja qual for a opção religiosa das pessoas.", um dia a Humanidade entenderá que não se justificam tão variadas religiões, se o Pai Celeste é um só e o mesmo, e se Seu Filho é um só e o mesmo também, e entenderá que a comunicabilidade dos desencarnados (sem carne, sem corpo físico) para com os encarnados é uma das características da população planetária terrestre, e portanto, uma fatalidade natural, inerente a esta população planetária, pois foi assim que Deus Pai programou a vida na Terra, e assim, ocorre em todo lugar com pessoas de todas as religiões e nacionalidades, por isso que por mais que ocorram medidas que visem reprimir algum fiel da religião que professa pelo fato de que esse fiel recebe alguma forma de comunicabilidade dos Espíritos desencarnados não conseguirá destruir esta comunicabilidade, pois continuará a ocorrer, mesmo que já não sejam mais os mesmos Espíritos desencarnados a estabelecerem a comunicação. É uma fatalidade natural o intercâmbio comunicativo entre os dois planos da vida, que ocorre no âmago de todas as religiões existentes em todas as nações liberais no aspecto religioso, dando-se todos a todos desta referida realidade tal abertura comunicativa, realidade esta que prova não se tratar de invencionismo dos homens, só porque é liberado nacional e constitucionalmente, e assim reconhecida tal forma de comunicabilidade.

Os que vivem no Brasil são de fato privilegiados quanto ao entendimento da comunicabilidade entre o plano físico e o plano espiritual, pois o povo brasileiro vive a realidade cotidiana da existência material e visível de diversos credos religiosos todos os dias, de diversas formas, sejam estas formas o convívio entre pessoas de credos diferentes em ambientes de trabalho, de estudo, na vizinhança, nas ruas, etc. (2). Ou seja, uma forma de alcance do entendimento do religioso vivido por cada pessoa vem do relacionamento através do convívio, diário ou não, que propicia a troca de experiências de vida e conhecimentos advindos destas experiências religiosas entre elas, alargando o universo de conhecimento de cada um mutuamente, e assim, expandindo-se a mente para a realidade do outro, despertando-as culturalmente, ampliando o conhecimento e a leitura do mundo humano. Em algumas pessoas chega a provocar o interesse pela busca desta realidade cultural religiosa diferente por sentirem a necessidade íntima de algo mais, que as completem, e que responda às necessidades existenciais individuais, e para isso estas pessoas não vão se preocupar quanto ao fato de que o credo delas seja diferente, e sim vão procurar esse "a mais" que sentem não encontrar onde professam a própria fé, em alguns casos chega-se ao ponto da mudança de credo religioso. Uma outra forma de alcance do entendimento quanto a diversidade religiosa no qual a pessoa se vê inserida socialmente, e se vê fazendo parte desta realidade no cotidiano, é topar em muitas quadras e ruas, a partir de qualquer trajeto que faça para chegar a algum lugar, com edifícios de diferentes religiões, mantendo-se o respeito aos referidos edifícios e religiosos que a eles frequentam, e que não representam o mesmo credo religioso que professa, mesmo que essa pessoa jamais venha a aceitar outras culturas religiosas, seja valorizando-as ou não. Este é o resultado da liberdade de credo religioso no Brasil, bem como em outras nações onde essa liberdade é primada inclusive por decreto ou constituição nacional. Isto tudo, toda esta experiência, significa viver a pluralidade religiosa nacional. No Brasil esta facilidade, que é um direito existencial garantido pela constituição de leis federais brasileiras, garante também, como consequência, o direito aos Espíritos de se manifestarem nos mais diferentes credos, pois isso é necessário, e com isso pessoas dos mais diversos credos, pessoas com mediunidade, nunca serão massacradas por receberem a comunicação dos Espíritos (comunicação que se dá de diferentes formas, e com diferentes nomes conforme a religião), e seus prédios religiosos não serão destruídos, esta é a participação do Espíritos Superiores da vida material dos homens a que se refere Calunga.

Entretanto o resultado alcançado secularmente no Brasil quanto ao respeito para com a pluralidade religiosa nacional não é perfeito, pois, apesar de todos os fatores favoráveis à construção de uma consciência coletiva social, política e humanitária bem desenvolvida sobre este setor da vida, ocorrem às vezes, sim, a agressão aos locais de fé religiosa. As pessoas têm a liberdade de seguir o credo que quiserem, bem como a de saberem da obrigação moral do respeito por pessoas de outros credos religiosos, e por seus respectivos locais onde professam a própria fé. Tudo isso por viverem a diversidade cultural religiosa, graças ao reconhecimento dentro do território nacional brasileiro ao direito de cultuar a religião a que for mais afeito. Entretanto o respeito mútuo não significa a aceitação passiva dos outros credos enquanto algo a acreditar e seguir, mas sim a aceitação no sentido de uma consciência cultural e social já formada de que todos têm o direito de escolher o seu credo, ainda que cada pessoa não concorde com o credo alheio, e que não concorde com a existência de outras religiões, acreditando que somente a sua é a correta e divina, aceitar, portanto, o credo alheio, é aceitar o outro com suas diferenças, porque não se pode idealizar como correto seu próprio modelo religioso com seu conjunto de crenças para todas as pessoas, e ainda desejar que todas sigam este modelo, na verdade as pessoas podem sim ter essa reação íntima, e até expressá-la, mas sabe que não pode impor às outras pessoas. O direito a pluralidade cultural/religiosa é garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil, apesar disto a intolerância religiosa ocorre no Brasil, ainda que de modo mínimo e grave comparativamente a outros países, um mínimo e grave que já é, na verdade, muito grave, e por este motivo ainda é um mal a ser combatido por diversos vieses: sociológico, educacional, jurídico, etc., e de certa forma já está ocorrendo este combate, portanto este combate é um processo histórico demorado, e cujos resultados objetivados hão de ser alcançados em algum momento histórico. Fica a nós, os brasileiros, os abrasileirados, e os estrangeiros não naturalizados que no Brasil vivem, a tarefa de boa vontade de buscarmos meios concretos e práticos de combater e superar esta dificuldade social, cultural e nacional, de reconhecermos a necessidade deste combate como responsabilidade de cada um, e assim empunharmos esta bandeira da paz criando várias iniciativas coletivas, desenvolvendo movimentos sociais religiosos, procurando desenvolver a educação religiosa nas escolas através da interdisciplinaridade, desenvolver esta prática também nas próprias igrejas, buscando medidas jurídicas concretas, etc. (3).

Para as outras nações do mundo nas quais a intolerância religiosa é explícita em decorrência da defesa da religião nacional e oficial esta situação tem sido uma realidade cotidiana, o desafio de superar esta intolerância é bem mais difícil e complexa, por isso é um problema bem maior, e historicamente ainda mais demorada para concretizar sua solução. O desafio de viabilizar meios sociais, políticos, legislativos, constitucionais, educacionais, religiosos, midiáticos, ..., que garantam a aceitação pela população destas nações ao pluralismo religioso e aos direitos humanos até então totalmente desprezados e impensados pela própria população, a âmbito nacional, em que se vise o reconhecimento deste pluralismo como direito nacional garantido por meio da constituição de uma lei humanizada em substituição a lei atual vigente na qual é possível esteja existindo uma brecha que favoreça a opressão a pessoas e grupos de credos religiosos diferentes, configura-se como ação urgente obrigatória, a meta é a extinção gradual da cultura da intolerância religiosa até ao seu desaparecimento completo, é o fim último a que se chegará como resultante de movimentos sociais religiosos, e outros meios de ação de iniciativas governamentais e não governamentais. Este desafio é por demais difícil, e necessitará de um trajeto histórico longo que poderá estar marcado, infelizmente, por dores e dificuldades, um caminho difícil construído e percorrido a cada dia pelas populações e governos em questão por causa da mentalidade mesmo das pessoas que vivem esta realidade, por causa desta mentalidade que é cultural, e por isso difícil de ser transformada de um dia para o outro, este processo de transformação será o marco histórico que ajudará muito os grupos étnico-religiosos intolerantes a alcançarem o entendimento de não ver mais a necessidade de praticar qualquer tipo de hostilidade contra aqueles que não professem o credo nacional legitimado, e/ou queiram professar outra crença religiosa, e assim povos e governos não mais sustentarão leis frágeis vigentes, tais leis cairão por completo, facilitando assim, a concretização da fraternidade entre todos, e no planeta. Pois somos todos irmãos perante Deus, todo este mal que provém da intolerância religiosa é contra a vida humana, e provém do Homem concreto e social simbolizado pelo homem "profeta" de tempos antiquíssimos de cada um destes povos, não provém de Deus, portanto, por mais que se mostre nas "escrituras sagradas" anteriores a vinda de Jesus Cristo "profetas" que se "disseram" dirigidos por Deus para destruir povos inteiros por meio do derramamento de sangue. Estas transformações sociais/culturais/religiosas são mais do que necessárias na atualidade, e assim concretizadas não haverá mais um credo nacional a ser defendido, já que tais nações passarão a ser um Estado laico, mas mesmo assim, depois de um bom tempo histórico de luta pela erradicação da intolerância religiosa, após julgar-se a transformação ter sido alcançada e legitimada a nível nacional, é fato que casos isolados de perseguição religiosa movida pela intolerância continuarão a acontecer, porque pessoas e grupos destes povos, aqui e acolá, se demorarão a entender e a aceitar por todos os meios disponibilizados em âmbito nacional a uma nova forma de raciocinar a própria realidade que vivem, relutarão contra a nova lei nacional, ou se manifestarão solitariamente de forma incontrolada, mas sejam quais forem as muitas manifestações isoladas após acreditar-se tudo estar erradicado é então que se verificará a continuação do processo histórico de procurar erradicar este problema, portanto, uma trajetória complexa e demorada. A laicidade dos países de todo o planeta é a meta bastante clara a ser alcançada como trajeto evolutivo das consciências humanas como estágio evolutivo da Humanidade terráquea, como expressão de respeito para com a individualidade e a vida do outro e das coletividades. O alcance legitimado da laicidade por todas as nações do mundo será o marco histórico mundial que provará a evolução moral e intelectual desta Humanidade, uma fase importante ao lado de outras que já estarão alcançadas, para o alcance de outros estágios evolutivos no campo humanitário, intelectual e tecnológico ainda mais altos, pois a evolução é sem limites. A Humanidade precisa evoluir, e não estacionar, mantendo-se em estágio involutivo, cavernoso e troglodita.

Já em realidade diversa das citadas acima, o convívio mútuo e pacífico entre pessoas de credos diferentes propicia duas situações distintas de aceitabilidade entre os convivas. Uma situação é a relação entre pessoas de um agrupamento em que algumas delas não acreditam na comunicabilidade entre os dois planos da vida, enquanto que outras deste mesmo agrupamento acreditam nesta comunicabilidade, e todas deste grupo não acreditam que o homem possa ter muitas vidas materiais por meio da reencarnação, embora acreditem que a alma daquele que se vai da vida física está em algum outro lugar, seja conforme ensina uma religião, seja conforme ensina outra religião, seja conforme ensinam outros tipos de crenças religiosas, pois neste convívio há um respeito mútuo entre todos. Seria de fato bastante irracional que pessoas de credos diferentes que trabalhem num mesmo lugar resolvessem se agredir, evoluindo a agressividade ao ponto de uma briga física por causa de credo religioso, é tão irracional que tal não ocorre, pois há a noção de respeito em diversos aspectos. O acreditar na vida em outro lugar fora do plano físico depois da morte física já é acreditar que as pessoas desencarnadas vivem uma outra realidade a qual não se pode constatar visivelmente, ou seja, com os próprios olhos, no exemplo acima tal crença só foi possível ser alcançada por meio do credo religioso que professam. Interessante considerar que nas variadas ramificações evangélicas, professando-se uma crença religiosa correspondente, a comunicabilidade com os Espíritos existe em determinado momento da realização dos respectivos cultos religiosos, esta é a segunda situação: os seus fiéis acreditam nessa comunicabilidade, sendo esta proporcionada pelos "anjos" (quando se considera uma bênção de Deus), e por "demônios" (quando no culto religioso praticam o expulsamento de Espíritos "malignos" das pessoas por eles "tomadas"), apesar de aceitarem a comunicação de todos estes seres tão excepcionais não acreditam na comunicação de um ente da família ou de conhecidos desencarnados dentro ou fora do culto religioso, pois estes, para eles, estão dormindo, esperando acordar em determinadas situações divinais, e para o julgamento a que serão submetidos à partir de então. A outra situação vê-se nos católicos, para estes a comunicabilidade de entes familiares e amigos já "falecidos" também é impossível, pois para eles estes entes estão ou no purgatório, ou no Céu celestial, ou no "inferno". Os evangélicos, de qualquer modo, por acreditarem nas comunicações divinas nos cultos religiosos em suas igrejas permitem essas comunicações, e por isso vivem essas experiências, e assim, sem o saberem, recebem as benéficas comunicações dos Benfeitores Espirituais como sendo os "anjos do Senhor", que trabalham anonimamente com muito amor pelo bem de todos estes evangélicos, seja por meio do pastor muito religioso, seja por meio de alguns fiéis com dons mediúnicos autorizados pelo pastor a trabalharem junto a ele nos cultos religiosos. Nas igrejas católicas as comunicações também são permitidas pelo padre que, identificando os fiéis com "dons dados pelo Divino Espírito Santo" permitidos por Deus, os autorizam a receber tais comunicações, mas que também sem o saberem recebem preciosas comunicações dos Benfeitores Espirituais, que da mesma forma trabalham com todo o amor pela vida dos católicos de forma anônima. É importante reparar que os Benfeitores Espirituais de fato trabalham em nome do "Espírito Santo"(4), ou seja, trabalham em nome de Deus, de seu Filho Jesus Cristo, e de Nossa Senhora Mãe de Jesus. É fato que ocorre também a proximidade entre os Benfeitores Espirituais e Nossa Senhora Mãe de Jesus de forma direta, sem intermediação quando se trata de reunir em um mesmo ambiente os trabalhadores do bem, pois que essa proximidade sempre é com os objetivos dos trabalhos edificantes em prol da Humanidade. Considera-se, pois, também, a existência dos mensageiros de Nossa Senhora Mãe de Jesus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, que são "anjos", são seres portanto que "não são deste mundo", eles, os "anjos", também estão de alguma forma participando de todo este processo de regeneração desta nossa fração da Humanidade, a terráquea, conforme o que é relatado em algumas obras espíritas (5).


Há de se considerar que no caso dos fiéis evangélicos e católicos carismáticos há mais um outro momento de comunicação que ocorre entre os dois planos no culto religioso, momento este que no caso envolve literalmente a cada um dos fieis presentes. Um momento em que os fieis estão sendo abençoados pela visita maravilhosa dos "anjos" do Senhor, pois é um momento em que os "anjos" falam por meio deles em uma língua que não se entende, pois que esta língua nunca foi falada, e nem aprendida na Terra, e por isso prova que não é deste mundo, mas que se entende de qualquer modo a mensagem que é transmitida por meio da interpretação do coração, é a mensagem do Amor a causar grande emotividade indescritível a quem recebe, portanto tal língua utilizada pelos "anjos" é de alguma forma traduzida ao coração destes irmãos tão cheios de fé, uma tradução que o próprio fiel consegue transferir para a sua mente, sem, entretanto, saber o que os "anjos" quiseram dizer, é um momento único em determinada altura do culto religioso a tomar toda a platéia em sintonia com o Senhor. E assim, por meio desta abertura religiosa propiciada pelos pastores das variadas igrejas Evangélicas, e pelos padres do catolicismo carismático, tão maravilhosa se faz a abençoada comunicação dos "anjos" do Senhor em todo lugar (6). Quanto aos Espíritos Superiores, estes, sendo de nossa própria realidade terrena, falam a nossa mesma língua, e neste caso não se trata da "língua dos anjos", do chamado Pentecostes, da manifestação do Espírito Santo, e sim da manifestação de Espíritos desencarnados que alcançaram elevado grau de evolução moral. Diante de todos os fatos até aqui evidenciados sobre as comunicações entre os planos físico e espiritual no âmbito do religioso fica claro que não ocorrem portanto somente nas casas espíritas (kardecistas) e nas casas religiosas de origem africana como a Umbanda, o Candomblé e a Quimbanda, e não somente em casas espiritualistas de outras correntes religiosas que tenham se originado em alguma crença induísta, indígena xamânica, ou outra, pois as crenças religiosas espiritualistas são muitas. A comunicação entre os dois planos da vida, como se percebe, ocorre em todas ou em quase todas as religiões (7).

2) Todos os contextos religiosos/culturais tão diferentes em cada país e regiões do mundo, e em cada religião, mostram por si só a expressão do que sábia e amorosamente Calunga nos diz quando diz "..., o quanto isto nos predispõe, não enquanto povo somente, mas enquanto comunidade espiritual, a nos transformarmos neste celeiro de alimento espiritual para o mundo.". Ou seja, além dos Espíritos comporem uma comunidade espiritual eles também fazem parte de uma comunidade maior, uma comunidade que abrange os encarnados e os desencarnados, compondo uma única realidade. Consideremos que hoje os que estão no mundo espiritual retornarão à roupagem física, e hoje, os que se encontram na roupagem física retornarão ao mundo espiritual, trocando assim, ambos os grupos, de posição, numa constante ida e volta, e assim observamos que todos os dias nascem novas crianças, e se vão pessoas pelas mais variadas formas de desencarne. E "..., não enquanto povo somente, ...", então, os Espíritos fazem parte do povo, do povo local, do povo nacional, e do povo mundialmente, e desta forma os Espíritos benevolentes, que se encontram portanto em condições de ajudar os que vivem na carne, se manifestam nas religiões através das aberturas dadas pelos seus guias terrenos (padres, pastores, pais de santo, grupos mediúnicos e de passes das casas espíritas, e grupos de terapia das casas espiritualistas), na forma específica de prática religiosa de cada religião na qual esta manifestação é possibilitada. Por mais este motivo os Espíritos e o mundo espiritual não podem ser negados, desprezados, e contraditos. E assim, em todas as religiões, as pessoas, recebendo esta dádiva do Alto, recebendo conselhos e esclarecimentos, podem conseguir perceber o que não percebiam, quanto aos perigos de uma má escolha, de uma má decisão, ou a falta destes; e mesmo alertas de situações futuras com as quais não poderiam contar, pois não conseguiriam antever com os olhos do raciocínio e da percepção da vida somente por si mesmos; como também o fortalecimento da fé, quando esta existe, ou quando esta é fraca, ou o estímulo do surgimento da fé para os que não a tem; esperança, ânimo para lutar, ou para continuar lutando; estímulo para extinguir sentimentos negativos e até muitas vezes perigosos, viabilizando a substituição destes por sentimentos melhores, e até nobres, partindo-se desta mesma fé e esperança verdadeiramente cristã, acreditando no alcance de resultados melhores na vida, etc.; e a ajuda vem do Alto de qualquer forma, porque também, os Benfeitores Espirituais se desdobram sem conta dos próprios esforços por aqueles que assistem nas difíceis provas da vida, ajudando no que é permitido e possível. As pessoas que estão sendo ajudadas são exatamente as de todas as religiões, são ajudadas com as orientações e com outras formas de auxílios espirituais no dia a dia (8). Entretanto são ajudadas não somente as que "vão" as suas igrejas (religiosos praticantes), mas também aquelas que não "vão" as suas igrejas (religiosos não praticantes), bem como as que, mesmo sendo cristãs, não seguem religião ou filosofia nenhuma, sendo o coração destes últimos a própria bússola a seguir em direção ao Cristo, pois nem estes deixam de ser pupilos dos Benfeitores Espirituais. Não se deve esquecer que, para aqueles que possuem maior esclarecimento religioso, seja de qual religião for, ou sem nenhuma religião ou filosofia, sabem que não se deve esperar que apenas "venha a nós o Vosso Reino (Reino de Deus)", mas que se deve também procurar ir com nobre esforço até o Reino de Deus, caso contrário o Reino de Deus não virá de fato até nós (ou seja, a ajuda do Alto), já que esta afirmativa está presente na oração dominical "Pai Nosso", e desta forma assim sinteticamente é que deve ser entendido este trecho da oração quando a oramos, além de outras significações que este trecho traz. Quanto aos não esclarecidos, seguidores ou não de uma religião, frequentadores ou não de suas igrejas, e lamentavelmente com uma fraca bússola cristã no coração, eles também são amparados pelo Alto, amparados pelos benfeitores espirituais por meio de intuições e de tantos outros meios, porque nenhum filho do Pai Maior é esquecido. Mas o amparo do Alto assim dedicado a este último grupo tão desinformado e descuidado "por opção própria"(9) sobre as coisas do Céu não justifica aos esclarecidos, e que possuem portanto conhecimento desta triste realidade humana, que resolvam por sua vez abandonar "o barco" de suas próprias vidas só porque o Alto nunca os abandona, pois os esclarecidos serão chamados a responder pelos próprios atos e escolhas exatamente por serem esclarecidos, cujas possíveis atenuantes não deixarão de fazer parte desse processo. Os ateus, dentro deste processo de amparo do Alto, por serem filhos de Deus certamente não são também esquecidos pelos Benfeitores Espirituais, e por este motivo estes irmãos estão sendo regidos pelas mesmas Leis Divinas, estão sob as mesmas Leis que todos nós. Tudo o que já foi visto até aqui mostra que de fato os Benfeitores Espirituais se transformam num grande celeiro, na maior parte das vezes anonimamente, a levarem o alimento para as almas encarnadas sempre nas horas em que estão se dedicando ao trabalho em benefício das pessoas e comunidades, por dedicarem a vida deles e todo o tempo que lhes são disponível a levar o Bem a todos poderemos considerar que eles são celeiros naturais do Amor Divino, entretanto há pessoas que de modo geral têm o conhecimento de tamanho amparo dado por estes Irmãos celestes, e não param para pensar neste esforço desdobrado deles, é bom que comecemos a ter esta consciência, pois que nos ajudará muito em nossa transformação interior. Não só do pão material vive o homem, mas também do pão espiritual que é da palavra cristã trazida pelos Benfeitores Espirituais em todas as religiões, que vivifica as almas nas lutas terrenas, ajudando os homens a fazerem de suas vidas, vidas melhores, e assim, a tornarem os homens capazes de suavizarem entre eles, por vez e de tantas maneiras, a vida material no mundo.  De modo que é por tudo isso que diz Calunga: "..., a nos transformarmos neste celeiro de alimento espiritual para o mundo.".

Diz Calunga"Participar significa colaborar, inspirar, (...). Ir desvendando  estes caminhos, ajudando o povo a compreender o que se passa em suas vidas e a trilhá-los com mais acerto. Vocês não imaginam o que isto significa de avanço para este povo, como as cabeças se abrem e as ideias se arejam, ...". Os Benfeitores Espirituais não somente se comunicam com as pessoas dentro de suas igrejas e de casas espíritas e espiritualistas de forma oculta (oculta por não se comunicarem de forma alguma com as pessoas encarnadas, trabalhando em equipe de muitos trabalhadores silenciosamente em prol de todos, por isso não se faz ideia da grandeza do trabalho do Plano Espiritual Superior, da qual as pessoas encarnadas, portanto, não tem a menor noção de que acontece), mas também anonimamente (ou seja, se apresentam sem a identificação do próprio nome ou de pseudônimo), como já visto até agora. De modo geral, a quantidade de Benfeitores Espirituais que atuam nas casas espíritas e afros é bem maior do que a quantidade que se revela aos olhos e aos ouvidos dos frequentadores, porque, a nível espiritual dos trabalhos de Caridade e Amor em todas estas casas os Benfeitores Espirituais que estão trabalhando de forma oculta agrupam-se em atividades específicas de atendimento aos encarnados e desencarnados em cada atividade de assistência que existe ofertada nestas casas religiosas a estes irmãos que lá frequentam (10). E também, no caso dos dois últimos tipos de casas religiosas, há a permissão para uma comunicação de forma ainda mais aberta. Optam por identificarem-se ou não conforme o caso de cada casa espírita e espiritualista. Assim, os médiuns por meio dos quais os Benfeitores Espirituais alcançam uma quantidade ainda maior de pessoas a serem assistidas ao mesmo tempo são também extremamente importantes como divulgadores da Doutrina Espírita e da palavra cristã para o despertamento da Humanidade terrena. São algumas as situações em que este intercâmbio ainda "mais aberto" ocorre:
a. Casas espíritas não federadas: nestas casas espíritas os médiuns atuam na mesa espírita de trabalho mediúnico aberto, voltado a uma grande platéia. Os médiuns que compõem esta mesa recebem a comunicação de seus mentores espirituais, são Benfeitores Espirituais também trabalhadores da casa espírita. Através dos médiuns estes benfeitores transmitem psicofonicamente orientações importantes para a nossa evolução, chamando a todos os presentes para a necessidade de uma vida cristã, e do fortalecimento da verdadeira fé. Também na sala de passes outros Benfeitores Espirituais, que são os mentores dos médiuns passistas, transmitem orientações àqueles que ali se encontram durante a aplicação do passe, o passe é também aplicado em toda a platéia da mesma maneira que ocorre na referida sala de passes, é a platéia onde está ocorrendo o trabalho mediúnico abertojá que nas casas espíritas não federadas existem as duas modalidades de realização de aplicação passes num mesmo dia de atendimento aberto ao público, e até no mesmo horário, isto tudo quando a casa espírita possui espaço físico suficiente para ambas as realizações de modo simultâneo. Porém a faculdade mediúnica de psicofonia entre os médiuns passistas de uma casa espírita não federada não existe em todos os médiuns pertencentes ao mesmo grupo de trabalho de passes. Nestas casas espíritas ocorre também o trabalho de cura espiritual, os Benfeitores Espirituais que ali atuam na cura não deixam de orientar seus assistidos enquanto lhes tratam a saúde por meio do médium curador que está mediunizado. Em todas estas atividades realizadas na casa espírita não federada nem todos os Benfeitores Espirituais apreciam apresentar seus próprios nomes cada vez que dão uma mensagem psicofônica. Além destes trabalhos abertos ao público é realizado também o trabalho mediúnico fechado, que é aquele trabalho tradicional das casas espíritas federadas.
b. Casas espiritualistas de origem africana (Umbanda, Candomblé, Quimbanda): nas casas espiritualistas afros os médiuns atuam também abertamente junto ao público. Cada médium recebe por meio psicofônico um Benfeitor Espiritual (preto velho, caboclo, boiadeiro, etc.), este Espírito de Luz ouve as pessoas que se aproximam do médium com quem está trabalhando, através deste médium as orientam, assim como nas casas espíritas não federadas, propondo-lhes um encaminhamento para ajudá-las a alcançar o entendimento quanto ao caminho que devem seguir para evitar sofrimentos futuros, e/ou para superar dificuldades. Todo este atendimento se dá com os médiuns não em volta de uma mesa, mas sim em torno de um espaço delimitado no terreiro, estando os médiuns apenas sentados sobre uma banqueta em semicírculo quase fechado. Geralmente estes Benfeitores Espirituais usam pseudônimo, raramente algum deles se manifesta com seu próprio nome, pois eles preferem ser identificados quanto ao grupo étnico, classe social ou de atividade profissional ao qual pertenceram quando viveram carnalmente na Terra em uma de suas últimas encarnações (11).
c. Casas espíritas federadas (ligadas à Federação Espírita da nacionalidade do país onde elas existam): somente nas reuniões mediúnicas, que são realizadas apenas de forma fechada (restritas portanto apenas aos médiuns que são membros destas reuniões mediúnicas) um Benfeitor Espiritual (seja ele diretor espiritual do grupo mediúnico, ou um dos Benfeitores Espirituais que atende aos trabalhos realizados por este grupo mediúnico, ou um Benfeitor Espiritual que seja Espírito amigo de alguém do grupo, ou de todos do grupo, uma vez que conviveu com todos durante a vida corpórea) dá orientações diretamente ao grupo mediúnico, ou a um dos membros presentes em especial, seja este membro da mesa mediúnica, seja da assistência quando esta existir, já que a assistência consiste em um grupo de pessoas sentadas uma ao lado da outra em volta das paredes da sala onde a reunião mediúnica ocorre, são pessoas que receberão o amparo do Alto para conseguirem superar o tipo de obsessão, ou problema de saúde que estão sofrendo. Este momento da comunicação psicofônica ou psicográfica geralmente ocorre no final da reunião mediúnica ou durante o mesmo, conforme a necessidade percebida pelo Benfeitor Espiritual comunicante, é um momento raro ou frequente conforme a peculiaridade do trabalho mediúnico já solidificado dentro de um tipo específico de trabalho mediúnico (seja de desobsessão, de curas às doenças orgânicas, de encaminhamento de irmãos necessitados desencarnados, de desenvolvimento mediúnico, de materialização, ...) para o qual o grupo foi direcionado, além, claro, da manifestação de Espíritos sofredores necessitados do esclarecimento e do encaminhamento ao longo do referido trabalho. Geralmente os Benfeitores Espirituais não apresentam seus nomes ou pseudônimos, é muito raro isto ocorrer nos trabalhos mediúnicos realizados nas casas espíritas federadas, e ainda, dentro deste limite de raridade, podendo ocorrer esta apresentação com mais ou menos frequência, conforme a casa espírita federada, e conforme a característica de algum dos trabalhos nela realizados (um grupo mediúnico com um trabalho específico, diferenciando-o dos demais realizados na casa espírita), e conforme a necessidade do encaminhamento por meio dos Espíritos Superiores de algum dia de trabalho de determinado grupo mediúnico, o que torna o referido dia de trabalho mediúnico único dentre todos os demais realizados ao longo do ano por este mesmo grupo.(12)
E diz Calunga: "Participar significa (...) até falar através de médiuns respeitados nacionalmente, ...". Com essa afirmativa Calunga quer nos dizer claramente que os Espíritos Superiores falam por meio de médiuns que acabam se tornando conhecidos nacionalmente, porque além de receberem a comunicação desses nossos queridos Benfeitores Espirituais ainda transformam em livros suas mensagens, e também levam essas comunicações da Boa Nova cristã às conferências e às palestras espíritas por todo o território nacional. São médiuns que têm a missão apostólica (ou seja, como apóstolos do Cristo por meio dos Espíritos Superiores) de divulgar a Doutrina Espírita verdadeiramente cristã, de mostrar o caminho que seja de fato o verdadeiro caminho cristão pelo qual o Homem do hoje e do amanhã necessita para se concretizar no "Homem integral" evangelizado, portanto, não se trata a Doutrina Espírita, de atingir com seus ensinos cristãos de tão alta nobreza moral e celeste apenas os espíritas. Os espíritas são os beneficiados diretos, bem como os simpatizantes que se encorajam a conhecer a Doutrina Espírita. Já dentro da esfera propriamente espírita seus frequentadores e trabalhadores se norteiam pelos ensinamentos cristãos que são divulgados sabendo que é necessário realizá-los em suas vidas, tal como ocorre em todas as outras religiões. Portanto a justa reflexão sobre a missão dos médiuns conhecidos nacionalmente, bem como dos médiuns conhecidos apenas no reduto espírita onde trabalham, nos remete a compreensão de que o objetivo das mensagens trazidas pelos Benfeitores Espirituais é que elas cheguem a todas as pessoas, não somente aos espíritas. Por este motivo é que, no caso dos médiuns que são conhecidos nacionalmente, não só pelas obras que publicam, e conferências e palestras que realizam, mas também pelo exemplo apostolar de todos eles, que promovem com seus exemplos a comoção no imo das pessoas, as sensibilizam, e dentro destas pessoas surge a necessidade e o desejo de verdadeiramente se melhorarem, estes médiuns são muito mais do que divulgadores da Doutrina Espírita, muito mais do que divulgadores dos ensinamentos dos Espíritos Superiores, são também um grande exemplo de conduta moral, uma grande referência moral a este público, e assim, as pessoas desta forma tocadas, sensibilizadas, entendem e acreditam que estão procurando caminhar o mais corretamente possível, o mais equilibrada e harmoniosamente, em aproximação a Deus e a Jesus Nosso Mestre, dos ideais celestes que sabem, estas pessoas, que é o esperado delas, porque estão se esforçando para por estes ensinamentos em suas vidas, bem como encontram respostas e lenitivos para dúvidas e aflições que vivem. Estes médiuns são, assim, conhecidos nacionalmente pelos benefícios que trazem à Humanidade por meio da mediunidade de que são portadores. E assim os Benfeitores Espirituais e os médiuns legam a todas as pessoas os nobres ensinamentos morais e o consolo por meio dos livros, bem como ao vivo por meio de palestras públicas, seminários, conferências, congressos, simpósios, e em alguns destes eventos, e dependendo também do médium, até mesmo uma comunicação espiritual é dada ao público presente. Com todo este legado que nos tem trazido os Espíritos Superiores e estes médiuns não há como negarmos que temos sido chamados pelo Alto todo este tempo, por Jesus Nosso Mestre, não há como negarmos que temos sido chamados por tantos meios tão variados, não há como negarmos que temos sido avisados pelo Alto sobre como devemos viver nossas vidas minimizando nossas dores e enganos, não há como negarmos que não estamos esquecidos, que todos nós estamos sendo lembrados, pois que estamos no Livro de Contabilidade da Vida Maior, de propriedade do Senhor. Não há como negarmos que sentimos todos estes ensinamentos vibrando em nossa alma como acordes de um violão, só que de acordo com a sintonia com que cada um de nós nos encontramos, seja presente durante estes eventos, seja assistindo a um destes eventos gravados em vídeo ou a um filme espírita, ou pela televisão, seja lendo um livro ou uma revista espírita, ou lendo uma psicografia recebida numa casa espírita, ou rememorando as lições aprendidas em momento em que nos encontramos sozinhos em plena reflexão (13).

Se busca-se atingir sensivelmente o Homem através dos ensinamentos Superiores do Bem, para que ele consiga se tornar no "Homem integral" em território nacional, e portanto busca-se atingir a todos os homens independente do credo religioso que atualmente seguem nesse mesmo território, vê-se que o objetivo é atingir, portanto, a todos os homens do nosso amado planeta, com isso temos que entender ainda que, pois, os Benfeitores Espirituais não almejam que suas mensagens esclarecedoras e cheias de Amor cheguem apenas nacionalmente aos que vivem na Pátria do Evangelho, ou em cada país em que os Benfeitores Espirituais costumam se manifestar, mas sim almejam atingir os homens como objetivo celeste, objetivo crístico, e que portanto está acima do meramente circunscrito territorialmente, não objetivando deslocar as pessoas de suas religiões, pois para que cada pessoa de outro credo religioso tenha acesso a estas mesmas mensagens celestes, que são a "água viva" do Mestre Jesus Cristo, transmitidas por meio dos médiuns espíritas, têm que encontrá-las no caminho de vida que vivem, assim como Saulo (antes de se auto nomear Paulo de Tarso) encontrou esta "água viva", quando perseguia os cristãos após a crucificação do Mestre Jesus, de modo que esse acesso se dá de modo diferente, singular, com cada pessoa dentro deste contexto do encontro. Por isso diz Calunga"..., o quanto isto nos predispõe, não enquanto povo somente, mas enquanto comunidade espiritual, a nos transformarmos neste celeiro de alimento espiritual para o mundo. Isto já está acontecendo: vejam quantos brasileiros cruzando  fronteiras, cruzando o oceano, ...". Os mesmos médiuns que viajam por todo o território nacional, e com isso tem o reconhecimento nacional, viajam também para diversos países onde a Doutrina Espírita é aceita calorosamente, porque nestes países existe maior esclarecimento quanto ao direito natural da liberdade religiosa, quanto ao direito e a necessidade de cada um de seguir a religião na qual se sente mais próximo de Deus para lhes responder a fome da alma, ainda que na legislação destes países possa não existir um artigo ou parágrafo tão específico quanto a este particular que é da livre escolha religiosa. Os Benfeitores Espirituais não se limitam a amparar apenas pessoas de uma nação, eles levam o Amor que há dentro de seus corações às pessoas que vivem em outros países também. Para os Benfeitores Espirituais não há fronteiras que os limitem a levar a espontânea Caridade a todos, por saberem do quanto a Humanidade precisa das palavras libertadoras cristãs através da Doutrina Espírita. Vê-se na realização da divulgação da Doutrina Espírita brasileira no exterior a concretização da expansão da Boa Nova cristã espírita para além dos limites geográficos brasileiros, para além da Pátria do Evangelho redivivo, essa divulgação vem resultando no surgimento e amadurecimento da Doutrina Espírita cristã nos referidos países, pois que surge e amadurece nos corações humanos destes países, porque a Doutrina Espírita não tem pátria terrena, a sua pátria é celeste (14).

Continua Calunga "... , levando esta mensagem da continuidade da vida e das afeições, da importância deste fluxo de comunicação entre os planos encarnado e desencarnado, que são duas faces, dois aspectos, dois jeitos de viver uma mesma vida.". Para os povos de outras nações, onde até hoje o Espiritismo cristão brasileiro vem encontrando acolhida calorosa, e nas nações onde está sendo acolhido agora, a "... mensagem da continuidade da vida e das afeições, ..." é a mensagem recebida dos entes queridos que se foram pelas pessoas destas nações que tiveram, e que têm ainda hoje, a oportunidade de receberem por meio dos médiuns brasileiros quando viajam para estes lugares. Podemos lembrar dos médiuns Divaldo Pereira Franco, e de Carlos A. Baccelli, por exemplo, bem como dos próprios médiuns locais, que realizam este trabalho, e assim, as pessoas de coração dolorido pela ausência de seus entes queridos acabam descobrindo por meio do recebimento destas mensagens que de fato a vida continua, entendendo que a vida física densa e a vida espiritual são apenas, de fato, duas faces de uma única realidade, que são apenas dois jeitos de viver uma mesma vida. Esta mensagem cristã espírita que chega aos corações cheios de saudade chega como o Consolador Prometido pelo Mestre Jesus, sempre diminuindo as dores, e fazendo surgir a esperança num futuro feliz, ou pelo menos melhor, para estes nossos irmãos estrangeiros que ainda se encontram no plano físico, assim como já tem sido para nós brasileiros. E assim, de fato, é como diz Calunga: "Levando as palavras dos bons Espíritos, dos mentores, destas criaturas que transudam luz e amor, e que tanto podem cooperar nesta hora da Humanidade.", porque os nossos médiuns brasileiros que viajam para outras nações levando o consolo das mensagens a serem psicografadas nestes solos estrangeiros levam também com eles os seus mentores, estes Benfeitores Espirituais viajam com eles a estas nações "nesta hora da Humanidade", porque, é a hora última do soo do chamado celeste a todos nós, facilitando assim aos homens a aproximação da Pátria Espiritual celeste a todos, facilitando aos homens a possibilidade de participarem do banquete celeste, a vestirem as vestes nupciais para participarem das bodas celestes do e com o Nosso Mestre Jesus, sim, facilitando apenas, porque, como já visto até aqui neste presente texto compete a cada um de nós o esforço dignificante, e às vezes até heroico no sentido moral do entendimento, e não da força bruta, para merecermos alcançar este banquete vestindo as vestes nupciais. Este "facilitando" é proporcionado por muitos canais de comunicação do Nosso Mestre Jesus conosco, um destes canais é a Doutrina Espírita, os outros canais são as outras religiões, pessoas de religiosidade verdadeiramente desenvolvida intimamente que cruzam nosso caminho, cheias de caridade verdadeiramente sentida, uma bênção por meio de orações verdadeiramente sentidas e sinceras, enfim, tantas formas não descritas como materialistas, mas sim como espirituais e espiritualizantes do nosso ser. Porque o planeta Terra e a fração da Humanidade que nela reside já estão vivendo a fase evolutiva de transição planetária.

No caso da prova natural de que existe o lado de lá da vida devemos lembrar que além da tradicional forma de comunicação entre dois mundos (espiritual e físico), que é por meio de um médium e papel, tem-se ainda a forma auditiva e visual através de diversos tipos de instrumentos áudio-visuais, tipo de comunicação este nomeado por Transcomunicação Instrumental (que se dá por meio de TV, rádio, computador, vídeo, fitas de fotografia e áudio, ...), como sempre uma pessoa intermedia este tipo de comunicação, manipulando um aparelho (ligando-o, sintonizando-o, e monitorando-o). Apesar das teses em contrário não se pode deixar de compreender que um fenômeno mediúnico está acontecendo neste momento por causa da presença de pessoas nestas experiências, mesmo que o médium seja considerado a máquina, que é a principal tese em voga (15).

3) Diz Calunga: "O alerta que eu trago, é para que se preste mais atenção à mediunidade, que não se deixe, como tem sido até hoje, a mediunidade no domínio do religioso e do místico, coisa de gente atrasada, como muitos dizem.". Devemos "prestar mais atenção à mediunidade", ou seja, dar ainda mais atenção ao que comumente damos diariamente em nossas vidas à mediunidade, mas a atenção que deve ser dada é quanto aos múltiplos aspectos da mediunidade abordados no presente texto de Calunga, "Mediunidade Natural", aspectos muito sérios, todos mostrando a inerência da mediunidade à vida humana, tal como todas as outras faculdades que possuímos, que vai desde a ordem motora até a ordem perceptiva e sensorial (os sentidos básicos do corpo físico), esta inerência, sabemos, não vem somente no pacote existencial do corpo físico, mas também no pacote existencial do corpo espiritual, que ao corpo físico está ligado, portanto vem em ambos os pacotes quando estamos reencarnando, e porque estes pacotes, que juntos compreendem um grande pacote, são o pacote de planejamento natural da vida. Portanto esta é a atenção grandemente importante a que se deve dar à mediunidade, e assim, respeitar-se a mediunidade enquanto faculdade inerente do ser humano, respeitar a mediunidade nos outros. A atenção especial à mediunidade deve ser, portanto, no sentido de ver nela o necessário canal de comunicação entre os dois planos da vida tendo como objetivo o concurso da assistência espiritual aos encarnados, bem como aos desencarnados. Tendo em vista este despertamento com relação a mediunidade é necessário popularizá-la ainda mais do que já é popularizada, ou seja, deixando de praticar-se o trabalho mediúnico a portas fechadas, voltando a ser, como era nos primórdios do movimento espírita no Brasil, aberto ao público, tal como era nos trabalhos mediúnicos em que Francisco Cândido Xavier trabalhava, e colocava como necessidade primeira para ser possível o atendimento a quantos buscassem auxílio na casa espírita (16). Claro é que o trabalho mediúnico aberto a que se refere presentemente não é o trabalho mediúnico desobsessivo, o de desobsessão, pois este tipo de trabalho mediúnico de fato pode sim assustar muitas pessoas, especialmente aos visitantes que estão ainda conhecendo a Doutrina Espírita, e mesmo aos seus simpatizantes, fazendo-os pensar erradamente a respeito da Doutrina Espírita, o que jamais terá a permissão dos Benfeitores Espirituais para ser realizado.

Continuando ainda no mesmo trecho reflexivo de Calunga, ele procurou nos mostrar também "...que não se deixe, como tem sido até hoje, a mediunidade no domínio do religioso e do místico, coisa de gente atrasada, como muitos dizem.". As religiões vêm até hoje assumindo-se como as autoridades entendidas sobre mediunidade, possuidoras do direito de administrá-la como uma aptidão exclusiva sacerdotal, ou exclusiva apenas de fiéis religiosos "eleitos pelo Alto" segundo a ótica teológica de cada segmento religioso, e por isso mesmo, limitada. De certa forma a Doutrina Espírita não foge a esta postura secular, e por isso "..., coisa de gente atrasada, ...", como Calunga mesmo diz, e já visto nos parágrafos anteriores, pois fazer isso, mantendo no domínio do discreto e limitado a poucos (por se tratar da reunião mediúnica fechada) é sem dúvida transformar no imaginário do público religioso frequentador das casas espíritas a imagem da mediunidade e o modo como ela é colocada em atividade, o mediunato, no campo do místico no seu sentido misterioso, milagroso, mágico, seleto e exclusivo. Este contexto todo é um viver místico da contemporaneidade humana. Com isso, tantas pessoas que têm a mediunidade ostensiva não sabem que a têm, e outras que nem mesmo a coloca em utilidade sabendo que a têm, e tanto as que não têm a mediunidade ostensiva quanto as que a têm, precisando de um amaro do Alto não recebem este amparo direto, ficando assim tantas pessoas de fora do conhecimento de sua própria realidade, achando o povo, que a mediunidade é realidade de poucos, quando é de todos (17). Enquanto a mediunidade continuar sofrendo esta forma de domínio do religioso as pessoas continuarão buscando a sua própria religião (católica, protestantes, afros, espírita, espiritualistas, ...) sem se conhecerem plenamente enquanto seres cósmicos dotados de mesma faculdade, a faculdade mediúnica. Mas não se trata apenas de procurar despertar as pessoas em seus redutos religiosos de que elas todas possuem mediunidade, mas também trata-se de democratizar o serviço da mediunidade aos que precisam, saindo das salas fechadas de reunião mediúnica, saindo do grupo seleto de algumas religiões protestantes, e saindo do grupo seleto da igreja católica tradicional, pois há religiões protestantes, bem como a religião católica carismática, que ao menos realizam no culto religioso o momento do Pentecostes. Apesar desta abertura mais generalizada ao exercício da mediunidade nos dois últimos segmentos religiosos acima citados ainda assim o místico no sentido apontado por Calunga não deixa de estar presente em absolutamente todas as religiões. Nas religiões, excetuando-se a Doutrina Espírita, compreende-se que é dado por seres celestes, angelicais, a representantes religiosos a sensibilidade mediúnica a que se vêem assim envolvidos em momentos especiais do culto religioso, subitamente ficam dotados de um dom da sensibilidade da comunicação com o celeste divino, e o culto religioso torna-se excepcional; e mesmo nas realizações de Pentecostes o ar de mistério permanece, como que se as pessoas não tivessem o dom da mediunidade, e subitamente elas receberam esta dádiva celeste para aquele momento, que também é visto como excepcional; já na Doutrina Espírita não há o ar de mistério divino das outras religiões, entretanto, ainda assim, há um certo mistério, pois como trata-se apenas de um grupo seleto dentro das casas espíritas, dotada da mediunidade ostensiva, que fez curso de Educação Mediúnica, as pessoas desse grupo seleto são vistas por olhos alheios que também frequentam estas casas com olhos "de não saber", ou seja, de não saber como acontecem essas reuniões mediúnicas, e de não saber como ocorrem as manifestações mediúnicas dos médiuns que participam destas reuniões, nisto tudo está a vertente significativa negativa do místico apontado por Calunga na Doutrina Espírita, por isso nenhuma religião escapa a esta triste realidade, pois que cada religião vê misticamente a realidade mediúnica de uma maneira única, somente sua. O místico, como é a relação entre a vida material e o mundo do invisível em qualquer dimensão que se pense, que se idealize, que se conjecture, compreende um grande e variado conjunto de significações, já que estas idealizações já existem histórica e antropologicamente, sendo estas significações seus aspectos, suas raízes, suas vertentes, todas reais, pois são da manifestação humana, da vivência mística em toda a pré-história e história da Humanidade de ontem e de hoje.

Diante, então, do fato já exposto por Calunga a respeito da mediunidade ser natural do ser humano, e por isso não adianta ser sufocada, porque ela sempre continuará a se manifestar aqui e acolá, ela, portanto, deve ser entendida desta forma natural, e aceita no meio social e religioso de forma aberta, sem preconceitos, sem perseguições, e voltada ao povo, mostrando-se a este mesmo povo que a mediunidade é parte intrínseca de suas vidas, é a outra metade da identidade humana a ser descoberta por este mesmo povo, e desta mesma forma deve ser entendida por toda a sociedade, e portanto inclui os setores dominantes da sociedade (governo, religiões, ...) que também devem entender da mesma forma a mediunidade. Sair da dominância do religioso é sair da dominação do místico fantasioso enquanto significação apontada por Calunga na consciência e no comportamento das pessoas. Quando a Humanidade finalmente conseguir compreender unanimamente a mediunidade não na forma mística mágica e misteriosa destinada a seletas pessoas, e sim enquanto mística como sendo a outra metade do ser humano com todas as suas possibilidades espirituais do ser verdadeiramente espiritual que somos de fato, o ser humano de amanhã entenderá que o verdadeiro sentido místico, que é o que verdadeiramente reinará e prevalecerá no nosso planeta, é o da ligação com Deus e da ligação com o cosmos enquanto criação divina, e com isso nada mais haverá de mistério, este mistério residirá apenas no campo das lendas, e, sim, todos os humanos exercerão esta tão maravilhosa e sublime faculdade que lhes é inerente de forma muito "Natural" (18)É neste sentido que Calunga procurou nos chamar ao entendimento em todo o seu texto, e por isso, nós que somos espíritas, que temos conhecimento por meio do estudo doutrinário espírita, procuremos fazer com que esta realidade futura não esteja tão distante assim, na História da Humanidade, procuremos encurtar este tempo histórico procurando ultrapassar a cada dia, mês e ano, as barreiras do presente no cotidiano das casas espíritas.

Calunga nos chama, na sequência de seu texto, a perceber o fato de que enquanto nós espíritas continuamos a realizar nossas reuniões mediúnicas em "segredo", a portas fechadas, descuidamo-nos de abrir nossas portas em vista de que não nos incomodamos em apercebermo-nos ainda de que a nossa volta o avanço, a evolução, do entendimento sobre a realidade mediúnica do homem alcançou várias dimensões de conhecimento e entendimento no decorrer dos últimos séculos. Se nós não filosofamos coletivamente em nossos redutos religiosos espíritas a respeito disso, também não conseguimos incorporar tal entendimento, e por consequência, deixamos de questionar determinações históricas dentro da nossa religião doutrinária quanto ao que vem sendo nosso presente nas nossas casas espíritas. Neste sentido o que vem ocorrendo é um conflito de idade temporal coletiva entre nossa vivenciada realidade religiosa e a realidade coletiva popular, criamos assim uma grade delimitatória. Através dos já avançados estudos científicos sobre a realidade humana no seu aspecto espiritual, mediúnico e energético é que também tem sido possível entendê-la como um processo natural, embora algumas comunidades científicas não compreendam ainda de forma completa como essa realidade acontece por não terem ainda chegado às Leis que a determinam pelo mesmo caminho científico que escolheram para seus estudos, e por não recorrerem a Doutrina Espírita enquanto Ciência e Moral. Mas através da Neurociência espírita tudo isso deixa de ser mistério: "Meus amigos, a mediunidade é um processo humano, natural, científico, submetido a leis que ainda não foram compreendidas o suficiente.". A mediunidade é humana, e por isso natural, e por ser uma experiência comum em toda parte do mundo passou a ser estudada por pessoas que se interessaram pelo assunto em séculos passados, com a ininterrupção secular desse estudo, que se deu com a sucessão de pessoas e profissionais neste campo de investigação, criaram-se e desenvolveram-se centros científicos de pesquisa, desenvolvendo, por exemplo, a ciência que hoje é denominada Neurociência, dentre outras ciências afins, em várias partes do mundo (19). Então o que resta à comunidade espírita, ao movimento espírita brasileiro, e a cada casa espírita, é realizar o acesso a esses conhecimentos científicos já alcançados no campo da medicina, bem como da realidade religiosa do povo brasileiro do ponto de vista das ciências humanas e sociais, como a Antropologia da Religião brasileira, da história do desenrolar da religião e religiosidade brasileiras, e da realidade social contemporânea de nosso povo. Simplificando, para o entendimento quanto a necessidade de aproximar cada pequena comunidade espírita e seu respectivo reduto religioso, a casa espírita, a esse conhecimento, é necessário despertar-se o interesse em criar grupos de estudo aos trabalhadores das casas espíritas no sentido de aproximar à realidade espiritual do povo brasileiro por meio de reportagens, vídeos, e textos científicos, juntamente aos estudos doutrinários que dêem suporte a tal estudo; transformar o resultado desse estudo sistematizado em palestras públicas, bem como à transformação das realizações de atendimento junto ao público frequentador das casas espíritas, o que não se dará de uma dia para o outro, mas sim, num processo lento. 

4) Continua Calunga: "Abram os olhos para enxergar o que eu estou dizendo! Que gente atrasada produziria um livro da estatura de um Paulo e Estevão? Que gente atrasada faria tanto bem, auxiliando, consolando através da psicografia, curando?". O que nos prova, conforme nos mostra Calunga, é que há a comunicação espiritual realizada por nossos Irmãos Espíritos, que essa comunicação prova que eles existem, que eles estão vivos, que nós pertencemos a mesma experiência do plano espiritual, pois ela nos aguarda para o amanhã, que a vida continua após a vida física, que eles estão nos mostrando que existe uma vida além da vida material, que eles vivem numa outra dimensão, nós, encarnados, somos Espíritos também, porém, encarnados, estamos do lado de cá da vida, e eles, do lado de lá. Sendo assim são as obras mediúnicas e as mensagens ditadas por esses mesmos Espíritos, ditadas por meio da mediunidade de psicografia (comunicação por meio da escrita); também são as mensagens orais, proferidas por psicofonia (comunicação por meio oral), mensagens ao vivo em palestras públicas e conferências por meio de médiuns já comprovadamente idôneos em seus humildes trabalhos de divulgação do Evangelho de Jesus; também as mensagens por psicografia dos irmãos que já se foram para o outro plano da vida nas casas espíritas em reuniões públicas destinadas a levar o consolo aos seus familiares que sofrem por tê-los perdido no plano físico; bem como em reuniões mediúnicas fechadas em que irmãozinhos desencarnados nas mais diversas situações espirituais se comunicam, ou com o objetivo de serem amparados no novo plano em que se encontram, ou com o objetivo de amparar os que ainda se encontram no plano físico; e ainda, a mediunidade de cura, onde existam casas espíritas que não a sufoque, e por meio da qual se concretiza a cura das mais diversas doenças, médicos espirituais agem por meio dessa mediunidade. Para quê não abrir essa realidade comunicativa que se dá em virtude da necessidade mútua entre os dois planos da vida. Dentro dos grupos de trabalho, bem como no público frequentador quantos podem estar ampliando os laços de comunicação com o outro plano da vida, além do que as casas espíritas já têm feito com esforço e dedicação. Uma das mais concretas provas de que a vida existe numa outra dimensão, que eles estão nos dizendo que eles estão vivos, mas do lado de lá, que eles estão nos mostrando que querem e precisam se comunicar conosco, que estão nos mostrando que nós também precisamos das comunicações deles, são os livros, as mensagens mediúnicas, e as curas das doenças físicas, tudo isso são provas materiais de que a vida continua em outro plano existencial.

Claro que o importante é a absorção do Evangelho de Jesus Nosso Mestre, conseguindo vivenciá-lo diariamente, é dentro desta visão perspectiva, que são as múltiplas necessidades evangélicas, que devemos concentrar nossa atenção, que devemos dar real importância, e não ao "fenômeno" comunicativo. A ampliação dos laços de comunicação com o plano espiritual conforme nos chama a ver e aperceber Calunga é também seguramente fortalecedora da busca e do encontro ao Evangelho de Jesus Nosso Mestre, e não o contrário, trata-se de ser a ampliação com Jesus. Pois se fosse o contrário proporcionaria a perturbação de mentes despreparadas e frágeis. As reuniões públicas mediúnicas jamais serão realizadas sem a orientação e proteção do Alto, pois a equipe de Espíritos Superiores que trabalha junto aos grupos mediúnicos jamais permitirá tal desequilíbrio, porque não permitirá a aproximação tanto de Espíritos de baixo calão que intencionam perturbar, quanto não permitirá a aproximação de Espíritos sofredores com determinados tipos de necessidades de encaminhamento, pois que para tais reuniões públicas é inviável, e ainda, sejam reuniões mediúnicas de desobsessão, ou de evangelização e consolo, os Espíritos Superiores responsáveis já organizaram todo o trabalho do lado espiritual, e selecionaram os Espíritos que darão a comunicação, nada foge aos cuidados e controle dos Espíritos Superiores que supervisionam tudo, nada, nenhum tipo de reunião mediúnica. Portanto os Espíritos Superiores darão sempre total garantia para que apenas comunicações que tragam o consolo e o conforto espiritual, bem como a cura, ao público frequentador, sejam realizadas nas reuniões mediúnicas públicas. Basta portanto o repensar, o filosofar, o estudo em grupo, do cotidiano da casa espírita, pois não são os diretores/trabalhadores da casa espírita que decidem quais Espíritos irão fazer as comunicações, quem decide são os Irmãos lá de cima, devemos optar por uma diversidade maior de trabalhos na casa, a início a título de experimentação e termômetro, e adequações, e confiar Neles, pois Eles a tudo acompanham do cotidiano da casa, bem como aos seus trabalhadores (20).

E Calunga continua, rememorando-nos: "Que gente atrasada faria tanto bem, auxiliando, consolando através da psicografia, curando? Que gente atrasada faria tanto bem, ao mundo de maneira geral, um bem que não se vê, porque ninguém sai contando (tem vergonha) mas que se um abrisse a boca e dissesse, abrindo mão de seu orgulho acadêmico, logo descobriria que não está sozinho. Eu já cansei de ver médicos que não conseguem curar-se a si mesmos saírem curados de cirurgias mediúnicas ou, pelo menos, com grande melhora e alívio.". Pois então, quem trabalharia atrás da psicografia, da cura? A psicografia, a psicofonia e a cura são os meios, o através, o pelo qual, são a mediação entre dois planos da vida. Alguém que não podemos ver, se doa por amor aos que muito precisam por meio dessa mediação, essa doação aparece mesmo que o doador esteja invisível aos nossos olhos materiais, pois é a materialização dessa doação, não do doador, são estes os meios que mais aparecem popularmente na Doutrina Espírita, a psicografia, a psicofonia, e a cura, e por isso se auto-divulgam, e divulgam o seu autor. As pessoas beneficiadas por um livro psicografado divulgam o livro de diversas maneiras (relatando, emprestando, doando, levando a grupos de estudo, ...), e as pessoas que recebem uma mensagem consoladora de um ente que se foi para o outro plano da vida, ou mesmo uma orientação de um Benfeitor Espiritual, por meio da psicografia, tem essa mensagem como prova de que a vida existe do outro lado, e de que alguém realmente esteve lá para transmitir a mensagem, podendo ser mostrada a quem quiser, no caso de uma cura é também possível provar a existência humana em outro plano, porque as pessoas que foram curadas darão seu testemunho, e provarão o fortalecimento da fé.

5) Conforme relembra ainda Calunga: "A mediunidade está aí, sempre esteve, e não é um modismo que logo passa. A mediunidade é o amor de Deus por vocês, permitindo que onde quer que estejamos, do lado de cá ou do lado daí, continuemos trocando vibrações de afeto, palavras de carinho e estímulo, ofertando instrução de parte a parte.". Modismo jamais será a existência de pessoas que, tendo algum tipo de faculdade mediúnica, queira viver o "modismo" de receber comunicações. Já está mais do que evidenciado no dia a dia, em qualquer canto, em qualquer residência, em qualquer religião, e em qualquer momento em algum lugar, com pessoas que conhecemos e pessoas estranhas a nós, que a mediunidade se manifesta de diversas maneiras, só resta olharmos para essa realidade, principalmente nós os espíritas, que comumente recebemos pessoas com dons mediúnicos em nossas casas espíritas, pois que não são só estas pessoas que as possuem, mas também, praticamente toda a população, recebemos apenas uma pequeníssima fração deste contingente de médiuns em nossas casas espíritas. Bom seria, como manifesta do bondoso e amoroso coração de Calunga, que a comunicação com o plano espiritual em vista disso se tornasse tão comum como o é ao utilizarmos o telefone, a internet, o celular, etc., entretanto, sabemos que, como a Humanidade planetária ainda não chegou na altura evolutiva necessária para tal, com o auxílio da Transcomunicação Instrumental a par da abertura plena da comunicação telepática, mental, visual, e de materialização, o maior passo que podemos dar em nosso presente planetário é ampliar as possibilidades de oferecimento do trabalho mediúnico à população frequentadora de nossas casas espíritas, e essa ampliação é o trabalho mediúnico aberto. Portanto, o único "modismo" mediúnico que pode existir entre as pessoas nos dias de hoje é aquela que sabemos bem, praticada com o objetivo de brincar mesmo, ou de especular, por grupinhos de amigos em suas diversas fases juvenis que, infelizmente, não possuem o conhecimento espírita, pois que, se possuíssem tal conhecimento, jamais o fariam. A mediunidade, como diz Calunga, é a expressão divina em nós, se Deus não quisesse que se manifestasse por meio de nós algum dom mediúnico Deus teria impresso em nosso código genético de criação as instruções certas para que isso não ocorresse, portanto, a manifestação da mediunidade, que é espontânea, é a prova da presença divina, não podemos lutar contra ela, lutar contra os que a mostram ter ostensivamente é como lutar contra uma forte correnteza, a mediunidade é inerente ao Homem, ela é parte da Lei Divina. Graças a essa Lei Divina os Espíritos dos planos superiores de Luz podem ser também agraciados pelo dom da mediunidade comunicando-se conosco, e assim, permutando o Amor divino com os encarnados, e com os desencarnados também, que se encontram em planos muito mais superiores, dimensionais ou não, e com os nossos irmãozinhos em condições muito precárias em regiões umbralinas. Essa permuta de Amor entre diversos planos da vida Humana que a Terra consegue abrigar dentro de seus limites planetários, e também receber de fora destes limites, é o meio também de permutar o Conhecimento nas mais diversas direções, neste sentido esse Conhecimento é também Amor.

E novamente, Calunga, referindo-se a nós, população brasileira, e espíritas brasileiros, diz: "Vocês que vivem no Brasil estão hoje em condição de alargar muito este entendimento, da lei dos fenômenos mediúnicos, da prática cotidiana da mediunidade, da convivência com este manancial de possibilidades para o bem geral.". A Doutrina Espírita que vivemos no Brasil é uma Doutrina Espírita acima de tudo evangélica, conforme planejado por Jesus Nosso Mestre, e encaminhado por Ismael no plano físico (livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho") que tudo fez para hoje estar bastante difundida em todo o território nacional. Sobre isso o Brasil e seu povo tem de fato muito mais do que em qualquer outro país do mundo, o povo brasileiro tem recebido do Alto uma imensa dádiva celeste que em outros países é de uma carência extrema, e essa carência, essa ausência da comunicabilidade do plano físico com o plano Espiritual Superior faz da vida das populações desta triste realidade uma vida mais dolorosa, mais pesada, mais difícil espiritualmente, realidades essas em que essas populações são por isso mesmo mais duramente provadas em suas experiências reencarnatórias, mais duramente provadas também no sentimento da fé em todos os seus aspectos, a dureza de suas provas é maior. Toda essa dor de tantos povos aqui lembrada não é referida, portanto, aos países em que de alguma forma a Doutrina Espírita já está sendo difundida desde o seu advento na França, mas sim aos países em que sequer a Doutrina Espírita teve a chance de entrar, de ser bem recebida; e em alguns outros países europeus, asiáticos e africanos em que a difusão é ainda tão pequena, tão incipiente, isso faz com que grande parte da população a desconheça, jamais tenha ouvido falar dela, enquanto que dos que sabem de sua presença no país partam olhares distantes e tortos. Por isso o povo brasileiro é grandemente beneficiado pela riqueza com que a Doutrina Espírita já está desenvolvida no país, e com relação qual pode se desenvolver ainda mais, não somente quanto a continuada multiplicação de casas espíritas, principalmente em cidades e vilas onde carece, mas também quanto a transformação dos trabalhos de atendimento oferecidos ao público frequentador nas casas espíritas já existentes, que a bom grado pode se concretizar. Essa transformação é clara e sugestivamente dita por Calunga, é o alargar do entendimento da Lei Divina que determina e rege o fenômeno da mediunidade, abrindo-se as portas de acesso aos frequentadores da casa espírita ainda mais à mediunidade, mais do que pensamos que já estamos abrindo, é a abertura dos trabalhos mediúnicos fechados, transformando-os em trabalhos mediúnicos abertos, e claro, não os que se encontram em curso, pois os que já existem fechados devem mesmo continuar fechados, não devemos entender portanto de forma literal, porque, os trabalhos mediúnicos fechados já estão seguindo um planejamento espiritual, determinado pelos Espíritos Superiores, mas sim, abrir mais trabalhos mediúnicos com o objetivo de que estes sejam abertos, isso significa uma mudança de mentalidade do que realmente é certo, e do que realmente tem sido na verdade um desvio todas essas décadas de anos, é um preparar-se da coletividade de trabalhadores da casa espírita para uma "Nova Alvorada", a Alvorada da "Era do Espírito". Amplia-se assim, como diz Calunga, o "manancial de possibilidades para o bem geral."

6) Retoma ainda Calunga: "Não tranquem a mediunidade nas salas das casas espíritas, não alimentem mais este clima de mistério e sobrenatural que cerca as manifestações mediúnicas.". Não continuemos realizando nossas reuniões mediúnicas dentro de salas que foram, sim, planejadas para isso, transformemos por completo o cotidiano das casas espíritas dando especial atenção a abertura, a criação, de mais trabalhos mediúnicos com o objetivo deles serem abertos, tenhamos as duas modalidades de trabalhos mediúnicos nas nossas casas espíritas. Não sustentemos, em nossa ingênua ignorância, a ideia de que estamos fazendo tudo totalmente certo, que nossos trabalhos são perfeitos, pois que estão seguindo a determinações ponderadas e norteadoras vindas de degraus mais altos de organização da Doutrina Espírita ora existente nacionalmente, degraus que nos dão, do nosso ponto de vista, a segurança de que estamos no caminho certo em nossas casas espíritas, de que as atividades espíritas são totalmente desprovidas do misterioso, do secreto, do sobrenatural, e de outros itens do mesmo pacote que infelizmente são o pior viés místico, o viés negativo que tem sobrevivido aos milênios da Humanidade, e somos nós quem tempos mantido a vida deste pacote milenar. Só conseguiremos enxergar esse pacote místico milenar a partir do momento em que soubermos da existência dele, e a forma de sabemos que ele existe e de que ele nos acompanha todos os dias em nossas realizações espíritas é através do estudo sobre ele em grupos de estudos que possam ser criados para este objetivo, cuja finalidade, o fim último, é o da transformação de nossos trabalhos coletivos de auto-doação nas casa espíritas. Quando nós não temos o conhecimento da existência de algo, mesmo que esse algo co-exista conosco, nós não o enxergamos, e nem nos incomoda, mas quando passamos a ter consciência de que ele existe começamos a nos incomodar, e começamos a agir de forma diferente, ou podemos também escolher a acomodação, se formos pessoas e grupos acomodados, porque esse tem sido o nosso conforto. Esta situação, a do conhecimento e o da acomodação, que é a realidade que vivemos, nos remete a um sábio ensinamento de Platão, intitulado "A Alegoria da Caverna", ou "O Mito da Caverna", que é o livro VII de sua obra "A República".

Conclui finalmente Calunga procurando nos despertar para a realidade homem/Espírito que somos: "Tirem os véus do formalismo, usem a naturalidade e a espontaneidade, porque os contatos mediúnicos devem ser naturais e espontâneos. Sejam vocês os primeiros a se libertarem do medo e da ignorância, para não serem cegos conduzindo cegos. E o pior cego, vocês sabem, é o que não quer ver.". "Os véus do formalismo" são as realizações e posturas formais que praticamos todos os dias em nossas casas espíritas, e até fora delas, são os nossos "protocolos" espíritas diários, portanto, são a nossa realidade, convivemos com esses protocolos, e eles fazem parte até mesmo de nossa personalidade enquanto cidadão(ã), e da nossa personalidade que é espírita, não nos damos conta de que estes protocolos, ou alguns deles, façam parte do pacote místico milenar, e de outros pacotes já pertencentes a nossa sociedade, sendo que estes últimos pacotes levamos para dentro de nossas casas espíritas, estes "protocolos", pois, estão camuflados em nossa personalidade espírita. Essa noção dos "véus do formalismo" precisam ser identificados por nós em estudos organizados nestes mesmos grupos de estudos dos trabalhadores da casa espírita que somos, precisamos identificar quais são estes protocolos, e a quais pacotes pertencem. Carregamos muitos pacotes sociais e místicos em nossa vida diária, identificando quais são os pacotes e os protocolos podemos também identificar os protocolos bons e os protocolos ruins, e fazendo esta identificação iremos estar trabalhando dentro de nossas casas espíritas para substituir os ruins por bons protocolos, não somente manter os bons que já existem, porque, dos pacotes mesmo não podemos nos livrar, e nem podemos. Os pacotes e os protocolos co-existem conosco todos os dias, e saberemos enfim que eles também existem, e passaremos a identificá-los também. Toda essa identificação que façamos, e a nossa saída da acomodação, fará de nós espíritas melhores, nos transformará em trabalhadores e pessoas cada vez mais naturais e espontâneas. Temos que ter coragem de ousar, ter a coragem de expor que realmente estamos começando a perceber que podemos realizar melhor o que de melhor já realizamos de acordo com nossa limitada compreensão, essa atitude de ousadia, e dessa exposição da nossa nova percepção da realidade espírita circunscrita (dentro da nossa casa espírita na qual trabalhamos) é a atitude de superar o medo de que fala Calunga. Quando os grupos espíritas que representam suas casas espíritas começarem a ousar quanto a exposição de suas percepções e de soluções durante as atividades espíritas da qual participam, e nos grupos de estudo, estarão abrindo os seus olhos e os dos outros, deixando de "serem cegos conduzindo cegos", estarão finalmente saindo da caverna exemplificada por Platão.



Heliana Staut.


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1. Povos antiquíssimos da Terra que são lembrados apenas a partir de dados arqueológicos já tinham profundamente a compreensão da comunicabilidade com o Espírito daqueles que se foram, e que a pessoa, ao desencarnar, iria para algum lugar além da matéria, viver uma outra realidade. Realizavam estes povos cultos religiosos conforme as crenças que lhes eram próprias, sempre no sentido da comunicação com aqueles da própria comunidade que já haviam partido, tivessem sido os comuns da sociedade, tivessem sido seus reis, entendendo que todos eles estavam vivendo no outro plano da vida, e realizavam ainda, a comunicação com os "deuses" das estrelas. Estas situações de comunicação com o além, conforme as personalidades evocadas em cada povo extinto, bem como em povos de hoje que ainda perpetuam até certo ponto a cultura dos seus ancestrais, podem ser encontradas nas literaturas de Arqueologia. Infelizmente quase toda esta identidade religiosa/cultural da Humanidade de tempos tão remotos se perdeu ao longo de milênios com a perda de sua práxis, seja por causa de transformações climáticas da Terra que varreram de sua superfície alguns destes povos, seja por motivo de conquistas de território e comércio por nações melhor preparadas e organizadas para uma guerra, as nações vencedoras desmantelaram o cotidiano dos povos vencidos, e também, aniquilaram as práticas religiosas destes povos impondo-lhes outra crença religiosa, permanecendo apenas os registros arqueológicos do que até então era uma realidade vivencial e comum. Na realidade de todos estes povos de tempos remotos da Humanidade, portanto, não havia preconceito quanto ao buscar da comunicabilidade entre os dois planos da vida, era natural na vida de todos. Não havia também a discriminação com relação a outra crença religiosa, pois que no âmago destes povos só se conhecia uma única crença e prática religiosas, nascidas ali mesmo, este detalhe pode nos remeter ao entendimento do motivo pelo qual em alguns povos de hoje há apenas uma única religião tida como oficial e incorruptível, vindo a se tornar intolerante com relação a outras religiões, extremista, pois que parece ser a sua própria razão histórica, trata-se pois, esta realidade presente, de uma herança cultural religiosa. Há pois, o lado bom, e o lado ruim, de tudo isto.

Abaixo, um vídeo sobre o aspecto religioso da Coréia do Norte, no qual em uma parte há a declaração de que o governo coreano obriga a todos da população a adorarem dois governantes do país como "deuses", isto é o que sobrou de uma raiz histórica e antropológica de tempos remotíssimos da Humanidade quando esta não conhecia a um "deus", mas acreditava e conhecia a muitos "deuses", que eram carnais, e vinham das "estrelas". Observa-se esta crença num dos povos antigos mais conhecidos da Humanidade, o antigo povo egípcio. Hoje, o povo da Coreia do Norte se obriga a adorar estes dois governantes como "deuses (carnais) das estrelas", ou como "filhos dos deuses das estrelas", porque sofre a opressão do governo que assim impõe que deva ser a religião e a religiosidade, e proibindo o culto de outra religião:

A Perseguição na Coreia do Norte


A herança histórica e milenar é parte do contexto histórico, antropológico e cultural contemporâneo de todos os povos, sendo esta herança, portanto, viva neste contexto, um dos fatores mais fortes e determinantes que permite a distinção sociológica e cultural entre os povos. Abaixo, um pouco sobre o contexto histórico do Oriente Médio, e as consequências que a herança histórica ali existente já pôde gerar na vida contemporânea dos povos que lá vivem:

FANATISMO RELIGIOSO:
Mundo está chocado com a destruição da Cidade de Nimrod, no IRAQUE

O que é extremismo religioso:


a. Site Wikipédia. "Fanatismo religioso".


b. "Extremismo Religioso Pelo Mundo". Artigo escrito por Jorge Hessen. Site A Luz na Mente: revista on line de artigos espíritas.


c. "O Perigo dos Extremismos". Artigo escrito por Pontes Filho (Cientista Social).

http://amazonasatual.com.br/o-perigo-dos-extremismos/

d. Fanatismo Religioso em outros países:


Takfiri Terrorists target Christians in Middle East and Africa
(Terroristas takfiri tem como alvo os cristãos no Oriente Médio e África)


VIOLÊNCIA POR MOTIVO DE RELIGIÃO: 
vídeo mostra violência entre Budistas e Muçulmanos em MIANMAR

e. Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", organizado e escrito por Allan Kardec, e em "Pão Nosso", livro ditado pelo espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, há esclarecimentos sobre as situações acima até o item d desta nota, situações de um fanatismo religioso chegado ao máximo do extremo, bem como dos outros exemplos de ações de intolerância religiosa apresentados abaixo nas notas seguintes, as notas 2 e 3. Apesar dos textos explicativos colocados abaixo há muitos outros textos espíritas que elucidam a infeliz condição de tantos povos e pessoas, e grupos de pessoas, que estão se enquadrando nesta condição de consciência religiosa.


CAPÍTULO XI- Amar o próximo como a si mesmo
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A LEI DE AMOR
(...)

9. (...)
Há pessoas a quem repugna a reencarnação, com a ideia de que outros venham a partilhar das afetuosas simpatias de que são ciosas. Pobres irmãos! o (SIC!) vosso afeto vos torna egoístas; o vosso amor se restringe a um círculo íntimo de parentes e de amigos, sendo-vos indiferentes os demais. Pois bem! para praticardes a lei de amor, tal como Deus o entende, preciso se faz chegueis passo a passo a amar a todos os vossos irmãos indistintamente. A tarefa é longa e difícil, mas cumprir-se-á: Deus o quer e a lei de amor constitui o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que um dia matará o egoísmo, qualquer que seja a forma sob que se apresente, dado que, além do egoísmo pessoal, há também o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Disse Jesus: "Amai o vosso próximo como a vós mesmos." (SIC!) Ora, qual o limite com relação ao próximo? Será a família, a seita, a nação? Não; é a Humanidade inteira. Nos mundos superiores, o amor recíproco é que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam, e o vosso planeta, destinado a realizar em breve sensível progresso, verá seus habitantes, em virtude da transformação social por que (SIC!) passará, a praticar essa lei sublime, reflexo da Divindade.

Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito: Não (SIC!) façais aos outros o que não quiserdes que vos façam; fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que vos esteja ao alcance fazer-lhes.

Do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", organizado e escrito por Allan Kardec, 124 ed.. Federação Espírita Brasileira- FEB, 2004.













GRANJEAI   AMIGOS
"Também vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça." - Jesus. (LUCAS, 16:9.)


Se o homem conseguisse, desde a experiência humana, devassar o pretérito profundo, chegaria mais rapidamente à conclusão de que todas as possibilidade que o felicitam, em conhecimento e saúde,
provêm da Bondade Divina e de que a maioria dos recursos materiais, à disposição de seus caprichos, procede da injustiça.

Não nos cabe particularizar e, sim, deduzir que as concepções do direito humano se originaram da influência divina, porque, quanto a nós outros, somos compelidos a reconhecer nossa vagarosa evolução individual do egoísmo feroz para o amor universalista [isto é, universal], da iniquidade para a justiça real.

Bastará recordar, nesse sentido, que quase todos os Estados terrestres se levantaram, há séculos, sobre conquistas cruéis. Com exceções, os homens têm sido servos dissipadores que, no momento do ajuste, não se mostram à altura da mordomia.

Eis por que (SIC!) Jesus nos legou a parábola do empregado infiel, convidando-nos à fraternidade sincera para que, através dela, encontremos o caminho da reabilitação.

O Mestre aconselhou-nos a granjear amigos, isto é, a dilatar o círculo de simpatias em que nos sintamos cada vez mais intensivamente amparados pelo espírito de cooperação e pelos valores intercessórios.

Se o nosso passado espiritual é sombrio e doloroso, busquemos simplificá-lo, adquirindo dedicações verdadeiras, que nos auxiliem através da subida áspera da redenção. Se não temos hoje determinadas ligações com as riquezas da injustiça, tivemo-las, ontem, e faz-se imprescindível aproveitar o tempo para o nosso reajustamento individual perante a Justiça Divina.

Do livro "Pão Nosso", ditado pelo espírito Emmanuel, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.














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2. São estes aspectos: o pessoal; o respeito para com o outro, para com a pessoa enquanto ser humano e individual dotada de sentimento e visão de mundo; o respeito ao ambiente de trabalho, pois há a noção de que não se deve gerar situações quaisquer de conflitos sob a pena de ser despedido de seu trabalho, que é o seu sustento e o de sua família. Em determinados países pode ser que esse segundo aspecto, o respeito para com o outro, force as pessoas com tendência à intolerância religiosa a perceberem o primeiro aspecto, o pessoal, no indivíduo sobre o qual se tenha um sentimento de aversão religiosa, entretanto não impede que as pessoas envolvidas na relação de aversão religiosa resolvam praticar atos de agressão em qualquer grau que seja fora do ambiente de trabalho. De qualquer modo esse entendimento que as pessoas trazem dentro de si quanto o respeito ao próximo se aplica a qualquer situação em um agrupamento de pessoas, e não somente a situação de ambiente de trabalho, pois tal conflito pode até ocorrer dentro de um mercado, num parque, numa escola, numa comunidade ..., por exemplo.

Intolerância e Fé no Brasil

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3. Tem-se buscado no Brasil, por diversos caminhos, a solução para a intolerância religiosa, tem-se pensado sobre as mais diversas maneiras de combater este problema, e sempre de forma pacífica.


Intolerância Religiosa no Brasil


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4. O "Espírito Santo", segundo a Wikipédia:


"No cristianismo, o Espírito Santo é a terceira prosopon [pessoa] da Santíssima Trindade - juntamente com Deus Pai e Deus Filho - e é o Deus onipotente (...). Ele é visto como sendo uma das pessoas do Deus Triuno [três em um], que revelou seu Santo Nome YHWH [Jeová] ao seu povo de Israel, enviou seu Filho Eternamente Gerado Jesus para salvá-los da fúria divina e enviou o Espírito Santo para santificar e dar vida à sua Igreja (...). O Deus Triuno [três em um] se manifesta como três "pessoas" (...) de uma única substância divina (...), chamada Deus (...).


(...)


A compreensão do mistério da Santíssima Trindade varia nas diversas denominações cristãs. Algumas se intitulam trinitárias por compartilharem o ponto de vista majoritário acima, enquanto que as não trinitárias têm compreensão diferente do papel do Espírito Santo. Mesmo entre os trinitários, há diferenças: enquanto que as Igrejas Católicas Orientais e a Igreja Ortodoxa afirmam que o Espírito procede apenas do Pai ("através do Filho"), a Igreja Católica mantém que o Espírito Santo procede tanto do Pai quanto do Filho, uma doutrina que ficou conhecida como Filioque [procede do Pai e o Filho o Espírito Santo] e já foi tema de grande controvérsia."


Ver a abordagem completa em:

1- Site Wikipédia - "Espírito Santo".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%ADrito_Santo

2- Artigo "E procede do pai e do Filho - Esta é a nossa fé (32)". Trecho transcrito da revista católica "Fé Professada - Esta é a nossa fé (32)", disponibilizado também em PDF. Autoria institucional. Site Laboratório da Fé.



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5. No trecho abaixo, extraído do livro "Herdeiros do Novo Mundo", os Benfeitores Espirituais revelam o relacionamento direto entre eles e Nossa Senhora Mãe de Jesus na Terra em importante reunião noturna de trabalho de Amor e Caridade em uma casa espírita. Mostram também que antecedendo a chegada de Nossa Senhora seus "angelicais acólitos* alados", os "anjos" ou "anjos do Senhor", chegam ao recinto espírita anunciando Sua chegada, e ali permanecem todo o tempo emanando fluidos de Amor e força a todos os presentes, ao final da reunião estes mesmos "anjos", ainda flutuando acima de todos, aguardam esta Mãe para retornarem ao plano celeste.
41
REVELAÇÕES FINAIS

Reunidos na Casa Espírita, todos os trabalhadores do mundo invisível a ela consagrados, e que poderiam comparecer sem prejuízo para as suas tarefas naquela madrugada, se uniam aos trabalhadores encarnados que também ali se dedicavam ao Bem e que para lá se dirigiam quando do repouso físico para a continuidade da tarefa.

(...)

Ao término da oração do dirigente espiritual, o campo energético se transmutara intensamente, favorecendo a aproximação dos dois participantes ainda ausentes.


O facho luminoso que provinha do Alto correspondia, sem sombra de dúvida, a uma estrada vibratória segura por onde as nobres entidades se deslocavam até os respectivos terminais junto aos homens encarnados, nas diversas instituições terrenas às quais se ligavam.

Foi quando, diante dos olhares deslumb
rados dos presentes, proveniente das dimensões superiores, penetrou o recinto, vindo por esse cordão de intensas luzes, a primeira entidade.

Como um cometa que caísse sobre Ribeiro, fundindo o seu brilho ao campo de forças do mentor da instituição, emergiu a augusta figura do generoso médico, conhecido de todos e que dirigia os trabalhos espirituais em várias áreas da espiritualidade dos homens. Bezerra, simples e simpático, era o mesmo de sempre, endereçando aos presentes o carinho de um avô muito querido, de paizinho amado, paciente, generoso e devotado . . .

(...)

Interrompendo a oratória, Bezerra direcionou o augusto olhar para o facho luminoso que, vindo de mais alto, mantinha a conexão com aquele que nascia do coração de Ribeiro, como se indicasse à assistência a chegada de alguém, cuja aproximação fora preludiada pelos angelicais acólitos alados.

Foi então que, pelo mesmo caminho usado pelo Médico dos Pobres, a segunda estrela se apresentou, caindo suavemente do firmamento e pousando naquela acolhedora manjedoura de luz representada pelo ninho brilhante erigido pelas vibrações de Ribeiro.

Do foco solar no qual o irmão diretor se havia transformado, emergiu, então, celeste e indescritível figura de mulher, trajada com a túnica humilde dos miseráveis da velha e esquecida Galiléia, recoberta pelo suave manto azulado com o qual se representava a augusta Senhora dos Céus, a amorável Protetora dos Infelizes, Amparadora dos Suicidas, a Mãe de Jesus, a simples Maria de Nazaré.

(...)

... Os inumeráveis seres alados que anteciparam a sua chegada intensificaram as hosanas, ao mesmo tempo em que os perfumes se faziam mais sublimes no ambiente.

(...)

Simples como viera, Maria desceu do pequeno pedestal que a sustentara e, carinhosamente, passeou pelo palco com Bezerra ao seu lado, percorrendo-o de um lado ao outro, fitando a todos os presentes, enquanto que o cortejo de almas aladas que a servia flutuava sobre as cabeças dos embevecidos assistentes, espargindo em todas as direções pequeninas pétalas de flores representando o carinho de Mãe, no gesto de gratidão Daquela que, incansável, se empenhava na Salvação dos irmãos de humanidade, a quem considerava como filhos amoráveis, em processos de evolução.

Decorridos longos minutos, Maria despediu-se de Bezerra e, voltando ao fulcro de luzes que era o dínamo poderoso que mantinha aberta a ligação do Céu aos caminhos da Terra, depositou um beijo no coração de Ribeiro e, mesclando-se na luz intensa, retomou aos páramos superiores de onde viera.


Do livro "Herdeiros do Novo Mundo", ditado pelo espírito Lucius. Psicografado pelo médium André Luiz Ruiz.











___________________

Acólito, sua significação vocabular constante no terceiro parágrafo da citação abaixo, extraído da Wikipédia, é bem adequada para o seu entendimento, termo empregado pelo Espírito Lucius no livro "Herdeiros do Novo Mundo".
"Acólito (do grego antigo - akóloutos) é um membro da Igreja Católica, instituído ou não, que auxilia os ministros ordenados (Bispo, Padre ou Diácono) nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da Santa Missa. É um ministério próprio dos homens, porém podem ser aceites mulheres para acolitar, não podendo ser, contudo, instituídas.

(...)

No Brasil, o Acólito não instituído, especialmente quando jovem, é chamado de coroinha. Contudo não existe em qualquer documento litúrgico a referência a coroinhas (SIC!) mas sim a distinção entre acólitos instituídos e não instituídos.

(...)

A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Acólito é aquele que na celebração da liturgia segue (ou precede) outras pessoas, para servir e ajudar. Auxilia primeiramente o padre ou bispo, mas também ao diácono, ministro da palavra, ministro da eucaristia e leitores (SIC!)"

Ver abordagem completa em:

Site Wikipédia - "Acólito".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%B3lito


Ao usar o conteúdo do rodapé 5 respeite os direitos autorias deste blog, e das fontes citadas.

6. Há um momento no culto religioso dos evangélicos, e dos católicos carismáticos, em que os "anjos" do Senhor se fazem presentes, e se comunicam com seus fiéis, resultando em uma experiência única, quase indescritível, e de grande valor:
A Origem da RCC - E o Dom das Línguas


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7. A fé nas religiões, vejamos algumas delas: 

a) Igreja Católica Apostólica Romana:
Retratos da Fé - Igreja Católica Apostólica Romana - TV Brasil
"Catedral do Pilar, em São João del Rei (MG).
Foto: Luisina López Ferrari."(Retratos de Fé-TV Brasil)
Texto e vídeo em:


b) Igreja Católica Apostólica Brasileira - ICAB:
ICAB - Retratos de Fé TV Brasil
"Padre Rogers Duarte, em São Paulo.
Foto: Luisina López Ferrari"
(Retratos de Fé-TV Brasil)
 Texto e vídeo em:

c) Igreja Católica Carismática:
Renovação Carismática - Um Novo Pentecostes

Tia Laura e o Dom de Milagres e de Curas

d) Igreja Católica Ortodoxa:
Retratos da Fé - Igreja Católica Ortodoxa - TV Brasil
Sem nota de referência da imagem. (Retratos de Fé-TV Brasil)
Texto e vídeo em:

e) Igreja Luterana:
Igreja Luterana TV Brasil

"Culto na Igreja Luterana de Formosa (GO), com Padre Élcio da Silva.
Foto: Luisina López Ferrari."
(Retratos de Fé-TV Brasil)
Texto e vídeo em:

f) Religião Afro - Umbanda:
Retratos de Fé | Umbanda
"Ritual noturno com o pai Thomé Sabbag (Itarayara), em Curitiba.
Foto: Luisina López Ferrari."
(Retratos de Fé-TV Brasil)
Texto e vídeo em:

Brasilidade e Identidades Religiosas: Umbanda

g) Religião Afro - Candomblé:
Candomblé - Trajetórias e tradições - Retratos de Fé 
"Babalorixá Sidney Ti Oxossi, Belo Horizonte.
Foto: Luisina López Ferrari"
(Retratos de Fé-TV Brasil)
Texto e vídeo em:

h) Religião Afro - Quimbanda branca:
Umbanda de Caboclo - Mãe Ieda do Ogum

Mãe Ieda do Ogum Explica a Quimbanda
Documentário Caminhos da Religiosidade Afro-Riograndense

UMBANDA: explicando a QUIMBANDA
passiva da LEI DIVINA

i) Religião Espírita - Kardecismo federado:
O Espiritismo de Kardec aos Dias de Hoje

O Que é o Espiritismo? - Raul Teixeira


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8. O grupo de "desinformados e descuidados" são aqueles que não frequentam suas igrejas, e por isso não se envolvem com a comunidade cristã a que pertencem, não ouvem as palavras de seus líderes cristãos (padres, pastores, palestrantes espíritas, etc.), e não se envolvem com os ensinamentos de Jesus Cristo Nosso Mestre por meio de toda esta interação, e por isso trazem dentro de si mesmos como consequência apenas uma noção superficial da fé que professam, e com isso ficam frágeis às vicissitudes da vida e também das de ordem espiritual, vicissitudes com relação as quais a fraca fé, aquela que deveria transportar montanhas, não é capaz de combater e remover os sofrimentos, ou seja, as referidas pessoas tornam-se enfraquecidas diante das provas da vida, ainda que não frequentem seus redutos religiosos se ao menos fossem cristãos praticantes dentro de casa, estando sempre a se envolverem com suas bíblias, com o Evangelho Segundo o Espiritismo e outras obras espíritas, bem como com outras obras cristãs, a orarem, a estudarem um pouco os ensinamentos cristãos por poucos minutos ou por alguma hora, estariam se suprindo quanto a esta tão importante necessidade da informação evangélica e consequente auto socorro, pois estariam nutrindo a própria alma, e com isso estariam se ajudando e ajudando os Benfeitores Espirituais a ajudá-los, estariam se fortalecendo e protegidos por toda esta conduta religiosa que é um grande escudo protetor, mas ainda assim a frequência regular a igreja do próprio credo é de fundamental importância, e não isentaria as pessoas em questão da necessidade consciente de realizar estes feitos religiosos dentro de casa. Ao grupo de desinformados e descuidados "por opção própria" não se pode, entretanto, atribuir total responsabilidade por serem assim, pois existe o convívio familiar, onde não há o convívio familiar há pelo menos conhecidos e amigos, todas estas pessoas, por vez, tem sua parcela de contribuição, quando não o fazem deixam de fazer o bem a quem precisa, para que esse alguém não se jogue no precipício das más escolhas! E assim, quanto ao último caso, a dos desinformados e descuidados que vivem sozinhos, esta situação de descuido solitário parece representar uma atenuante para as colheitas futuras que viverão! Por todos estes casos acima é que "o apesar dos chamamentos", ou seja, os chamamentos que se dariam de tantas formas, por meio das pessoas principalmente, não podem se esgotar, pois o esgotamento do chamamento denuncia o limite moral mesmo dos que podem ajudar e se "cansam" de fazê-lo, ou mesmo nunca se importaram, estando na condição de vizinhos, de colegas de trabalho ou de estudo, e essa desistência ou desinteresse é o abandono aos que precisam, e o fortalecimento do individualismo a que tanto a sociedade moderna incita as pessoas, é por conseguinte, também, a determinação de colheitas futuras tanto dos ajudantes em potencial, quanto dos ajudantes de fato.

Sobre o auxílio que vem do Alto à pessoas de todas as religiões podemos ver esclarecimentos em algumas passagens de algumas obras da série André Luiz, tal como em "Nos Domínios da Mediunidade":

29

Anotações em Serviço

(...)


Áulus esboçou um gesto de bom humor e redarguiu:
- Isso seria suprimir a escola e vilipendiar o amor imanente na Criação Inteira. A religião digna, qualquer que seja o templo em que se expresse, é um santuário de educação da alma, em seu gradativo desenvolvimento para a imortalidade. Imaginemos um país imenso, em que milhões de crianças fossem relegadas ao abandono pelos pais e mestres, sob a alegação de que lhes cabe o dever de procurar a virtude e a sabedoria por si, furtando-se-lhes toda espécie de apoio moral e cultural... Imaginemos um campo enorme superlotado de enfermos, aos quais eminentes médicos recomendassem procurar a saúde por si mesmos, confiando-se à própria sorte... Onde estaria a lógica de semelhantes medidas? A interdependência mora na base de todos os fenômenos da vida. O forte é tutor do fraco. A criancinha na Terra não prescinde do concurso dos pais.
(...)

Do livro "Nos Domínios da Mediunidade", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.













19
Passes
(...)
Expressando minha profunda admiração pelo concurso eficiente de que fora testemunha, considerou o generoso auxiliador:
- Não podemos abandonar nossos irmãos na carne, ao sabor das circunstâncias, mormente quando procuram a cooperação precisa através da prece. A oração, elevando o nível mental da criatura confiante e crente no Divino Poder, favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita nossa tarefa de auxílio fraternal. Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em toda parte, em nome de Nosso Pai. Em vista disso, meu irmão, o homem de bem encontrará, depois da morte do corpo, novos mundos de trabalho que o esperam e onde desenvolverá, infinitamente, o amor e a sabedoria, de que possui os gérmens no coração.
(...)
- Lastimável! - exclamou o chefe do auxílio, depois de longa perquirição. - Entretanto, apenas poderemos aliviá-lo. Agora, após dez vezes de socorro completo, é preciso deixá-lo entregue a si mesmo, até que adote nova resolução.
E, dirigindo-se ao auxiliar, acentuou:
- Poderá oferecer-lhe melhoras, mas não deve alijar a carga de forças destruidoras que o nosso rebelde amigo acumulou para si mesmo. Nossa missão é de amparar os que erraram, e não de fortalecer os erros.
(...)

Do livro "Missionários da Luz", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.













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9. Sobre os informados e conscientes cristãmente só resta mesmo procurar saberem-se de si mesmos até que ponto a verdadeira fé, aquela que transporta montanhas, está de fato desenvolvida dentro do coração, porque se jogarem-se no precipício da auto destruição, se deixarem que a corrente desastrosa do mal os carregue, é sinal que a fé não existe desenvolvida dentro de si mesmos, e sim que essas pessoas passaram a vida inteira apenas estudando o que é a fé que transporta montanhas. Então é bom que os estudiosos religiosos atentem-se para isso, procurem verificar dentro de si mesmos se já solidificaram a verdadeira fé, ou se apenas procuraram entendê-la a vida toda. Esta auto análise não se dá em poucos minutos, nem em poucas horas, nem em poucos dias, pois trata-se de conhecer-se a si mesmo sem teorizações, já que sabem bem o que é a fé teoricamente. Não se pode querer conhecer-se a si mesmo quanto a própria fé quando os problemas vierem, mas tem-se sim que procurar saber disso o quanto antes, desde já, não deixar para amanhã! Esta situação, dos informados e conscientes, remete-nos a uma parte daquela parábola do Nosso Mestre Jesus que é intitulada "A Parábola das Dez Virgens" (MATEUS 25:1-13), quando as cinco virgens prudentes se negam a ajudar as outras cinco virgens imprudentes, pois a ajuda das primeiras virgens às segundas reside em que podiam levá-las consigo ao encontro do esposo aproveitando uma lâmpada apenas, ou seja, é o sentido da cooperação, do auxílio momentâneo, da caridade, da ajuda, para que todas fossem ao encontro do noivo, já que chegando ao local ele, o noivo, é quem iria escolher as noivas de seu gosto. Claro que a lição da parábola é outra, na verdade as cinco virgens prudentes são as que se preparavam evangelicamente toda a vida, enquanto que as outras não se preparavam, detendo-se apenas à vida imediata, e portanto, material, sem se preocuparem em desenvolver dentro de si mesmas o religioso interno. Trata-se a referida parábola dos muitos os chamados e os poucos preparados para o fim da última hora, a da chegada do Reino de Jesus, os poucos preparados são os não escolhidos, de modo que toda esta lição proporcionada pela presente parábola adequa-se em plenitude ao assunto da construção da fé interior aqui abordada:

A Parábola das Dez Virgens


MATEUS (25:1-13)

1 "Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8 As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9 As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprar para vós. 10 Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas, e foi fechada a porta. 11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço!

13 "Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora."

Parábola extraída da "Bíblia Sagrada", Católica Romana, Edição Pastoral Catequética, 28ª ed., Edição Claretiana - 2000. Traduzida da Bíblia dos Monges beneditinos de Maredsous, Bélgica.

Ao invés de uma bíblia católica, evangélica, ou mórmon, ..., se possível prefira "O Novo Testamento", de tradução fidedigna produzida pelo espírita Haroldo Dutra Dias.









Ampliando a compreensão desta parábola, a Parábola das Dez Virgens, de modo a aproveitá-la mais ao tema presentemente em reflexão é possível termos ainda aclarada a lição do Mestre Jesus quanto ao fato de que os "desinformados e descuidados" são aqueles sub grupos citados anteriormente que tiveram vários tipos de chamados durante o correr de suas vidas físicas, mas não despertaram, vivendo como indiferentes ao chamado Divino, e os "informados e bem cuidados" são os já esclarecidos, e também outros "descuidados e desinformados" que, andando como o primeiro grupo, acabaram cedendo aos muitos chamados, despertando para a realidade. Os primeiros são as noivas tolas, os segundos e os terceiros são as noivas prudentes. E todos somos chamados a vigiar-nos.

Ainda da obra da série André Luis, "Nos Domínios da Mediunidade", vemos um trecho muito importante sobre a importância das religiões:
4
Ante o Serviço
(...)

Hilário, que recebia, surpreso, semelhantes informes, perguntou, curioso:
- Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos?
- Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.
- Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões religiosas?
- Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral.
(...)

Do livro "Nos Domínios da Mediunidade", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.















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10. Os dois primeiros exemplos abaixo se referem apenas ao trabalho mediúnico fechado, e passes, o terceiro exemplo abaixo trata-se de um trabalho mediúnico aberto específico, o trabalho de psicografia aberto ao público, todos os três exemplos extraídos do livro "Missionários da Luz".

18

Obsessão


A conselho de orientadores experimentados, o agrupamento a que Alexandre emprestava preciosa colaboração reunia-se, em noites previamente determinadas, para atender aos casos de obsessão. Era necessário reduzir, tanto quanto possível, a heterogeneidade vibratória do ambiente, o que compelia a direção da casa a limitar o número de encarnados nos serviços de benefício espiritual.

(...)

Lembrando as conversações ouvidas entre os companheiros encarnados, cooperadores assíduos do esforço de Alexandre e outros instrutores, acrescentou:
- Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos amigos comentam a posição dos obsidiados que serão trazidos a tratamento ...
O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:
- Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um bem que fica indestrutível na esfera espiritual espiritual; ...
(...)
- Todos - respondeu Alexandre, sem hesitar - Dos cinco que constituirão o motivo da próxima reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente para socorro, evitando agravo nas provas necessárias.
(...)

Compreendi a elucidação e esperei a noite de socorro aos obsidiados, como Alexandre designava esse gênero de serviço.

Não decorreram muitos dias e, em companhia do instrutor, penetrei, sumamente interessado, o conhecido recinto.

O pessoal estava agora reduzido. Em derredor da mesa, reuniam-se tão-somente dois médiuns, seis irmãos experimentados no conhecimento e prática de problemas espirituais e os obsidiados.

Os enfermos, em número de cinco, apresentavam características especiais.

(...)

Seguia-lhes atentamente a movimentação, quando fui surpreendido com a chegada de dois amigos de nosso plano, para os quais olharam os obsessores, com certo receio.
- São nossos intérpretes junto das entidades perseguidoras - exclamou Alexandre, elucidando-me. - Em virtude da condição em que se encontram, podem ser percebidos por elas e manter estreita ligação conosco, ao mesmo tempo.
Assinalando a serenidade com que sorriam para nós, sem partilharem de entendimento direto com os instrutores de nossa esfera, ali presentes, ouvi o meu orientador explicar:
- Já se encontram de posse das instruções precisas aos trabalhos da noite.
As criaturas desencarnadas, que se congregavam ali em dolorosa perturbação, retificaram, de algum modo, a linguagem que lhes era própria, ao avistarem os dois missionários. Verifiquei, pela modificação havida, que ambos eram já conhecidos de todas.

(...)
19
Passes

Em todas as reuniões do grupo, junto ao qual funciona Alexandre, com atribuições de orientador, vários são os serviços que se desdobram sob a responsabilidade dos companheiros desencarnados. (...). Um desses serviços era o de passes magnéticos, ministrados aos frequentadores da casa.

O trabalho era atendido por seis entidades, envoltas em túnicas muito alvas, como enfermeiros vigilantes. Falavam raramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas, vindas ao recinto, recebiam-lhes o toque salutar e, depois de atenderem aos encarnados, ministravam socorro eficiente às entidades infelizes do nosso plano, principalmente as que se constituíam em séquito familiar dos nossos amigos da Crosta.

Indagando de Alexandre, relativamente àquela secção de atividade espiritual, indicando-lhe os companheiros, em esforço silencioso, esclareceu o mentor, com a bondade de sempre:
- Aqueles nossos amigos são técnicos em auxílio magnético que comparecem aqui para a dispensação de passes de socorro. Trata-se dum departamento delicado de nossas tarefas, que exige muito critério e responsabilidade.
(...)

Ouvindo as considerações do orientador, lembrei-me de que, de fato, vez por outra, viam-se nas reuniões costumeiras do grupo dos médiuns passistas, em serviço, acompanhados de perto pelas entidades referidas. Vali-me, então, do ensejo para intensificar meu aprendizado.

(...)

Do livro "Missionários da Luz", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.













16
Mandato Mediúnico

Eram quase vinte horas, quando estacamos à frente de sóbrio edifício, ladeado por vários veículos.

Muita gente ia e vinha.

Desencarnados, em grande cópia, congregavam-se no recinto e fora dele.

Vigilantes do nosso plano estendiam-se, atenciosos, impedindo o acesso de 

Espíritos impenitentes ou escarnecedores.

Variados grupos de pessoas ganhavam ingresso à intimidade da casa, mas no pórtico experimentavam a separação de certos Espíritos, que as seguiam, Espíritos que não eram simples curiosos ou sofredores, mas blasfemadores e renitentes no mal.

Esses casos, porém, constituíam exceção, porque em maioria o séquito de irmãos desencarnados se formava de gente agoniada e enferma, tão necessitada de socorro fraterno como os doentes e aflitos que passavam a acompanhar.

Entramos.

Grande mesa, ao centro de vasta sala, encontrava-se rodeada de largo cordão luminoso, de isolamento.

Em derredor, reservava-se ampla área, onde se acomodavam quantos careciam de assistência, encarnados ou não, área essa que se mostrava igualmente protegida por faixas de defesa magnética, sob o cuidado cauteloso de guardas pertencentes à nossa esfera de ação.

À frente, na parte oposta à entrada, vários benfeitores espirituais conferenciavam entre si e, junto deles, respeitável senhora ouvia, prestimosa, diversos pacientes.

(...)

Dona Ambrosina consolava e prometia. Quando Gabriel, o orientador, chegasse, o assunto lhe seria exposto. Decerto, traria a colaboração necessária.

Não decorreram muitos minutos e Gabriel, o mais categorizado mentor da casa, deu entrada no recinto, acompanhado por grande séquito de amigos.

Acomodaram-se em palestra afetiva à frente da mesa. Aí reunidas, as entidades de vida mental mais nobre estabeleciam naturalmente larga faixa de luz inacessível às sombras que senhoreavam a maioria dos encarnados e desencarnados da grande reunião.

Gabriel e os seus assessores abraçaram-nos generosos. 

Dir-se-ia partilhávamos brilhante festividade, tão vivo se mostrava o júbilo dos instrutores e funcionários espirituais da instituição. O trato com doentes e sofredores dos dois planos não lhes roubava a esperança, a paz, o otimismo... Compareciam ali, com o abnegado e culto orientador, a quem Áulus não regateava os seus testemunhos de veneração, médicos e professores, enfermeiros e auxiliares desencarnados, prontos para servir na lavoura do bem.

(...)

Nessa altura do esclarecimento que registrávamos, felizes, Dona Ambrosina sentara-se ao lado do diretor da sessão, um homem de cabelos grisalhos e fisionomia simpática que havia organizado a mesa orientadora dos trabalhos com catorze (SIC!) pessoas [médiuns psicofônicos, e médiuns de sustentação do trabalho mediúnico], em que transpareciam a simplicidade e a fé.

Enquanto Gabriel se postava ao lado da médium, aplicando-lhe passes de longo circuito, como a prepará-la com segurança para as atividades da noite, o condutor da reunião pronunciou sentida prece.

Em seguida, foi lido um texto edificante de livro doutrinário, acompanhado por breve anotação evangélica, em cuja escolha preponderou a influência de Gabriel sobre o orientador da casa.

(...)

Dezenas e dezenas de pessoas aglomeravam-se, em derredor da mesa, exibindo atribulações e dificuldades.

(...)

Vários amigos espirituais, junto aos componentes da mesa diretora, passaram a ajudá-los na predicação doutrinária, com bases no ponto evangélico da noite, espalhando, através de comentários bem feitos, estímulos e consolos.

(...)

Muitos médiuns funcionavam no recinto, colaborando em favor dos serviços de ordem geral a se processarem harmoniosos, todavia, observávamos que Dona Ambrosina era o centro da confiança de todos e o objeto de todas as atenções.

(...)

Enquanto cultos companheiros de fé ensinavam o caminho da pacificação interior, sob a inspiração de mentores do nosso plano, Dona Ambrosina, sob o comando de instrutores que se revezavam no serviço assistencial, psicografava sem descanso.

(...)

Do livro "Nos Domínios da Mediunidade", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.














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11. Abaixo, um trecho extraído do livro "Tambores de Angola", ditado pelo espírito Ângelo Inácio, psicografado pelo médium Robson Pinheiro. Ângelo Inácio apresenta de forma rica como é o trabalho mediúnico umbandista, mostrando como nestas casas afros as reuniões mediúnicas são direcionadas ao público frequentador e devoto, mostra-nos também o trabalho da Espiritualidade Superior nestas casas. São dois exemplos abaixo, extraídos do mesmo capítulo.

a) as reuniões mediúnicas direcionadas ao público frequentador e devoto:


PRIMEIROS CONTATOS

Dona Niquita resolveu procurar orientação na tenda de Umbanda que Ione frequentava. Embora um pouco apreensiva, pois achava Ione um pouco mística, não conhecia outra maneira de ajudar seu filho. Venceu as primeiras barreiras criadas pela desinformação e pôs-se a caminho.

(...)

Vibrações intensas envolviam o ambiente e desde o momento em que chegamos pudemos perceber isso.

Desencarnados e encarnados vinham ali em busca de algo. Chegamos cedo a meu pedido, pois desejava obter informações e fazer algumas observações, que para mim, eram muitíssimo importantes. O caso Erasmino me inspirava de dedicação e gostaria de participar de todos os lances.

Momentos atrás, quando D. Niquita penetrou no salão principal, já nos encontrávamos lá e deste lado da vida as coisas se passavam bastante interessantes.

Fomos apresentados a uma entidade que estava postada junto à soleira da porta. O espírito parecia um soldado que estava de prontidão para manter a ordem e a disciplina. Lá fora viríamos outros que estavam em pontos estratégicos em torno de todo o quarteirão onde se localizava a construção física da tenda. Impunham respeito e zelavam pela disciplina do lugar. Eram perfeitos cavalheiros.

Um deles, a quem fomos apresentados, atendeu-nos solícito e encaminhou-nos ao responsável espiritual pelos trabalhos da noite.

Aproximou-se de nós um espírito trajando terno azul marinho, alto e de bigode emoldurando a face sorridente. Era o irmão Anselmo. Vinha acompanhado de outro espírito: uma senhora de cor negra, que se vestia com os trajes típicos da época do Brasil colônia. Sua aura envolvia-nos a todos e uma bondade profunda irradiava-se de sua presença, tornando-a respeitada por todos os outros espíritos que ali trabalhavam. Eram os responsáveis pelas atividades daquela tenda de Umbanda, o irmão Anselmo e a irmã Euzália que, sorrindo nos cumprimentaram com um abraço fraternal.
- Meu nome é Arnaldo – falou o meu companheiro. – Estamos em tarefa de socorro e com certeza já foram informados pelos nossos irmãos maiores a respeito de nossa vinda.
- Claro, meu irmão! – falou Anselmo. – Somos aqui, todos aprendizes e creio que poderão nos auxiliar muito nas tarefas que possamos desenvolver em comum. Esta é nossa irmã Euzália, nossa mentora, responsável por nossas atividades.
- Que é isso, Anselmo? – Dessa forma você me deixa sem jeito – redarguiu a bondosa entidade. – Somos trabalhadores da mesma causa e estamos aqui para fazer o melhor que pudermos para o auxílio a quantos Deus nos envia. Sintam-se em casa, meus filhos.
(...)
Enquanto ele falava, eu fui olhando o ambiente com mais atenção. Ao lado da porta de entrada havia dois espíritos, que estavam magnetizando todos que passavam por eles. Um assemelhava-se a um índio pele-vermelha, com uma indumentária jogada sobre o ombro, de porte altivo, sério, porém, sem ser grave. Trazia um recipiente nas mãos e espargia uma espécie de mistura de ervas maceradas em todas as pessoas. Do outro lado da porta, um autêntico preto velho, porém nem tão velho assim. Trazia nas mãos um estranho instrumento, que Anselmo identificou como sendo um turíbulo ou incensário, movendo-o em torno das pessoas que entravam na tenda, enquanto o objeto exalava uma fumaça de cheiro adocicado, de forma que ninguém que passasse por aquela porta ficasse sem os efeitos do que lhes era ministrado.
- Esses são companheiros que na Terra se especializaram no cultivo e na manipulação de ervas. Aqui deste lado, além de irradiarem fluidos de sua aura pessoal, continuam com o mesmo trabalho, auxiliando quanto possam para o benefício geral – falou-me Anselmo. – Observe bem aquele companheiro que entra no salão.
Entrava um senhor de semblante grave, estatura alta, acompanhado por uma jovem, que segurava em sua mão. O preto velho e o índio faziam o que eu chamava de ritual, envolvendo-o em suas vibrações. . .

(...)
- Vê, meu amigo, como esses companheiros promovem a limpeza magnética nas auras dos irmãos encarnados? Utilizam-se de recursos que conhecem. Você não ignora que todas as coisas tem magnetismo próprio e aqui deste lado da vida, as estruturas astrais das plantas, com a vibração que esses espíritos conseguem canalizar da natureza, são medicamentos eficazes, que nas mãos de quem conhece, se transformam em potentes instrumentos de auxílio, expurgando larvas e criações mentais inferiores do campo magnético dos companheiros encarnados e mesmo desencarnados. A natureza guarda segredos que estamos longe de compreender em sua totalidade. Aqui nada se perde. Todo conhecimento é utilizado para o trabalho de auxílio. Toda experiência é aproveitada nas tarefas, porém, obedecemos a um critério como verá depois. . .
(...)

Segui Anselmo e observei igualmente o congá, o local onde se encontravam as atenções de todos. Era uma espécie de altar, utilizado para as rezas que se destinavam a encarnados e desencarnados. Anselmo, desta vez, explicou sem que eu perguntasse:

(...)

Observei o ambiente espiritual da tenda ou do terreiro. À medida que o povo cantava em ritmo próprio, parecia que imensa quantidade de energia luminosa ia se formando por cima da assistência [pessoas que estão na platéia a procura de assistência espiritual no terreiro para suas vidas; e médiuns], segundo o “ponto” cantado [canção, música]. De cores variadas, as energias iam se aglutinando na psicosfera ambiente e depois eram absorvidas pelas auras de quantos ali estavam, além de se agregarem em torno do congá [altar de orações, que é igual ao que se encontra nas igrejas católicas em seus cantos laterais e no altar da igreja onde o padre reza as missas]. O fenômeno era maravilhoso de se ver. Em meio ao redemoinho de energias, espíritos que se manifestavam em forma de crianças canalizavam esses recursos para os assistentes [as pessoas que estão presentes em busca de auxílio para suas vidas; e médiuns], que estremeciam ao receber o toque energético. Eram os fluidos que os atingiam e desestruturavam as criações mentais inferiores, os miasmas e os demais parasitas que se encontravam nas auras dos participantes [pessoas da assistência, da platéia].

(...)

Aventurei-me, então, a perguntar a respeito de algo que me chamara à atenção desde que chegara na tenda. Quem eram aqueles espíritos que pareciam guardar a entrada do local? Pareciam soldados de um exército de desencarnados.
- Aqueles são os guardiões, meu caro Ângelo, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente. Em muitas tendas ou terreiros, são conhecidos como exus. Para nós, são companheiros experimentados em várias encarnações, em serviço militar, em estratégias de defesa ou mesmo simples trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina. Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois não ignora que lidamos em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso e personalidades fortes que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estariam à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estariam seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
- Quer dizer, então que estes são os chamados exus? Mas quando se fala neles, as pessoas os julgam seres infernais ou assassinos e até mesmo certos umbandistas passam essa ideia a respeito deles.
- Existe muita desinformação e falta de estudo, principalmente nos meios que se dizem umbandistas. Na verdade, prolifera um número acentuado de manifestações religiosas de cunho mediúnico que utilizam do nome da Umbanda para se caracterizarem perante a sociedade dos homens, mas a verdadeira Umbanda é uma religião que é destituída de misticismo em seus fundamentos, o que mais tarde poderemos esclarecer a você. Aqui, no entanto, nos deteremos para esclarecer melhor o assunto.
Muitos do próprio culto confundem os exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem. . .

(...)


b) o trabalho da Espiritualidade Superior nas casas espiritualistas afros:


PRIMEIROS CONTATOS
(...)

... A um sinal do dirigente, pararam de cantar e todos se concentraram no altar de onde emanava luminosidade singular, parecendo uma névoa de irradiações cintilantes. Foi indicado um médium da corrente para realizar as preces iniciais e novamente recomeçou a cântico de invocação das entidades da casa.

Aproximou-se de cada médium um determinado espírito, que o envolvia em suas vibrações peculiares. O ritmo da música foi aumentando e pude ver como Euzália e Anselmo aproximaram-se dos médiuns com os quais deveriam trabalhar na noite.

Fiquei encantado com o que via. Euzália transformou-se aos nossos olhos de desencarnados, modificando a sua aparência perispiritual de tal maneira que, se alguém possuidor de vidência a tivesse visto naquele momento, não a reconheceria. Foi-se encurvando aos poucos e assumiu a personalidade e aparência de uma velha de mais ou menos setenta anos de idade, enquanto o seu médium igualmente assumia a mesma postura, demonstrando em seu semblante as características que o espírito assumira. Por sua vez, Anselmo foi aos poucos modificando a sua aparência e num exercício de ideoplastia, assumiu aspectos de um velho calvo, negro e de um sorriso extenso no rosto. A médium que o “recebia”, como falavam na tenda, tomou a mesma postura do espírito que se apresentava aos encarnados como Pai Damião, enquanto Euzália era agora a bondosa Vovó Catarina.

Começaram as atividades mediúnicas da noite e cada médium dava passividade a um espírito que se manifestava entre os encarnados como preto velho. Era a gira da Umbanda.

(...)

A conversa continuava num misto de consolo e de informações do Plano Espiritual a respeito do caso de Erasmino. D. Niquita chorava sentidamente, enquanto a assistência continuava cantando os pontos dos guias. Olhei bem o que se passava e pude ver que, enquanto a entidade conversava com a companheira encarnada, caíam dela certos resíduos fluídicos, que eram dissolvidos nas vibrações do ambiente espiritual do lugar. Vovó Catarina passava aos poucos seu ramo de alfazema em volta de D. Niquita, dando-lhe um passe e do galho da erva, desprendiam-se fios tenuíssimos de fluidos lilases, que interagiam com a aura da nossa irmã, causando-lhe imenso bem-estar. Eram os recursos da natureza aliados ao amor da entidade e à simplicidade de sua tarefa. Uma a uma as pessoas iam se aproximando dos médiuns “incorporados” para o momento de conversa fraterna, enquanto, deste lado, os guardiães retornavam com informações preciosas a respeito do caso Erasmino.

Findo o culto, após as orações, os espíritos responsáveis retornaram a forma que tinham, com extrema naturalidade. Dirigimo-nos a aposento contíguo para conversamos. Os assistentes retornaram ao seus lares, e D. Niquita, aliviada, retornou igualmente com Ione, ...

(...)

Do livro "Tambores de Angola", ditado pelo espírito Ângelo Inácio. Psicografado pelo médium Robson Pinheiro.















Ao usar o conteúdo do rodapé 11 respeite os direitos autorias deste blog, e das fontes citadas.

12. Rever o trecho transcrito na nota 10 deste texto, que é do capítulo 18 intitulado "Obsessão", do livro "Missionários da Luz", ditado pelo espírito André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Acrescente-se um trechinho do mesmo capítulo, o 18, em que mostra-nos André Luiz, num momento próximo ao encerramento da reunião mediúnica fechada, o "orientador encarnado" recebendo valiosas orientações dos Benfeitores Espirituais que dirigiam o grupo mediúnico, só não nos relatando o detalhe de como aconteceu esta comunicação, se foi por psicofonia ou psicografia pois este não era o objeto de observação de André Luiz naquele seu dia de estudo, e sim o modo de trabalho de uma reunião mediúnica de desobsessão, e seu aspecto moral.



18

Obsessão
(...)

Enquanto examinava, atento, aqueles inquietantes quadros clínicos, o orientador encarnado da assembléia, fazendo-se intérprete [por psicofonia ou psicografia] de grandes benfeitores do nosso plano de ação, espalhava o amor cristão e a sabedoria evangélica, a longos jorros, efetuando, com extrema fidelidade ao Cristo, a semeadura da caridade, da luz, do perdão.

(...)

Do livro "Missionários da Luz", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.














Na sequência, uma parte da obra "No Mundo Maior" da série André Luiz, nas quais podemos observar a forma de comunicação dos Benfeitores Espirituais num trabalho mediúnico fechado. No exemplo abaixo o Benfeitor Espiritual que se comunicou por um dos médiuns da mesa assinou a mensagem psicográfica, pois é mais frequente os Benfeitores Espirituais não se identificarem.
9
Mediunidade
(...)

Decorridos alguns minutos de expectativa e de preparo silencioso, a mão da médium, orientada pelo médico e movida em cooperação com os estímulos psicofísicos da intermediária, começou a escrever, em caracteres irregulares, denunciando o natural conflito de "dois cosmos psíquicos" diferentes, mas empenhados num só objetivo - a produção de uma obra elevada.

Acompanhei a cena com interesse.

Mais alguns momentos, e fazia-se a leitura do pequeno texto obtido.

O comunicado era vazado em forma singela, como um apelo fraternal.

"Meus irmãos - escreva o emissário -, que Deus nos abençoe.

(...)

O comunicante assinou o nome, e, daí a alguns minutos, encerravam-se os serviços espirituais da noite.

(...)

Do livro "No Mundo Maior", ditado pelo espírito André Luiz. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.










E por último alguns trechos de obras do Irmão Paulino, "Novo Dia", e "Entre a Sombra e a Luz". Psicografado pelo médium Carlos A. Baccelli.
18
Mediunidade   Enferma
(...)

Antes que pudéssemos nos entregar a outras reflexões, o Dr. Odilon convidou-nos para que, naquele mesmo dia, um pouco mais tarde, efetuássemos uma visita de rotina a determinado agrupamento mediúnico.

(...)

Economizando palavras, seguimos com o diligente companheiro até à casa espírita em que, naquela noite, se processaria uma reunião de desobsessão. À nossa chegada, o Dr. Odilon foi saudado com alegria por cinco irmãos que, desenfaixados do corpo de carne, ali prestavam assistência aos médiuns.

(...)

19
Advertência Fraterna
(...)

Com o intuito de, mais uma vez, tentar minimizar o problema entre Valério e Agripino, socorrendo, assim, as atividades do grupo mediúnico, ao término das reuniões, o Dr. Odilon, tomando a palavra, falou através do companheiro que com ele sintonizara:

(...)

20

Diálogo Construtivo
(...)

Ao final da reunião, tendo o dirigente proferido a prece de encerramento, os integrantes da equipe mediúnica em serviço por alguns minutos entraram a comentar a palavra do Instrutor:


O primeiro a manifestar-se foi Agripino, o doutrinador, que era um dos companheiros mais antigos da casa:

- Que beleza a mensagem do Dr. Odilon!...
(...)

Do livro "Novo Dia", ditado pelo espírito Paulino Garcia. Psicografado pelo médium Carlos A. Baccelli.












48
Escrúpulo
(...)

Tendo início a sessão psicográfica no "Pedro e Paulo", na cidade de Uberaba-MG, enquanto o poeta desencarnado Eurícledes Formiga transmitia a sua mensagem, um dos organizadores espirituais da referida reunião apresentou um senhor septuagésimo ao Dr. Odilon:

(...)
65
Mediunidade e Fé
(...)

Antes, no entanto, que deixássemos o recinto da instituição, solicitei ao poeta que me concedesse uma cópia da expressiva página mediúnica que havia escrito naquela manhã. Sem se opor, o poeta entregou-me os originais da referida mensagem, ...

(...)

Do livro "Entre a Sombra e a Luz", ditado pelo espírito Paulino Garcia. Psicografado pelo médium Carlos A. Baccelli.















Ao usar o conteúdo do rodapé 12 respeite os direitos autorias deste blog, e das fontes citadas.

13. No Brasil já existem até aos dias de hoje médiuns que são conhecidos nacionalmente por levarem ao público as orientações dos Espíritos Superiores como fruto das experiências de aprendizado com estes irmãos do Bem ao longo de suas vidas como médiuns. Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira, Sueli Caldas Schubert, dentre outros, são os que primeiro devemos rememorar neste sentido ao buscar na história do Espiritismo brasileiro os divulgadores da Doutrina Espírita a nível nacional ou regional enquanto médiuns oradores espíritas, marcando e fortalecendo, bem como norteando, o movimento espírita, mantendo assim, a candeia, a lamparina luminosa, o mais alto possível para que tendo uma luminosidade de longo alcance cada vez mais e mais ilumine um grande número de pessoas necessitadas desta luz em suas vidas. Juntando-se aos nomes citados acima outros médiuns oradores são Carlos A. Baccelli, André Luiz Ruiz, Geraldo Lemos Neto, Wagner Gomes da Paixão, Neuza Zapponi Mello, dentre outros da atualidade espírita. Não podemos esquecer dos oradores não médiuns que também têm contribuído, ou já contribuíram, para o movimento espírita, como Marlene Nobre, Deolindo Amorim, Sérgio Felipe de Oliveira, Haroldo Dutra Dias, Alberto Almeida, Cosme Massi, Richard Simonetti, Altivo Ferreira, Dalva Silva Souza, e muitos outros.



Ao usar o conteúdo do rodapé 13 respeite os direitos autorias deste blog, e das fontes citadas.

14. Dois médiuns brasileiros pioneiros em divulgar a Doutrina Espírita "brasileira" para além dos limites geográficos nacionais foram Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, além de mais dois espíritas, Maria Aparecida Pimentel (que mais tarde passou a se chamar Maria Aparecida Ventton Harrison), e Irineu Alves, viajando juntos os quatro em 1965, para os EUA. Essa ida aos EUA foi uma missão celeste, pois tratava-se de um compromisso apresentado a ambos, Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pela Espiritualidade Maior de quem foram porta-vozes Emmanuel e André Luiz para o cumprimento da expansão do Evangelho do Cristo Jesus, o Consolador Prometido, na Terra. O informe espiritual deste compromisso à Chico Xavier e Waldo Vieira se justificava, pois, ao chegar esta comitiva de espíritas brasileiros aos EUA foi constatado por eles mesmos que o Espiritismo norte-americano em pleno curso ainda necessitava evoluir mais, exatamente à partir de um dos seus aspectos tríplices, o evangélico, dando assim o sentido correto ao curso da Doutrina Espírita tal como deve se desenvolver desde então em toda a América do Norte, seguindo o modelo brasileiro. Como forma de concretizar a implantação de uma Doutrina Espírita evangélica neste lugar do continente americano, inspirados por Emmanuel e outros Benfeitores Espirituais, Waldo Vieira e Irineu Alves, ambos médicos, bem como Chico Xavier, conseguiram encaminhar a fundação do "Christian Spirit Center" (Centro Espírita Cristão), em Washington. A missão do Brasil como divulgador do Evangelho Cristão Espírita para o restante do mundo terreno já estava nos planos celestes do Mestre Jesus muito antes do Brasil surgir na geografia da América, e Ismael, um de seus anjos de Luz convocados por Ele, tanto trabalhou pelo Brasil desde seu advento como colônia portuguesa para torná-la realidade como a Pátria Evangélica do Cruzeiro. Precisava o Brasil amadurecer em seu seio o Evangelho Consolador Prometido primeiro, e solidificando-o e multiplicando-o no mesmo solo, para depois poder multiplicar a semeadura celeste abrasileirada a partir de sua colheita própria em todos os países possíveis de aceitação em todo o planeta, em todos os tempos históricos desde então.
CAPÍTULO IV
UBERABA,  A  CAPITAL  DO  ESPIRITISMO
(...)

Desde logo, constatou-se a imensa diferença entre o Espiritismo norte-americano e o brasileiro. Ora, parte essencial da missão de Chico e seus companheiros era difundir lá o Espiritismo evangélico, tal como se praticava no Brasil. O kardecismo nos Estados Unidos estava apenas engatinhando. Por isso, Chico e Waldo fundaram em Washington o Christian Spirit Center, destinado a manter os serviços iniciais de difusão da Doutrina Espírita, como é entendida e praticada no Brasil. Nessa infiltração, estaria um primeiro passo rumo à concretização daquela crença que vê o Brasil predestinado a difundir um novo conceito de civilização?

(...)

Do livro "CHICO XAVIER: uma vida de amor", referências da obra no item (b) da relação bibliográfica desta nota 14. Este trecho, bem como todo o tópico capitular referenciado desta obra foi utilizado na elaboração da nota 14.


XXVII
A REPÚBLICA
(...)

Por essa razão os anos de 1888 e 1889 assinalaram os derradeiros tempos do único império das plagas americanas. Por toda parte e em todos os ambientes civis e militares acediam-se os fachos do idealismo republicano, sob o pálio da generosidade da Coroa.

No mundo invisível, reúne o Senhor as falanges benditas de Ismael e dos seus dedicados colaboradores e, enquanto as luzes tênues douravam o éter da imensidade, que se enfeitava de luminosas flores dos jardins do Infinito, falou a sua voz, como no crepúsculo admirável do Sermão da Montanha:

- "Irmãos, a Pátria do Evangelho atinge agora  a sua maioridade coletiva.(...). Acompanharemos, indiretamente, o Brasil, onde as sementes do Evangelho foram jorradas a mancheias, a fim de que o seu povo, generoso e fraternal, possa inscrever mais tarde a sua gloriosa missão espiritual nas mais belas páginas da civilização, em o livro de ouro dos progressos do mundo. (...)

(...)

...Articularemos todas as possibilidades e energias em favor do Evangelho, no país inteiro, e a obra de Ismael derramará as bênçãos fulgurantes do céu sobre todos os corações, na estrada de todos os felizes e de todos os tristes da Terra.

"Acordemos a alma brasileira para a luminosa alvorada desse novo dia!

"No capítulo das instituições humanas, os esforços que despendemos até agora estão mais ou menos encerrados; ...


XXVIII
A FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

Logo após a proclamação da República, Ismael volta a concentrar seu esforço na consolidação da sua obra terrestre. Seu primeiro cuidado foi examinar todos os elementos, procurando reafirmar, no seio dos ambientes espiritistas, a necessidade da obra evangélica, no sentido de que ressurgisse a doutrina de tolerância e de amor, de piedade e perdão, do Crucificado. (...)

(...)
XXIX
O ESPIRITISMO NO BRASIL
(...)

Enquanto na Europa a ideia espiritualista era somente objeto de observações e pesquisas nos laboratórios, ou de grandes discussões estéreis no terreno da filosofia, não obstante os primores morais da codificação kardeciana, o Espiritismo penetrava o Brasil com todas as suas características de Cristianismo redivivo, levantando as almas para uma nova alvorada de fé. Aí, todas as suas instituições se alicerçavam no amor e na caridade. As próprias agremiações científicas que, de vez em quando, aparecem para cultivá-lo, na sua rotulagem de metapsíquica, são absorvidas no programa cristão, sob a orientação invisível e indireta dos emissários do Senhor. Todas as possibilidades e energias são por Ismael aproveitadas para o bem comum e para a tarefa de todos os trabalhadores, e é por isso que todos os grupos sinceros do Espiritismo, no país, têm as suas águas fluidificadas, a terapêutica do magnetismo espiritual, os elementos da homeopatia, a cura das obsessões, os auxílios gratuitos no serviço de assistência aos necessitados, dentro do mais alto espírito evangélico, dando-se de graça aquilo que se recebeu como esmola do céu. Não é raro vermos caboclos, que engrolam a gramática nas suas confortadoras doutrinações, mas que conhecem o segredo místico de consolar as almas, aliviando os aflitos e os infelizes, ou, então, médiuns da mais obscura condição social, e nas mais humildes profissões, a se constituírem instrumentos admiráveis nas mãos piedosas dos mensageiros do Senhor.

A Europa recebeu a Nova Revelação sem conseguir aclimatá-la no seu coração atormentado pelas necessidades mais duras. As próprias sessões mediúnicas são ali geralmente remuneradas, como se esses fenômenos se processassem tão-somente pelas disposições estipuladas num contrato de representações, enquanto que, no Brasil, todos os espiritistas sinceros repelem o comércio amoedado, nas suas sagradas relações com o plano invisível, conservando as intenções mais puras no hostiário da sua fé.

(...)

... Os que desejarem impor, no seu compreensível entusiasmo de crentes, os preceitos do Mestre às instituições estritamente humanas, talvez ainda não tenham ponderado que a obra cristã espera, há dois milênios, a compreensão do mundo.

Do livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", ditado pelo espírito Humberto de Campos. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Mais informações sobre esta obra no item (c) da relação bibliográfica utilizada para este rodapé 14.


Mas não foi somente nos Estados Unidos que Chico Xavier e a comitiva da qual fazia parte estiveram, após a estadia neste país rumaram para a Europa. Chico Xavier, bem como seus companheiros desta mesma comitiva de viagem de 1965, constataram que nos países europeus o aspecto evangélico da Doutrina Espírita não estava suficientemente adiantado, tal como também ocorria nos EUA, na América do Norte, pois ainda se situavam no nível materialista, com certeza o experimental científico portanto, do tripé da Doutrina Espírita. Constatou Chico Xavier, mediante este chocante e triste quadro, a urgência de se desenvolver também nos países europeus a Doutrina Espírita Cristã para que as referidas populações pudessem se beneficiar da caridade dos Espíritos Superiores, bem como dos médiuns e de demais trabalhadores espíritas de suas localidades, e ainda entre eles próprios, os espíritas por convicção. Em 1966 Chico Xavier viajou novamente para os EUA e para a Europa, ao lado de Waldo Vieira, com a mesma missão, momento este em que teriam visitado desta vez a Inglaterra, bem como outros países europeus não visitados antes, e constataram que na Inglaterra já era dada importância evangélica e humanitária ao trabalho espírita, assemelhando-se em muito ao trabalho espírita brasileiro. Pode-se perceber por este recorte da história da difusão pelos brasileiros, da Doutrina Espírita Cristã internacionalmente, que os anos de 1965/1966 foram o marco da iniciação da expansão do Consolador Prometido por Nosso Mestre Jesus sobre toda a face da Terra, sabendo-se hoje que, a Doutrina Espírita Cristã já alcançou até mesmo os países do extremo Oriente, como Japão, Rússia, graças as ações norteadoras precursoras dos espíritas cristãos brasileiros desta época, principalmente contando-se com Chico Xavier. Portanto a divulgação pelos espíritas brasileiros da Doutrina Espírita na sua versão cristã ao redor do mundo conforme orientação pelo Alto é ainda hoje inconclusa, porque até hoje há países do mundo que ainda não receberam de boa vontade as informações da Doutrina Espírita, permanecendo, com isso, o problema da intolerância religiosa devido ao enclausuramento social/religioso dos povos à religiões seculares e absolutistas, mas que no amanhã porvindouro celeste com certeza serão todas estas barreiras ultrapassadas. Portanto o período 1965/1966 poderíamos perceber como sendo o início da 2ª fase histórica da expansão do Espiritismo cristão pelo mundo, a sua expansão continuará, avançando finalmente à 3ª fase histórica, estendendo "toda a luz do Cristo sobre a face da Terra", toda a sua "nesga de luz" à população terrestre conforme Ele disse que faria. Há, sim, hoje, países em que a intolerância religiosa é um fator presente e forte, mesmo assim a Doutrina Espírita tímida e surpreendentemente conseguiu ser fixada como uma boa semente.

Hoje em dia encontra-se a Doutrina Espírita expandida no mundo da seguinte forma: Europa: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Principado de Liechtenstein, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça; Ásia: Japão, Rússia; América do Norte: Canadá, Estados Unidos, México; América Central: Guatemala, Cuba, Caribe, El Salvador, Honduras, Porto Rico; América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai; Oceania: Austrália; Transcontinental: Indonésia; África: Marrocos, Congo, Quênia, Angola, Moçambique. A apresentação dos países aqui relacionados de todas as partes do mundo não significa a totalidade de países onde já exista a Doutrina Espírita implantada e caminhando seguramente, e ainda, é bem possível e provável também que em alguns países apenas existam residentes estrangeiros espíritas e/ou simpatizantes, mas não a Doutrina Espírita já implantada, o que para estas pessoas só se torna viável acompanhar o movimento espírita, bem como professar a própria fé, pela internet, bem como lendo seus livros espíritas em casa, pois infelizmente estas pessoas não têm a liberdade de expor a própria crença fora de casa por causa da intolerância religiosa.


"POR QUE ESTADOS UNIDOS"

A propósito do assunto, [Questão 3] transcrevemos o texto do mencionado artigo de S. J. Haddad, nosso digno confrade residente em Elon College, Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, para que nos compenetremos quanto à importância da divulgação do Espiritismo, como é praticado no Brasil, nos demais países do mundo:

"A história nos tem demonstrado que os grandes movimentos, que tinham por finalidade abrir novos horizontes do pensamento e do sentimento, ultrapassaram sempre as fronteiras dos países onde tiveram seu berço.

A isso não poderia escapar a Doutrina Espírita.

O caro leitor sem dúvida concordará conosco que a Doutrina dos Espíritos, no seu desdobramento evangélico, está indiscutivelmente enquadrada na categoria dos grandes movimentos da Terra. Em tempo algum da vida no Planeta existiu doutrina tão admiravelmente racional, simples e acessível e que, no dizer do distinto confrade, "tem uma resposta para todas as perguntas".

As luzes e as consolações que há um século vêm sendo derramadas sobre a bendita terra brasileira, aliadas às obras do bem, constituem fenômeno quiçá único na História da Humanidade.

Senão, vejamos se, em alguma época, houve na Terra um influxo, se houve, na História, algo que se pudesse comparar com a caridade e o amor fraterno e desinteressado que o Espiritismo cristão tem produzido e distribuído na Terra de Santa Cruz, em semelhantes condições; ou se houve, no passado, uma eclosão de fenômenos mediúnicos, dos mais variados e maravilhosos, com objetivos essencialmente espirituais, no país inteiro.

Tudo isso, caro Leitor, está indicando que, pela força mesmo das coisas, esses acontecimentos no Brasil haveriam de repercutir para além de suas fronteiras. Podemos ir mais adiante, em supor que a Doutrina Espírita cristã, que teve como berço principal, na vivência do Evangelho, as terras brasílias, sob a respeitável liderança da Federação Espírita Brasileira, fora ali como que providencialmente abrigada e nutrida, para fins universais.

Assim também o foi a missão do Evangelho de Nosso Senhor Jesus-Cristo, cuja mensagem ultrapassou as acanhadas fronteiras da Palestina, indo às mais longínquas partes do mundo, nos tempos ainda de navegação à vela.

Não estranhemos, pois, se, pelos conselhos de seus Guias Espirituais, dois muito conhecidos e queridos médiuns brasileiros seguiram de bom ânimo os apelos do Alto, fazendo a caridade de estender mãos fraternas a irmãos de outros países, tão necessitados de nossa confortadora Doutrina quanto os irmãos de sua terra natal. E, muito compreensivelmente, a sementeira dos princípios espíritas-evangélicos do Brasil é, agora, iniciada nos Estados Unidos da América do Norte, aproveitando-se o veículo da língua inglesa, hoje a mais lida e falada no Planeta, de modo a difundir-se o Cristianismo redivivo na Doutrina Espírita, através do maior número de comunidades humanas, com a urgência desejada, embora aceitemos, em todas as nações, a excelência do Esperanto, destinado a ser a ponte de comunhão linguística de todos os povos do futuro.

Foi assim que Chico Xavier e Waldo Vieira nos vieram dar a mão aqui nos Estados Unidos da América, começando pelo lançamento do livro intitulado "The World of the Spirit", seguido de traduções mediúnicas de mensagens, e de mensagens recebidas diretamente em Inglês.

As suas duas breves visitas tiveram repercussão de incalculável alcance, lançando as bases de uma obra que, embora ainda pequena, poderá com as bênçãos do Alto, atingir proporções respeitáveis.

Se as notícias de suas primeiras visitas causaram surpresa nos meios espíritas brasileiros, nós também, os domiciliados nesta terra generosa, as recebemos agradavelmente surpreendidos, agradecendo-lhes a cooperação fraternal, especialmente em relação ao nosso caro Chico Xavier, que sabemos pouco viajara, mesmo no seu próprio Estado de origem.

Em seguida, porém, foram-se clareando os panoramas, tanto para nós outros como para muitos dos nossos bondosos confrades no Brasil. Principiamos também a notar que, de parceira com as atividades de divulgação no Plano físico, houve também aproximações na Esfera invisível, conforme mensagens do Irmão X e outras comunicações recebidas, aqui em Elon College no "Christian Spirit Center".

As traduções psicográficas de mensagens se intensificaram, bem como a recepção de páginas em língua inglesa. Entretanto, os Guias Espirituais dos dois infatigáveis médiuns apontaram-lhes a necessidade de aprendizado da língua inglesa, a fim de que as recepções de mensagens neste idioma se tornem menos difíceis e mais rápidas. Daí também a necessidade de suas ausências do Brasil e do seu treinamento intensivo em estudos do inglês, o que vêm fazendo com admirável progresso, pontualidade e dedicação.

Não nos esqueçamos de que, nós outros, os cristãos de todas as correntes religiosas, nos achamos atualmente numa civilização fulgurante, sob o ponto de vista da inteligência, mas ameaçada, no cerne, pelo materialismo destruidor, a corromper-lhe as mais robustas energias do coração.

Auxiliemos, pois, e estimulemos tanto quanto nos seja possível, esses incansáveis obreiros na seara do Senhor, com as nossas preces e o nosso apoio fraterno, para que eles possam vencer, com a sua parte, nesta nova e ingente tarefa da mensagem espírita cristã do Brasil ao mundo angustiado de hoje.
Ellon (SIC!) College, 6 de julho de 1966."

Da página da internet "No Mundo de Chico Xavier-Entrevistas-F.C.Xavier/Elias Barbosa", p.17, em Bíblia do Caminho-Testamento Xaveriano:
http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Nmc/Nmc17.htm

Toda a coleção de entrevistas feitas à Chico Xavier, não somente este trecho, do citado link Bíblia do Caminho-Testamento Xaveriano, é apresentada no item (a) da relação de bibliografias consultadas para este rodapé 14.


ENTREVISTA  COM  CHICO  XAVIER
CHICO XAVIER E DR. CARLOS PÁSQUA
(DO PERIÓDICO "O CAMINHO")
(...)

4. Há, realmente, necessidade do intercâmbio direto entre os espíritas brasileiros e os de outros países?
R- Guardamos a certeza de que os espíritas cristãos do Brasil podem e devem fazer o máximo pela divulgação do Espiritismo Evangélico em outros países, desenvolvendo o serviço que lhes cabe sobre os alicerces da Codificação Kardequiana.

5. No seu contato com espíritas de outros países , evidenciou-se que o Brasil espírita pode dar, ou necessita receber ajuda?
R- Com exceção da Inglaterra, onde as atividades espíritas nos parecem profundamente semelhantes às nossas, pelas características de elevada compreensão dos nossos irmãos ingleses, diante da vida e da imortalidade da alma, deduzimos, quanto aos demais países que visitamos em nossas duas viagens ao exterior, que o Brasil está em condições de dar e pode dar amplo auxílio espírita às outras nações.

(...)

Da página da internet "No Mundo de Chico Xavier-Entrevistas-F.C.Xavier/Elias Barbosa", p.12, em Bíblia do Caminho-Testamento Xaveriano:
http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Nmc/Nmc12.htm

Toda a coleção de entrevistas feitas à Chico Xavier, não somente este trecho, do citado link Bíblia do Caminho-Testamento Xaveriano, é apresentada no item (a) da relação de bibliografias consultadas para este rodapé 14.


Como se vê a ação precursora de Chico Xavier no exterior era a de dar a Verdadeira noção de caminho pelo qual a Doutrina Espírita deve palmilhar no mundo, Chico Xavier apenas completara uma etapa da obra celeste na Terra, divulgando o verdadeiro sentido da Doutrina Espírita, o sentido religioso cristão, ainda que não atingisse todos os países em visita à Europa, o que reservou posteriormente aos países visitados a tendência natural a irradiar as mesmas sementes recebidas a outros países que não tivessem sido visitados. Nas referidas localizações continentais onde esteve Chico Xavier o terreno já havia sido preparado antes por outros e anteriores precursores da divulgação da Doutrina Espírita, no final do século XIX, o movimento espírita cristão no mundo já havia, então, sido iniciado, o terreno estava então já preparado para a continuidade do trabalho que seria realizado por Chico Xavier: junto com a França, onde nasceu a Doutrina Espírita com Allan Kardec, seu codificador, a Espanha figurava-se como o exponencial divulgador do Espiritismo a todas as partes do planeta, e mantendo-lhe a vida e o vigor fervoroso em toda a Europa, e mesmo depois da partida de Allan Kardec ao plano espiritual com Leon Denis lhe substituindo devotadamente na luta sagrada. Tanto que o primeiro evento espírita de caráter internacional foi promovido pela Espanha em 1888 por motivação de seus idealizadores espanhóis na luta pioneira pela difusão do estudo sistematizado da Doutrina Espírita nos colégios secundaristas e universidades da época, cuja concretização se daria pelo amparo de uma lei nacional que precisava ser criada para tanto. Ao lado de 67 instituições espíritas espanholas compareceram para este evento internacional 124 instituições espíritas francesas, bem como os demais países europeus: Bélgica, Itália, Romênia. Ainda compareceram para este evento representantes espíritas da América Central: Cuba e Porto Rico; América do Norte: EUA, México; América do Sul: Chile, Peru, Venezuela, Argentina; Ásia: Rússia. A razão pela qual o Brasil não participou deste evento de 1888 na Europa foi a luta nacional fervorosa e cheia de conflitos a favor da abolição dos escravos que culminou nesta data com a criação da Lei Áurea assinada pela princesa Isabel. Este evento de 1888 na Europa, apesar de eminentemente espírita, foi aberto a todos os interessados de outras correntes espiritualistas, não somente aos espíritas portanto, evento este que estimulou o surgimento de outros eventos espíritas de caráter internacional nos anos seguintes, também abertos aos espiritualistas, motivo pelo qual o congresso seguinte, o de 1889, foi intitulado "Congresso Espiritualista Internacional". Após este evento foram realizados ainda na Europa outros congressos internacionais com a participação de países de todo mundo de 1890 a 1913, e em 1925, em muitas destas datas ocorreu mais de uma conferência por ano na Europa, algumas de menor abrangência geográfica (de 1914 a 1918 a 1ª Grande Guerra Mundial impossibilitou tal realização anual: conferências mundiais e conferências regionais europeias; bem como o andamento normal do movimento espírita em cada país, pois após esta longa e gigantesca guerra os países precisaram de alguns anos para se levantarem de tanta destruição, e reorganizarem a vida nacionalmente.), muitas destas conferências foram organizadas por Leon Denis e nos quais foi o principal conferencista. A justificativa para o Brasil não ter participado da conferência espírita internacional de 1889 foi a ocorrência da Proclamação da República Federativa do Brasil, que também mobilizou fervorosamente a população nacional, contingentes regionais e grupos políticos que desejavam e se mobilizaram pela retirada de D. Pedro II do país. O Brasil participou de muitas das conferências internacionais espíritas/espiritualistas do final do século XIX, iniciando-se pelo ano de 1898. Após o desencarne de Leon Denis muitas outras conferências espíritas mundiais vem sendo feitas até os dias de hoje, atualmente através do CEI (Conselho Espírita Internacional), órgão espírita internacional criado em 1992 na Espanha que promove o Congresso Espírita Mundial de três em três anos, congregando diversos países de todo o mundo, inclusive o Brasil.
CONGRESSOS INTERNACIONAIS

A Federação fez-se representar no Congresso Espiritualista Internacional, realizado em Londres, em junho de 1898, delegando a Léon Denis os poderes para tanto.

Para o Congresso Espírita e Espiritualista Internacional convocado para os dias 16 a 27 de setembro de 1900, em Paris, a Federação lançou convite pelas colunas de "Reformador" às associações espíritas de todo o País que quisessem aderir ao Congresso. Recebidas as adesões, 79 sociedades de diversos Estados, juntamente com a Federação, fizeram-se representar no conclave, ainda por intermédio de Léon Denis, que foi o Presidente do Congresso.

(...)

Extraído de "Escorço Histórico da Federação Espírita Brasileira", p.31 (PDF).




Desde 1888 a Espanha procurou manter intercâmbio com os países sul americanos através da Argentina, portanto a Argentina era o país que irradiava a todos os outros países da América Latina os ensinamentos espíritas cristãos, a Argentina vem se destacando ainda hoje a nível continental desde então. Mas a Doutrina Espírita nestas plagas havia nascido bem antes, a partir de 1869/1870 com a chegada de um espanhol para fixar moradia, Don Justo de Espada, desde então a Doutrina Espírita começou o seu desenvolvimento neste país. Entretanto o período das 1ª e 2ª Grandes Guerras Mundiais forçou a interrupção do intercâmbio Espanha-Argentina, diante desta situação a Argentina procurou manter viva a chama de vida da Doutrina Espírita na América do Sul, foi quando teve início no movimento espírita argentino a militância de Luiz di Cristóforo Postiglioni, que foi um dos grandes trabalhadores espíritas na divulgação argentina da Doutrina Espírita na América do Sul, a exemplo de Leon Denis na França e em toda a Europa. Em 1946, um ano após o término da 2ª Grande Guerra Mundial, foi realizado o 1º Congresso Espírita Pan-Americano CEPA, evento criado e realizado na Argentina, à partir de então tornou-se evento oficial de todo o continente americano, evento este do qual faz parte também o Brasil. 

No Brasil o brotar tímido do movimento espírita cristão, que nascia em fins da primeira metade do século XIX, não nasceu nem muito mais tarde, nem muito mais cedo com relação ao que se deu na Argentina, igualmente de forma tímida. Pois enquanto na Argentina Don Justo de Espada organizava a primeira casa espírita cristã com um pequeno e seleto grupo de trabalhadores do Bem à partir de 1869/1870, dentre eles o médico homeopata Camilo Clausolles, no Brasil, em 1818 já se encontrava solidificado o largo trabalho dentro da homeopatia espiritualista sob a inspiração de Ismael, e por volta de 1840 o francês Bento Jules Mure, médico homeopata, e o médico cirurgião português João Vicente Martins, traziam o trabalho cristão espiritista homeopata com largas formas de atendimento ao povo brasileiro, vindo a enriquecer a homeopatia já existente, e por volta de 1848 grupos espíritas formados por intelectuais brasileiros da alta sociedade, por influência norte-americana, organizavam os primeiros trabalhos espíritas de caráter científico-experimental, constituindo-se ambos os caminhos duas vertentes distintas do desenvolvimento da Doutrina Espírita neste período histórico, vindo, o movimento espírita brasileiro, a tomar um grande impulso e direção definida com as primeiras publicações espíritas, e com a criação do primeiro grupo espírita verdadeiramente cristão sob as orientações de Ismael, à partir de 1860, e em 1885 com a criação da Federação Espírita Brasileira (FEB), vindo a fortalecer-se e solidificar-se anos depois sob a direção do Dr. Bezerra de Menezes. Percebe-se então que nessa época acontecia na América do Sul a primeira fase do desenvolvimento da Doutrina Espírita, figurando-se a Argentina e o Brasil, para um futuro não tão distante, como dois grandes pólos difusores da Doutrina Espírita para além de terras natais, a irradiarem os ensinamentos espíritas na referida fração da América, sendo que a Argentina, apesar de iniciar mais tarde a sua jornada cristã espírita, começara primeiro que o Brasil essa difusão, porque alcançara primeiro a sua independência da Espanha, em 1816, e posteriormente, e sem demora, alcançou a conquista de República Argentina em 1826, elegendo Bernardino Rivadavia como primeiro presidente constitucional, enquanto que o Brasil alcançara a sua independência de Portugal em 1889, elegendo o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca o primeiro Presidente da República. Portanto o Brasil ainda precisava se organizar como país independente e imperial à partir de 1822, e as sementes sadias da Doutrina Espírita começariam então a se desenvolver e se fortalecer, já a esta mesma época brasileira, 1822, a Argentina estava organizada politicamente o suficiente para que o movimento espírita argentino tivesse alcançado um certo desenvolvimento e fortalecimento nacional, imprimindo de forma prioritária ao seu trabalho de difusão espírita dentro e fora do país, infelizmente, o viés científico da Doutrina Espírita. Pode ser entendida aí a primeira fase da difusão da Doutrina Espírita na América Latina: sua implantação e as primeiras notas de sua divulgação. Posteriormente, quando o Brasil iniciou o seu trabalho de difusão da Doutrina Espírita na América do Sul, através da CEPA, imprimindo a este trabalho enfaticamente o viés moral, portanto o religioso, como tanto aspirava Ismael e Nosso Mestre Jesus, encontrou um terreno já viciado na visão cientificista, um hábito erroneamente mantido historicamente pela maioria dos países Europeus, incluindo os da América do Norte.
XXII
BEZERRA DE MENEZES
(...)

As primeiras experiências espiritistas, na Pátria do Evangelho, começaram pelo problema das curas. Em 1818, já o Brasil possuía um grande círculo homeopático, sob a direção do mundo invisível. O próprio José Bonifácio se correspondia com Frederico Hahnemann. Nos tempos do segundo reinado, os mentores invisíveis conseguem criar, na Bahia, no Pará e no Rio de Janeiro, alguns grupos particulares, que projetavam enormes claridades no movimento neo-espiritualista do continente, talvez o primeiro da América do Sul.

XXIII
A OBRA DE ISMAEL

O grande movimento preparatório do Espiritismo em todo o mundo tinha, no Brasil, a sua repercussão, como era natural.

Por volta de 1840, ao influxo das falanges de Ismael, chegavam dois médicos humanitários ao Brasil. Eram Bento Mure e Vicente Martins, que fariam da medicina homeopática verdadeiro apostolado. Muito antes da codificação kardequiana, conheciam ambos os transes mediúnicos e o elevado alcance da aplicação do magnetismo espiritual. Introduziram vários serviços de beneficência no Brasil e traziam por lema, dentro da sua maravilhosa intuição, a mesma inscrição divina da bandeira de Ismael - "Deus, Cristo e Caridade". Indescritível foi o devotamento de ambos à coletividade brasileira, à qual se haviam incorporado, sob os altos desígnios do mundo espiritual.

Nas sua luminosas pegadas, seguiram, mas tarde, outros pioneiros da homeopatia e do Espiritismo, na Pátria do Evangelho. Foram eles, os médicos homeopatas, que iniciaram aqui os passes magnéticos, como imediato auxílio das curas. (...)

Os primeiros fenômenos de Hydesville, na América do Norte, em 1848, não passaram despercebidos à corte do segundo reinado. A febre de experimentações que se lhes seguiu, nas grandes cidades europeias, incendiou, igualmente, no Rio de Janeiro, alguns cérebros mais destacados no meio social. Em 1853, a cidade já possuía um pequeno grupo de estudiosos, (...). Em Salvador, esses núcleos de experimentação também existiam, em idênticas circunstâncias.Em 1860 surgem as primeiras publicações espiritistas. Em 1865, o Dr. Luís Olímpio Teles de Menezes, com alguns colegas, replicava pelo "Diário da Bahia" a um artigo algo irônico de um cientista francês, desfavorável ao Espiritismo, publicado pela Gazette Médicale e transcrito no jornal referido. As publicações brasileiras não passaram despercebidas ao próprio Allan Kardec, que delas teve conhecimento, com a mais justa satisfação.

(...)

A doutrina seguia a marcha vitoriosa, através de todos os ambientes cultos da Europa e da América, quando o grande codificador se desprendeu dos laços que o retinham à vida material, em 1869. Justamente neste ano surgira o primeiro periódico espírita brasileiro - "O Eco de Além-Túmulo". (...)


Sugeriram os espiritistas brasileiros a necessidade de criar, no Rio, um núcleo central das atividades, que ficasse como o órgão orientador de todos os movimentos da doutrina no Brasil. (...), os mensageiros de Ismael reorganizaram as energias existentes, para fundarem, em 1880, a "Sociedade Espírita Fraternidade", (...), que se consolidaria com a Federação Espírita Brasileira, onde seria localizada a sede diretora, no plano tangível, os trabalhos da obra de Ismael no Brasil.

XXVI

O MOVIMENTO ABOLICIONISTA
(...)

A esse tempo, já Ismael possuía  a sua célula que hoje projeta a sua luz de dentro da Federação Espírita Brasileira, e de onde, espiritualmente, junto dos seus companheiros desvelados, procurava unir os homens na grandiosa tarefa da evangelização. (...), a célula referida permanecia com Antônio Luiz Sayão e Bittencourt Sampaio, desde de 24 de setembro de 1885, até que Bezerra de Menezes, com os seus grandes sacrifícios e indescritíveis devotamentos, (...) e consolidando a Federação para que se formasse uma organização federativa.

Trechos extraídos do livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", ditado pelo espírito Humberto de Campos, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

CONGRESSOS INTERNACIONAIS
(...)

Em vários outros congressos internacionais, como os de 1910 e 1925, inclusive pan-americanos (CEPA), a FEB se fez representar por distintos confrades, com objetivos fraternistas.

Extraído de "Escorço Histórico da Federação Espírita Brasileira", p.31 (PDF).


V CONGRESSO ESPIRITISTA INTERNACIONAL - LIVRO RESUMO
(...)

(...) 25 - CONGRESSO ESPÍRITA E ESPIRITUALISTA INTERNACIONAL DE PARIS. Setembro, 1900 (SIC!) No volumoso livro do Congresso Espírita e Espiritualista de 1900 falta a lista dos delegados e das nações representadas. Pelos dados que tivemos podido recolher, as nações representadas eram as seguintes: Espanha. França. Rússia. Alemanha. Estados Unidos. Holanda. Bélgica. Suíça. Itália. Brasil. Argentina. Portugal, Inglaterra. Suécia, Romênia. Colômbia. Argentina. (SIC!) (...).

Extraído, traduzido e transcrito de "V CONGRESO INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO - Libro Resumen". España.


O movimento Espírita Brasileiro ainda hoje continua sendo representado por diversos médiuns e expositores espíritas no Brasil e no exterior levando os ensinamentos cristãos espíritas, o Evangelho de Jesus, mostrando a real necessidade de se perceber que este é o verdadeiro caminho, o viés predominante da Doutrina Espírita, a ser colocada em prática em todos os movimentos espíritas do mundo. A partir de Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira e muitos outros da época de Francisco Cândido Xavier, dezenas de outros espíritas cristãos brasileiros tem se candidatado a levar a palavra cristã espírita aos muitos países, ampliando-se, com isso, a quantidade de divulgadores espíritas brasileiros no exterior, graças a FEB, ao CEI, e a CEPA. Conforme Chico Xavier os espíritas cristãos brasileiros tem o dever e toda a condição de divulgar a Doutrina Espírita cristã aos demais países do mundo, e suas palavras, assim ditas em dezembro de 1966, depois de sua segunda viagem ao exterior, se concretizam desde então até os dias de hoje. 


Ver fontes de consulta do presente rodapé em:

a) "Testamento Xaveriano". Site Bíblia do Caminho - Estudos Espíritas (http://bibliadocaminho.com/ocaminho/Tematica/EE/EEIndex.htmhttp://bibliadocaminho.com/):

http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Nmc/Nmc12.htm

http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Nmc/Nmc14.htm

http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Nmc/Nmc15.htm

http://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Nmc/Nmc17.htm


b) Também 
do capítulo "IV - Uberaba, a capital do Espiritismo", do livro "CHICO XAVIER: uma vida de amor", obra escrita por Ubiratan Machado originariamente como artigo em 1984 para a Revista Fatos e Fotos/Gente, da Bloch Editores, produzido em uma série de cinco capítulos, posteriormente publicado como livro pela primeira vez em 1992 pela editora Instituto de Difusão Espírita - IDE. Portanto um livro histórico pelo próprio contexto e data em que foi elaborado, pensado e publicado primeiramente como texto de uma revista, cujo objetivo, era claro, divulgar a Doutrina Espírita e o trabalho do médium Chico Xavier, divulgar a comunicabilidade dos que se foram além túmulo, divulgar a Consolação Prometida por meio da Doutrina Espírita e por meio desta comunicabilidade, vindo a despertar, assim, o coração e a mente de milhares de pessoas viventes neste Brasil por uma realidade até então que não se cogitava entre as massas, uma época de abertura política e consequente anistia política de dezenas de pessoas, e da instituição da democracia do livre pensar, crer, escolher e realizar, tudo isto por meio do último militar que governou o Brasil, João Batista Figueiredo à partir de 1979, quando assumiu a Presidência da República. Informações também para este rodapé extraídas da página de créditos da referida obra, constante entre as páginas de folha de rosto. 














c) Do livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", ditado pelo espírito Humberto de Campos, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Este livro teve sua primeira publicação em 1938. Desde o primeiro Congresso Internacional Espírita, na Europa em 1888, decorreram 50 anos com muitos outros congressos realizados neste mesmo período de tempo, bem como o acontecimento da grande guerra mundial, portanto apesar de todos os esforços evangélicos de Léon Denis nestes eventos não houve mesmo condições de amadurecer satisfatoriamente o aspecto evangélico nos corações europeus e asiáticos que aderiram a Doutrina Espírita.




d) "Primeiro Congresso Internacional Espírita" - setembro 1888 (PDF). Tradutora do Espanhol para o Português Teresa da Espanha.

http://www.autoresespiritasclassicos.com/Historia/1%20Congresso%20Esp%C3%ADrita/Primeiro%20Congresso%20Internacional%20Esp%C3%ADrita%20de%20Barcelona%20em%201888.pdf

e) Artigo em série de páginas "O Congresso Espiritualista Internacional de 1889", páginas 10, 11 e 26. Site Leitura. org (http://www.leitura.org/).

http://www.leitura.org/gaston-luce-lon-denis-o-apstolo-do-espiritismo-sua-vida-sua-ob.html?page=10

http://www.leitura.org/gaston-luce-lon-denis-o-apstolo-do-espiritismo-sua-vida-sua-ob.html?page=11


http://www.leitura.org/gaston-luce-lon-denis-o-apstolo-do-espiritismo-sua-vida-sua-ob.html?page=26

f) Site Wikipédia. "Confederação Espírita Pan-Americana". 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Esp%C3%ADrita_Pan-Americana

g) Site Wikipédia. "Espiritismo". 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo

h)"Escorço Histórico da Federação Espírita Brasileira", p.31 (PDF).

http://bvespirita.com/Escorco%20Historico%20da%20Federacao%20Espirita%20Brasileira%20(autoria%20desconhecida).pdf

i) "Luiz di Cristóforo Postiglioni: "O BOM Obreiro". Artigo em html, de autoria de Maria A. Romano, para o jornal O Semeador. Site A Casa do Espiritismo (http://www.acasadoespiritismo.com.br/)

http://www.acasadoespiritismo.com.br/artigos/ARTIGOS2010/o%20bom%20obreiro%20luis%20di%20c%20p%20.htm

j) Artigo "Nova Era para o Mundo", do site Espiritismo e Conhecimento (https://espiritismoeconhecimento.wordpress.com/).

https://espiritismoeconhecimento.wordpress.com/2013/03/13/nova-era-para-o-mundo/

l) Artigo "Historia de Constancia". Texto extraído do livro "El Espiritismo en la Argentina", de Cosme Mariño. Site Asociacion Espiritista Constancia (http://www.espiritaconstancia.com.ar/).

http://www.espiritaconstancia.com.ar/institucionales1-2.html

http://www.espiritaconstancia.com.ar/institucionales3-4.html

http://www.espiritaconstancia.com.ar/institucionales5-6.html

http://www.espiritaconstancia.com.ar/institucionales7.html

m) Site Wikipédia. "Benoît Jules Mure".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Beno%C3%AEt_Jules_Mure

n) Site Wikipédia. "Argentina".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina

o) Trecho traduzido e transcrito de "V CONGRESO INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO - Libro Resumen". FEDERACIÓN ESPÍRITA INTERNACIONAL. ESPÍRITA FEDERACIÓN ESPAÑOLA. Barcelona-España, 01 al 10 septiembre 1934.

http://docplayer.es/7077879-V-congreso-espirita-internacional-federacion-espirita-internacional-federacion-espirita-espanola-libro-resumen.html


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15. Certo é que médiuns, como somos todos nós, não estaremos desabilitados ao exercício de qualquer faculdade mediúnica no amanhã, no futuro próximo ou distante da Humanidade, porque a mediunidade sempre será necessária, e é inerente a natureza humana. Pode ser que neste amanhã próximo a quase totalidade das pessoas venham a ter mediunidade ostensiva, e certamente se isso se concretizar conviverão com os espíritos diuturnamente como uma experiência natural, já que será uma Humanidade em pleno curso do caminho regenerativo, uma Humanidade melhorando-se portanto. A Transcomunicação Instrumental será no futuro uma ferramenta vital apesar da possibilidade das pessoas em geral virem a ter suas faculdades espirituais ativadas, seja toda a Humanidade em questão ou não, as pessoas portanto viverão de forma natural tanto com um quanto com outro recurso comunicativo na comunicabilidade com o Além, pois, como bem diz Chico Xavier na entrevista de 1972 (vídeo abaixo), conforme Emmanuel, a Transcomunicação Instrumental virá a substituir a mediunidade do homem, que tem suas limitações morais favorecedoras a fazê-lo falhar sempre em sua tarefa mediúnica, portanto, em nenhum momento Chico Xavier disse que os homens do futuro deixarão de ter mediunidade. O homem do futuro mais próximo de nosso tempo presente estará em período regenerativo, e sendo assim um Homem melhor moralmente que terá acesso comum e natural à Transcomunicação Instrumental. Já o homem do futuro mais distante do período regenerativo, possivelmente o do período feliz, certamente será moralmente e intelectualmente ainda mais evoluído, e assim sendo viver com os dois recursos mencionados nesta tão distante época futura será uma dádiva ainda mais feliz para a realização existencial humana, esse Homem do longínquo futuro certamente poderá preferir a Transcomunicação Instrumental. Seja como for é razoável pensar que quanto mais o Homem avança no seu futuro evolutivo, vivendo-o, mais evolui, e adquirirá por consequência dessa evolução uma mediunidade natural de caráter mais puro, refinado, e com isso com mais acertos morais nas realizações mediúnicas, possivelmente este momento evolutivo do Homem lhe será a recompensa também natural de poder merecer ter acesso comum, natural e pleno à Transcomunicação Instrumental, pois que certamente será comum em todos os lares e lugares.

a) Existem algumas organizações no mundo dedicadas ao estudo e aplicação da Transcomunicação Instrumental, uma delas é brasileira: Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental - IPATI.

http://www.ipati.org/


b) Vídeos espíritas sobre a Transcomunicação Instrumental:


"Palestra de Divaldo Franco sobre Transcomunicação Instrumental"


"Chico Xavier fala sobre Transcomunicação Instrumental"


Nova Consciência - 61 Sonia Rinaldi, Transcomunicação instrumental

Psicofonia Transcomunicação Instrumental - Contato por telefone



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16. Como o próprio título do texto de Calunga já é bem claro, a mediunidade é natural, portanto não é uma faculdade adquirida por qualquer pessoa que tenha interesse, a mediunidade é inerente ao indivíduo, ainda que alguns indivíduos não tenham a mediunidade ostensiva (mediunidade aflorada, mediunidade por meio do qual se expressa explicitamente uma forma de comunicação do Além para com o plano físico). O trabalho mediúnico aberto ao público, desde que não seja de desobsessão, possibilita o intercâmbio a que se refere Calunga dos Espíritos Superiores com a população que procura o amparo celeste, vemos este tipo de trabalho ser desenvolvido nas casas espíritas não federadas à Federação Espírita Brasileira (FEB), nas religiões afros, bem como em alguns segmentos espiritualistas, tal como por exemplo o Vale do Amanhecer, dentre outros. O fechamento dos trabalhos mediúnicos nas casas espíritas federadas é o mesmo que colocar a candeia debaixo do alqueire, e assim, a luminosidade emitida pela candeia escondida acaba ficando diminuta, como um único, pequeno e estreito raio a escapar no meio da escuridão, e este pequeno e único raio são os demais trabalhos oferecidos pela casa espírita aos seus frequentadores, que são as palestras públicas seguidas do passe, e grupos de estudo doutrinário.

Há os que asseguram que não se justifica a realização do trabalho mediúnico espírita aberto, ainda, pelo motivo de que já existem muitas obras espíritas ditadas pelos Espíritos Superiores como que a substituírem a manifestação dos mesmos ao público carente de consolo; indiscutível é que as obras espíritas tem mesmo mais esta função junto aos seus leitores, mas não se pode justificar isso do ponto de vista dos que podem comprá-las, nem tão pouco pelo fato de que não podendo comprar pode-se emprestar da biblioteca das casas espíritas, pois tem-se que se levar em conta um fator que está à margem desta facilidade, desta possibilidade de acesso oferecida pelas casas espíritas, o analfabetismo associado a solidão de muitos irmãos (não possuindo por isso o apoio no lar e até na comunidade onde vivem), bem como outras situações mais as quais não podemos presumir, por mais que saibamos que a dificuldade material humana existe entre a maioria humilde. Não importa por quantas vezes pessoas dotadas das diversas formas de carências espirituais, materiais e até de saúde, consigam ir à casa espírita mais próxima, o que importa é que quando consigam ir possam ouvir as palavras ternas e de alertas para a vida dadas diretamente pelos Benfeitores Espirituais por meio do médium psicofônico endereçadas à platéia presente, e também por meio dos médiuns psicógrafos que venham também a dar as mensagens diretamente endereçadas aos solicitantes do dia presentes na plateia.

Francisco Cândido Xavier é quem melhor desmistifica a corrente tese da FEB de que há muitos inconvenientes na realização do trabalho mediúnico aberto. O seu trabalho como médium só terminou quando ele desencarnou em 2002, até então nunca se ouviu falar que nas reuniões mediúnicas de Chico Xavier, seja em Pedro Leopoldo, seja em Uberaba, fossem trabalhos de desobsessão realizados na frente do público, há que se perceber que se as referidas reuniões mediúnicas em que Chico Xavier trabalhava eram voltadas exclusivamente ao atendimento FRATERNO ao público que somente a isto buscava quando adentrava a casa espírita, há de se pensar também que, se ali alguns dos presentes buscando consolo do Além estivesse precisando de um atendimento mediúnico desobsessivo claro é que a esta pessoa os médiuns da mesa orientariam para que voltasse à casa espírita em outro horário e dia da semana para que fosse possível se iniciar o trabalho de encaminhamento do(s) irmãozinho(s) sofredor(es) que estivesse(m) praticando a obsessão. Tudo isto é bastante compreensível de se chegar a tal conclusão. Mediante ainda a este particular referente ao trabalho mediúnico de desobsessão temos como principal referência uma das primeiras obras publicadas sobre o assunto, e vinda do mediunato de Chico Xavier e Waldo Vieira, a obra "Desobsessão", ditado pelo espírito André Luiz.












A partir do tempo 25:18h até o tempo 26:53h veremos Geraldo Lemos Neto, uma das pessoas que conviveu por muito tempo com Chico Xavier, falar da importância que Chico Xavier dava ao atendimento ao público que procurava a casa espírita. No segundo vídeo veremos o cotidiano de atendimento do Grupo Espírita da Prece.
Geraldo Lemos Neto: Chico Xavier em minha vida

Chico Xavier no Grupo Espírita da Prece -
Uberab, MG - 1977


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17. Muitos dirão a respeito dos que têm mediunidade ostensiva que podem e devem procurar os cursos de capacitação para o trabalho mediúnico ofertado nas casas espíritas para se encaminharem ao mediunato; e muitos dirão sobre os que não têm a mediunidade ostensiva que podem também procurar os cursos de capacitação mediúnica para poderem aprender sobre a mediunidade e saírem assim do campo do imaginário/ilusório, e bem como procurar as palestras públicas que são muito bem explanadas por nossos excelentes palestrantes, sobre a mediunidade; e assim argumentando-se pela existência do oferecimento de todos estes serviços oferecidos pelas casas espíritas não se justifica a observação de que as casas espíritas deveriam abrir as reuniões mediúnicas ao público frequentador. Entretanto estes seguros argumentos sobre os frequentadores e também trabalhadores em suas casas espíritas serem muito bem atendidos não pode ser visto como algo perfeito, concorde com a realidade de todas as pessoas, mas sim como algo ideal, pois muitos são os entraves e reveses da vida de cada uma das pessoas que se encontram a margem do movimento espírita que se desenvolve dentro de cada casa espírita. Não se deve ver os argumentos acima como algo ideal em prática, mas algo ideal apenas, pois são apenas algumas pessoas (muitas ou poucas) que conseguem alcançar este ideal. Se fosse verdade que este ideal estive em curso perfeito de sua aplicabilidade não poderiam jamais estimar que dentre os próprios frequentadores das casas espíritas existam de fato tantos perdidos nesta jornada, e bem sabemos de ouvidos nossos e de bocas alheias que existem pessoas que já percebem que possuem mediunidade, MAS QUE TEM MEDO MESMO DE TRABALHAR, e de outras que entendem já claramente tratar-se, ainda, de uma responsabilidade, e não querem assumi-la, TAMBÉM POR MEDO. Sabemos disso muito bem, conhecemos pessoas que se posicionam desta forma, que nos confessam isso como forma até de tirarem um pouco esse peso psicológico de suas mentes, é uma ação de transferência inconsciente de sua própria responsabilidade na forma do desabafo, pois assim desabafando diminui-lhes a responsabilidade.

A solução não estaria somente no retorno histórico da abertura das reuniões mediúnicas ao público, pois isso não garante também plenamente que todos, cada qual com seu caso particular, se encaminhem de modo correto, mas garantem também que se quedem as barreiras ainda existentes do intercâmbio verbal entre trabalhadores da casa espírita e seus frequentadores, mas quanto a esta última observação dirão mais ou menos assim que "mas como, nós conversamos com as pessoas que aqui vêm", o que tem que se observar é se não está havendo uma seletividade, e em função do quê (tempo, pessoas específicas, determinados objetivos, etc.) para estar realmente ocorrendo este intercâmbio. Porque somos nós mesmos, pessoas falíveis e com nossos atavismos próprios, que determinamos, na verdade, este intercâmbio. Teremos que estar dedicando, então a isto, já que somos, ou pelo menos queremos estar sendo diariamente verdadeiros espíritas cristãos, algum momento na semana na casa espírita onde atuamos, um momento para nos reunirmos com o objetivo de conversarmos sobre como estamos sendo comunicativos com nossos frequentadores, e se devemos melhorar alguma coisa neste sentido, cuidando-nos para que não ocorra uma seletividade nestes momentos preciosos, porque, caso ainda continuamos atribuindo a seletividade no processo comunicativo com os frequentadores então não estamos sendo mesmo cristãos, a seletividade não só em escolher este ou aquele que nos procura para conversar no final ou antes do início de uma atividade pública na casa espírita, ou mesmo nos atendimentos fraternos, mas também se estamos praticando a seletividade ao direcionar tais conversas de acordo com nossos próprios atavismos, limitando assim o acesso justo destas pessoas à casa espírita. Pois quem somos nós para darmos tais limitações numa conversa que é para ajudar? Quem somos nós para criarmos diversas formas de limitações sem nos darmos conta de que estamos fazendo isso, ou então intencionalmente (de forma consciente), mesmo que em ambas as situações seja sem maldade nenhuma? É justo que achemos de fato que estamos dando o nosso melhor, que estamos agindo certo na casa espírita, mas não nos isenta para a reflexão da qualidade do atendimento da casa espírita com relação a qual nos fazemos porta-vozes. Não é a questão de nos tornarmos perfeitos, infalíveis, não, mas para diminuirmos a nossa infalibilidade, praticando o "orai e vigiai" tanto nos nossos próprios atos coletivos quanto nos nossos atos individuais na casa espírita (atividades coletivas e atividades individuais de atendimento aos frequentadores proporcionados na casa espírita).

"Mediunato Espírita". Site Guia HEU (Homem-Espírito-Universo) (http://www.guia.heu.nom.br/):

http://www.guia.heu.nom.br/mediunato_espirita.htm



11
Infalibilidade


Filhos, não vos considereis criaturas isentas de erros, para que a compaixão vos inspire na apreciação da conduta alheia.

Todos, a qualquer momento, poderemos cair, equivocados.

Em sua maioria, os adeptos da Doutrina estão longe de ser os missionários que se imaginam, ou que companheiros desavisados os supõem nas tarefas em que se redimem.

Não vos consintais a idolatria e nem provoqueis elogios a vosso respeito, suscitando ilusões que muito vos haverão de custar.

Esquecei o passado e, sob qualquer hipótese ou pretexto,  fugi de rememorá-lo, principalmente no que tange às vossas ligações afetivas do pretérito.

O esquecimento das vidas que se foram representa uma das maiores dadivas (SIC!) da Lei Divina para o espírito na reencarnação.

Observai as vossas tendências e inclinações no presente e tereis uma idéia (SIC!) aproximada do que fostes e do que fizestes outrora.

Se reparardes um companheiro em queda, em vez de injuriá-lo, procurai socorrê-lo para que se levante e prossiga no desempenho das obrigações que lhe pesam.

Quem escarnece da Humanidade, escarnece de si mesmo; quem apedreja o pecador, lança pedras sobre a sua própria imagem...

Feliz de quem já sabe reconsiderar o caminho percorrido e, se necessário, alterar o curso da caminhada.

Quase sempre, os erros que identificais nos outros vos servem apenas de justificativa para os erros que cometestes ou pretendeis cometer...

Não contemporizeis com o mal que subsiste em vós. Dos outros procurai, única e tão-somente, imitar o que for bom.

Pretender a infalibilidade, vossa ou do próximo, na atual conjuntura evolutiva do espírito humano no Planeta, seria pretender o enexeqüível (SIC!).

Filhos, compadecei-vos uns dos outros e não fomenteis discórdias entre vós.

Cada qual se encontra estagiando em um degrau específico da simbólica escada do conhecimento espiritual, de que as mais diversas religiões não passam de simples representações na Terra.


Extraído do livro "A Coragem da Fé", ditado pelo espírito Dr. Bezerra de Menezes, psicografado pelo médium Carlos A. Baccelli.




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18. O místico todas as pessoas o tem no seu íntimo, todas as pessoas são místicas por natureza, independente de outras formas místicas criadas pelo Homem e pela sociedade durante toda a História humana, formas místicas estas que estão presentes até nos meios midiáticos. Este místico é a primeira manifestação do Homem, e portanto a primeira vertente significativa antropológica a que devemos nos remeter enquanto significado de místico, este sentido de místico é o místico em si, é o próprio místico sem os addendums da História humana, resgatando assim o verdadeiro sentido da vida. Com isso é perceptível claramente que este verdadeiro sentido místico, que é o sentido primeiro, que antecede a qualquer religião, por existir dentro de nós, é primordial e responsável criador das religiões, seitas e doutrinas existentes no mundo, toda essa criação não se deu somente no passado remoto de milênios e séculos por nossos antepassados de todas as partes do mundo. Ainda hoje pessoas e grupos bastante coesos acabam criando segmentos religiosos independente do que já existe secularmente na sociedade: criam novos conceitos e práticas advindas de dentro de religiões que professam nas igrejas que frequentam; outros chegam a criar novas igrejas, também sugerindo nova interpretação religiosa dentro da religião professada; ou criando uma seita ou doutrina; bem como tantas outras formas de manifestação tornadas públicas como uma nova forma de expressar o religioso. Como se vê é sempre o foro íntimo de pessoas e de agrupamentos sociais religiosos que comungam o mesmo pensamento e sentimento que impulsionam junto à coletividade social novas formas de viver a religiosidade, criando segmentos religiosos e igrejas de uma nova perspectiva religiosa, uma interpretação diferenciada da religião que seguem. Esse movimento religioso, que nasce do íntimo das pessoas, pode ser visto como o ponto de partida para uma rebelião religiosa, o rebelar-se de tudo o que já está posto socialmente para por em prática não num modo radical (e até revoltoso) o modo de ver o mundo religiosamente, mas sim, de por em prática um modo alternativo e mais correto do ponto de vista dos que criam essa nova forma, dos que criam o movimento religioso, independente do ponto de vista de quem quer que seja, pois essa nova forma de expressar a religiosidade pode em sua própria verdade intrínseca e fechada estar tanto equivocada (pois que seus criadores nada percebem disso, claro) quanto muito bem acertada enquanto visão de mundo.

O não seguimento de religião alguma, e nem e de movimentos religiosos, é também uma forma de viver o místico, já que o sentimento e entendimentos pessoais de religiosidade que uma pessoa tem dentro de si são uma forma de expressão religiosa, portanto, independente se essas pessoas em questão acreditam em Deus, em Jesus Nazareno, e Nossa Senhora Mãe de Jesus, ou não. Tem-se aqui, assim, dentro deste grupo dos que nada seguem dois tipos de pessoas, as que acreditam no Deus das religiões, ou então em um Ser Superior a quem não gostam de chamar de o Deus comum das religiões, e sim de o Deus Cósmico, e as que não acreditam em Deus de nenhuma forma, estes últimos são os ateus, entendendo-se que entre os ateus há ainda variações particulares de crenças ateias, não podendo, portanto, ver os ateus como um grupo uniforme de descrentes.

O místico tem suas primeiras formas de expressividade humana entre os homens primitivos das cavernas. O Homo Neanderthalienses (Neanderthal), o Homo Sapiens e o Homo Sapiens Cro-Magnon (trata-se de ser Homo Sapiens, mas ganhou esse acréscimo nominal por causa da região da França onde os fósseis foram encontrados, região de Cro-Magnon, e com datação diferente dos demais fósseis de Homo Sapiens encontrados até então) consistem atualmente num dos últimos estágios evolutivos já descobertos sobre a evolução humana do homem, até chegar-se ao Homo Sapiens Sapiens (que somos nós mesmos). Entretanto sabe-se entre os cientistas (Arqueólogos, Paleontólogos, e Antropólogos que estudam a vida pré-histórica dos homens) que há mais primos e avôs primitivos do Homo Sapiens Sapiens ainda não descobertos. Anteriores a estes três protótipos do homem moderno outros protótipos bem mais grotescos sem dúvida que existiram, e que todas estas sub-raças humanas que já existiram na Terra de alguma forma viviam o místico primordial (o Divino - Deus, existência de algo ou alguém Superior e Eterno), que manifestavam através de desenhos e pinturas rupestres, e através de momentos de manifestação sentimentalista e individual súbita, bem como manifestavam individual ou coletivamente a crença quanto a partida de entes do grupo para algum lugar invisível no mundo quando faleciam, e por fim, somando-se a todas estas formas de manifestações religiosas grupais e individuais em função da necessidade emotiva de manifestar este místico chegavam até mesmo a experienciar a mediunidade de forma natural, ou conduzida e forçada, bem como, ainda, a clamar veementemente, mesmo sem o concurso do mediunato, ao Divino Bem, Deus, um benefício a alguém do grupo, ou ao grupo todo. A essas formas de manifestação mística primitiva os cientistas que estudam este período histórico (que é pré-histórico) já deram um nome, Xamanismo, prática existente até hoje entre os povos aborígenes de todas as partes do planeta, um legado deixado pelos nossos irmãos primitivos, e que prova o verdadeiro místico, bem como de onde vieram e nasceram as religiões do mundo.

HOMO SAPIENS. La Evolucion del Hombre

No legado deixado por Allan Kardec, e pelos Espíritos Superiores que transmitiram os ensinamentos celestes à ele, resultando na codificação kardequiana, há duas questões em "O Livro dos Espíritos" através das quais é nos esclarecido a respeito da sabedoria religiosa interior e presente em todos os homens, por isso universal, a respeito de que se sabe de modo natural, sem a necessidade de se ter que ensinar, que existe um Ser a que tudo criou e inclusive criou a nós, detentor dos segredos sobre a vida e seu destino na Terra. Isso vem a ser corroborado pelas descobertas arqueológicas e antropológicas sobre a vida religiosa dos homens primitivos das cavernas. Quando no início primitivo da vida humana nada existia de recursos mínimos que fossem de maior primor, como as dos primórdios do Homem clássico, que pudessem ser mais confortantes (a pedra lascada a ser substituída pela lâmina de metal, a roupa curtida de couro a tornar-se concomitante a roupa de tecido), pois que dependia-se tão somente da Natureza bruta e selvagem para viver, procurando-se melhorar os recursos mais fáceis tomados a mão (lascar a pedra, curtir o couro por meio da raspagem sob o sol) numa competição diária com os animais silvestres, pela vida, o Homem pôde estar mais perto de Deus do que nos dias de hoje em que estamos cercados de todos os tipos de recursos materiais e intelectuais, e também dos ensinamentos teológicos de todas as religiões, sendo este último de uma riqueza de esclarecimentos religiosos nunca antes visto na história Humana. O Homem das cavernas dava singular valor a esta relação mística e misteriosíssima, enigmática, que era para ele, com Deus, atribuindo a Deus a causa de tudo o que se lhe passava e via passar com os outros, com os animais, e com a Natureza. Temos que dar igual importância a essa relação eu/Deus, tendo os homens primitivos como exemplo máximo neste sentido, o sentido de darmos o necessário valor a Deus e nossa relação com Ele, mas claro, já somos no presente muito bem esclarecidos sobre essa relação comparativamente ao Homem das cavernas, e com certeza, em vista desse esclarecimento, os sentimentos de religiosidade nos são também mais desenvolvidos que naquele remoto tempo.


PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
(...)

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

"A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa."

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de ideias adquiridas?

"Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?"

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão somente produto de um ensino, não seria universal e não existira senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.


Questões 5 e 6 do Capítulo I, intitulado "De Deus", de "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec.













Este místico, o místico primeiro, primordial, que é a primeira vertente significativa do místico, é manifestação do Homem muito antes de qualquer outra forma manifesta extra-corpórea, ou seja, do mediunato xamânico, pois este místico primordial é a forma como entendiam a existência de algo invisível e grandioso além da vida física visível e palpável que dominava completamente suas vidas, e a manifestação simbólica é o registro codificado desta crença, vivida tanto pelo Homem primitivo, quanto pelo aborígine dos dias de hoje. Nos dias de hoje esta mística primordial da crença em Algo Maior, a mística primeira, é a reação natural dentro de nós, em nosso foro íntimo, de entendermos a nossa razão de existir em função deste Ser Maior, Deus, cujo entendimento legitimamos na forma de um aprendizado formal dentro do seio familiar ainda na tenra infância, por isso nos identificamos com esse aprendizado, e com esta dupla noção de Deus (a noção que existe naturalmente dentro de nós, e a noção que recebemos no seio familiar), e que continuamos aprendendo cada vez mais, de forma mais ampliada, a medida que vamos ficando crianças mais velhas, os ensinamentos formais da religião que nossa família segue, e passa a ser também a nossa religião, a medida que amadurecemos cronologicamente, aprendemos assim a seguir essa religião propriamente durante nossa vida juvenil e adulta, ampliando com isso o nosso próprio universo místico, tomados então de nosso livre arbítrio e deste universo pessoal é que nos permitimos ou não absorver os ensinamentos de outras vertentes místicas, e que nos permitimos ou não que elas adentrem o interior de nossa vida, ou que abramos mão de tudo isso e não sigamos nada, e tão somente nosso coração, voltando assim ao místico primeiro (partindo da crença em Deus, ou partindo de sua descrença total, o ateísmo) no decorrer de nossa maturidade até o último dia de nossa existência. As vertentes místicas que partem do místico primordial aqui apontadas podem ou não nos favorecer a percepção e o entendimento de nossa ligação com Deus de forma clara e correta, não um correto a adequar-se a noção de correto que temos pessoalmente, individualmente, pois que pode estar errada independente da visão que temos dela, conter equívocos, portanto refere-se ao Correto acima de nós, e que não percebemos. Como é possível perceber o místico sai de dentro de nós, de nossos entendimentos, sentimentos e aspirações místicas; o místico está em tudo, nos permeia individual e coletivamente (porque além de nosso místico particular recebemos a influência do místico de outras pessoas e grupos sociais, como também influenciamos), influenciamo-nos uns aos outros cotidianamente de forma mística, universalizando o que aceitamos em comum no coletivo, porque o que não aceitamos em comum rejeitamos, seja no trabalho, na comunidade, onde estivermos, da mesma forma que o que não é aceito por nós individualmente é aceito por outro, e outros, eis os universos individuais e os universos coletivos místicos; como também o místico nos permeia, permeia também o ar que respiramos, e a atmosfera espiritual na qual vivemos, respiramos o que pensamos, e o que acreditamos. Uma percepção mais clara do que é o místico enquanto elemento humano/divino/cósmico, enquanto elemento interconectivo entre Homem e Céu, e entre homem/homem, e ao mesmo tempo elemento intrínseco do Homem, até chegar-se aos produtos vertentes, portanto criados e criadoras (porque sempre recriadas, reelaboradas, reescritas) do Homem, e do homem, que são as religiões, e as manifestas (das manifestações dos simples lavradores, e dos aborígines, das pessoas simples da vida urbana) em função da Natureza e da sociedade, desde a primitividade até os dias de hoje, nos dará a perceber que temos sim, de forma variada, mais ou menos profunda, conexão com o mundo invisível.

Vê-se que são várias as vertentes místicas e suas implicações na realidade humana, parece até uma grande árvore cheia de galhos e galhinhos, o seu tronco é o místico primordial, o místico que primeiro começou no coração da Humanidade. Cada uma destas vertentes remete a uma realidade individual e coletiva social do Homem que lhe é singular, fazendo, por vez, de cada homem, também um ser singular. Sendo a noção cognitiva e espiritual do Homem ainda dos tempos primitivos da existência a noção da existência de um único Ser Superior sem se saber o quê ou quem é esse Ser (entendendo ser uma força misteriosa superior regendo suas vidas), e mais tarde a noção do Homem quanto a existência de deuses, e/ou ao mesmo tempo de um só Deus Eterno (como no caso dos antigos Incas, por exemplo que já sabiam da existência de Jesus Cristo além de terem "deuses"**), bem como a noção de uma vida além da matéria, de que a vida continua em outro plano, constituindo estas duas noções místicas (um Ser supremo e a vida com seus mistérios) a primeira forma mística de viver, todas as outras formas místicas surgem em seguida ao longo da história sofrendo suas atualizações de tempos em tempos na Humanidade, e influenciando o modo de vida das sociedades a qual pertencem a cada tempo. Portanto desde o período histórico da primitividade humana, que vai tomando forma ao longo dos milênios e dos séculos, não só como modos de manifestação destes místicos como também na maneira como vai se encaixando estes místicos nas sociedades (para manterem-se vivas, não se extinguirem), e se adequando (modificando-se internamente por meio dos grupos sociais manifestantes para manterem-se vivas social e culturalmente), essas manifestações místicas nas sociedades a cada período de tempo histórico assim se mantém vivas por meio da roupagem de seitas, segmentos religiosos, religiões, e doutrinas secretas ou não. São elas, estas outras vertentes místicas, aquelas mesmas que são ligadas na crença em um único Deus (a mística cristã e as suas muitas variantes religiosas), aqueloutras ligadas a uma crença na ausência de Deus (o ateísmo, e suas variantes internas individuais); os vários segmentos místicos na crença do Cosmos como sendo o próprio Deus (a mística cosmológica e energética do ser, o Deus que é energia cósmica); e outros tantos segmentos que, acreditando-se veementemente em mais de um Deus (a mística politeísta) crendo ou não também no Deus Único (pois há politeísmos em que o Deus Único seria considerado como existente, e acima dos outros deuses, como ocorreu na antiga sociedade Inca, e outras sociedades primitivas). Por estas quatro vertentes básicas, e o tronco que as sustenta, que é a mística primordial, vê-se ainda outras ramificações, que surgiram ao longo da História, sendo, pois, cada uma delas, uma variante mística, as religiões. Dentro de cada uma das religiões há a existência das suas práticas correspondentes, sendo elas mais ou menos ritualísticas, que por serem a expressão, a exteriorização, da crença mística, são a própria a mística. Quanto as crenças religiosas, elas são místicas, pois, habitando dentro do Homem, e do homem, e sendo exteriorizadas através dos rituais. A "ausência" de rituais, dos rituais seculares, no caso da Doutrina Espírita, é também uma mística de manifestação da crença religiosa. Portanto, 
são assim consideradas místicas a religião, as manifestações, os rituais, e as crenças, e são essas quatro variadas noções de mística que confundem a cabeça das pessoas, e fazem com que cada pessoa entenda a mística de uma forma diferente, gerando uma grande polêmica, uma grande confusão, e até conflitos de entendimento sobre esse tema. Todas estas e outras formas místicas são as variadas maneiras da expressividade humana quanto a crença em relação ao mundo de vida invisível e sua relação com o mundo visível, e a crença em Deus, e quase todas, senão todas estas místicas, tem seu próprio caráter de mistério, porque trata de um mundo invisível aos nossos olhos, sabendo todos os místicos do mundo que somente a conhecerão de fato depois que desencarnarem. A Doutrina Espírita, no caso, comporta o caráter de ser uma religião, de ter manifestações e crenças, e de não existirem rituais e mistérios mágicos.

Ao mesmo tempo é fato também, como já visto até aqui, que as religiões, seitas e doutrinas seculares, bem como as novas que vêm surgindo até os dias de hoje, também sofrem mudanças internas, mudanças na forma de ver misticamente a vida, e conseguintemente na forma prática de expressar essas mudanças. Pois que do Homem durante todo este grande período histórico de transformações de milhares de anos, sofre as mudanças (espirituais e intelectuais) individuais e coletivas internas, portanto ele próprio, o Homem, se transforma. Assim é deste Homem que vem as próprias mudanças místicas, aprimorando, ou tornando ainda pior, a sua vida espiritual e religiosa. E toda esta transformação humana acontece, porque, sendo o Homem um ser social o Homem transforma (individual e coletivamente) a sociedade e a nação em que vive, com isso as nações vão também se transformando religiosamente, o Homem vive a sociedade que cria, e esta sociedade também o transforma numa relação de troca, e ao mesmo tempo numa relação de causa e efeito. O místico na Humanidade não deixa de ser uma movimentação dialética na e da própria realidade em que vive o Homem, uma realidade criada por ele mesmo.

Além das quatro vertentes básicas de místico até aqui apontadas logo no início deste texto, que surgiram ao longo da história da Humanidade desde sua pré história, o místico ainda pode ser visto por outro viés, o viés da filosofia mística dos povos primitivos históricos 
(celtas, vikings, por exemplo), e posteriormente dos povos da antiguidade clássica (gregos e romanos, por exemplo), e mais tarde, das nações de hoje. Primeiramente os homens primitivos das cavernas que formavam seus próprios clãs nômades ou não, com uma filosofia mística própria em todas as partes do mundo, que viriam a dar lugar ao surgimento das primeiras comunidades/clãs mais desenvolvidas e sedentárias, e mais tarde ainda, dando lugar aos primeiros clãs e cidades como contínuo fruto de fusões étnicas (por meio de invasão ofensiva e conquista de território), e há tempos depois, dando origem a impérios. Sendo assim, dentro deste primeiro período histórico desta forma circunscrita as mais conhecidas e difundidas são as filosofias místicas dos filósofos gregos e romanos. Uma das menos conhecidas no hemisfério sul do planeta é, por exemplo, a do povo celta, por ser uma fase histórica da Humanidade bem mais antiga, pois que se constituía de diversos clãs primitivos assentados ao longo de toda a Europa e Eurásia, tendo sido este povo que deu origem aos povos que nasceram mais tarde, na qualidade de países com outra estrutura de funcionamento, por causa das invasões praticadas por povos estrangeiros e bárbaros de lugares distantes, dando origem as diversas línguas faladas atualmente na Europa; o único meio de se conhecer um pouco da filosofia celta é através de livros e sites que ensinam tais filosofias, e ainda hoje há comunidades europeias dentro de alguns países que mantém viva esta cultura primitiva, esta filosofia religiosa, sustentando-a ao lado das grandes religiões tidas como oficiais nestas nações. Já a Ásia, como na atual Rússia, que além de povoações nativas como dos celtas (1200 AC) e outras etnias, também recebeu os grupos nômades bárbaros gregos hicsos (por volta de 700 AC), e posteriormente recebeu os nômades da Ásia Ocidental e Ásia Central, como os mesopotâmios e outros, e muito tempo depois da Ásia Oriental pelos mongóis, e em seguida pelos vikings suecos, seja como for ainda muitas outras variadas etnias ocuparam o território russo ao longo da história; e para as terras da atual China, migraram os hicsos do norte da África, e povos da Ásia Ocidental, bem como outras migrações etnicas, todas essas migrações ocorreram muito tempo depois em que a cultura chinesa primitivamente já estava estabelecida, contribuindo para o seu enriquecimento; ambas, Rússia e China, com suas filosofias cada qual muito distintas. E ainda, a filosofia mística dos primeiros povos do Oriente Médio (ou Ásia Ocidental, ou ainda, Sudoeste Asiático), com clãs primitivos que mais tarde tendo se desenvolvido em cidades posteriormente foram absorvidos pelo império Sumério, e muito tempo depois transformado no império Babilônio. E os povos antigos da África: Egito, e outras populações africanas ao longo do continente como os Bantus e Dogons, e outras grandes comunidades e impérios africanos, tendo vivido por milênios uma mística filosófica tão distinta e própria mais tarde receberam influências europeias e centro asiáticos. O continente Oceania, que foi povoado por ingleses condenados à prisão, lá encontram já terras habitadas, sendo ambas as etnias, a aborígine e os ingleses, dando origem a nação australiana de hoje. Nas Américas Central e do Sul as sociedades antigas avançadas como a dos Olmecas, Astecas, Maias e Incas, que somente à partir de 1500 com a colonização das Américas pelos espanhóis e portugueses uma nova filosofia da mística da vida foi implantada, e através da força, a mística cristã europeia católica, sufocando as místicas nativas. Tem-se uma evolução ocorrida de forma pouco semelhante na América do Norte, depois que os povos celtas e vikings ocuparam a região e viveram entre eles verdadeiras guerras de ocupação territorial nas quais até mesmo as "magias" do Bem e do Mal fizeram parte cruel como arma de guerra, mais tarde os britânicos para lá foram re"colonizar", mas encontraram os índios (aborígenes descendentes dos homens primitivos), que certamente co-existiram com os celtas e os vikings e seus remanescentes, essa colonização britânica deu a origem do que hoje conhecemos como o país EUA. Todos os povos primitivos e antigos, e as nações que delas surgiram, originaram diferentes formas de filosofia mística de vida, filosofias estas que correspondem a tais fases históricas, e algumas delas são perpetuadas até hoje. De modo que é possível constatar-se que caminharam juntas etnicamente ao longo de milênios a vivência mística e a correspondente filosofia mística, tendo também à margem de todo este místico tão completo outras filosofias místicas alternativas desenvolvidas por filósofos das referidas nacionalidades. Observando-se especialmente a cultura celta, que se espalhou praticamente por todo o hemisfério norte do planeta, pode-se finalmente entender a existência da cultura mística da "magia" espalhada até hoje por todo o planeta, e dentre as mais populares tem-se também a cultura mística da magia Wicca (nascida na Inglaterra no século XX) que não descende da cultura celta, mas que dela extraiu muitos valores místicos para incorporá-la; e a par da cultura celta a cultura mística da magia viking não se fez menos importante em todo o hemisfério norte. Tem-se que compreender que estas referidas culturas de magia são parte de uma cultura mística completa e verdadeira de crenças religiosas em torno de muitos deuses, e esta relação mística com a Natureza também respeitada de modo divinal, que por vez fazem parte da cultura geral de cada um destes povos antigos citados; motivo pelo qual sabe-se hoje em dia, ainda que apenas por meio de filmes de ficção, e por meio de superstições até hoje propagadas, e por meio do conhecimento de forma precária sobre tais práticas seculares entre os povos, no dia a dia entre as pessoas que não as praticam, e que não sabem de onde se originou, onde está a raiz histórica desse conhecimento, tido por isso mesmo como fantasia, o que justifica as crendices populares contemporâneas. As outras culturas étnicas antigas espalhadas pelo mundo também tiveram suas crenças e práticas mágicas, como as magias africanas por exemplo, mas não se difundiram por todo o planeta tanto quanto estas três citadas. A mística de cada povo primitivo, e de cada império do passado de toda a parte do mundo, ainda estão vivas culturalmente nas nações hoje existentes, e influenciam cultural e religiosamente no presente das nações do mundo da atualidade, não somente em suas terras natais.

É com relação a práticas de magia e rituais das diversas origens étnicas com seus mistérios e dogmas, bem como ao ar de mistério de muitas manifestações dentro de religiões consagradas em muitos países a nível continental (catolicismo e protestantismo, ...), e ainda
 as referidas crendices populares, a que Allan Kardec se opõe enquanto místico, observando ele claramente que não devem ser praticadas por não serem necessárias, conforme orientações dos Espíritos Superiores, orientações estas constantes nas obras da codificação da Doutrina Espírita, e das obras espíritas a ela complementares e continuadoras. Allan Kardec não ignora, e nem desconsidera em absoluto as crenças, práticas e experiências religiosas nas quais estão incorporadas a compreensão do maravilhoso, do mágico, do sobrenatural, milagroso e até de situações enigmáticas, por Kardec compreender que por trás disso tudo existe de fato uma ação e situação espiritual, e uma história, mas o que ele não aceita, o que ele condena, por não ser correto, e nem mesmo mais necessário à Humanidade, é exatamente toda essa coleção de situações místicas aqui descritas, porque, ainda, segundo ele próprio e os Espíritos Superiores que deram comunicações na época da codificação, a Humanidade já saiu de sua infância, entrando agora para a sua fase madura, que é a condição que permite entender de forma correta e mais abstrata as verdadeiras Leis (divinas e naturais) que regem a relação entre o mundo visível e invisível, que se dá de forma simples sem a necessidade do concurso de ações exteriores e do uso de objetos materiais. Portanto, o único sentido místico que Allan Kardec aceita como correta, e por isso pertencente a Lei Eterna, é a relação mística entre o Homem e o mundo invisível numa relação divina e evangélica cristã dentro do conhecimento da existência do Deus Único; e ainda, considerando-se dentro do contexto da Doutrina Espírita, acrescenta-se o entendimento de que, conforme Kardec, essa relação é esclarecida pelos Espíritos Superiores, esclarecimento este de que se beneficiam os espíritas e simpatizantes propriamente. Calunga, da mesma forma que Allan Kardec, se opõe ao misticismo com ar de misterioso, e até milagroso, mágico, ritualístico, etc., Calunga deixa claro que a única coisa que realmente tem valor na vida mística é tirar-se o véu de mistério e segredo até hoje mantido sobre a relação entre o mundo invisível e visível nesta união com Deus, para que todas as pessoas possam finalmente saber que essa relação existe, e de poderem se beneficiar dela, porque essa abertura estará sempre sendo assistida pelos Espíritos Superiores, consistindo, portanto, na única forma mística correta e segura de se viver, e enfatiza, no caso da Doutrina Espírita, a necessidade de se popularizar, ou seja, de tornar abertas as reuniões mediúnicas.

É começando-se a observar e a pensar analiticamente que se perceberá por si mesmo que a Doutrina Espírita também tem a sua mística própria, uma mística completa, incluindo-se nesta mística a existência de um certo "mistério", pois não há religião que não seja a própria mística, e não tenha sua própria mística e seu mistério, até o presente momento da história humana. Observando as considerações de Allan Kardec a respeito do místico (do místico aqui abordado, e não que Kardec tivesse usado a expressão "mística" para um místico correto) como emanação religiosa do ser humano e da emanação do mundo invisível simultaneamente, e também da emanação somente do ser humano na sua busca pela resposta divina em um diálogo com seu mundo interno (por meio da oração, da reflexão clamorosa, da emanação da fé, de uma busca sentimental por Deus, Jesus, estudo reflexivo e evangélico, ...), não há como negar que só há uma mística verdadeira dentre todas as místicas existentes, uma mística Eterna, e que expressa o avanço da capacidade do Homem moderno em compreender a necessidade de conectar-se com Deus, e também da sua compreensão quanto ao modo de realizar esta conexão com Deus por meio de atitudes de religiosidade dotadas de uma direção despojada de ritualísticas quaisquer, portanto sem expressões extravagantes e supersticiosas, e sim da necessidade de emanações de forma natural que expressem a compreensão apenas da necessidade de uma expressividade simples como modo de fazer surgir de dentro do seu eu para fora essa comunicação. Através dos ensinos dos Espíritos Superiores codificados dentro da Doutrina Espírita percebe-se esta mística avançada apontada por Kardec, avançada em relação ao modo de entendimento e práxis quanto a como deve ser a relação Homem/divino, a do Homem voltado a Deus de forma objetiva e simples, apesar de um certo ar de mistério como parte de sua própria mística. Toda a mística espírita a caracteriza como sendo a religião que é, uma mística de conhecimentos e crenças que conduz a modos respectivos de sua exteriorização, seu modo de manifestação, tudo isto que a identifica como Doutrina Espírita.


Propagação do Espiritismo

Passa-se um fenômeno notável com a propagação do Espiritismo. Ressuscitado das crenças antigas há apenas alguns anos, não fez sua aparição entre nós à sombra dos mistérios, como outrora, mas em plena luz e à vista de todo o mundo.

(...)

Entretanto, os homens sérios perceberam, nos fenômenos que ocorrem em nossos dias, algo mais que um simples objeto de frivolidade; estudaram, aprofundaram-no com olhos de observador consciencioso, nele encontrando a chave de uma multidão de mistérios até então incompreendidos. Para eles isso foi um facho de luz, daí surgindo toda uma doutrina, toda uma filosofia e, podemos até mesmo dizer, toda uma ciência, inicialmente divergente, conforme o ponto de vista ou a opinião pessoal do observador, mas tendendo pouco a pouco à unidade de princípio.

(...)

Com a Doutrina Espírita tudo está definido, tudo está claro, tudo fala à razão; numa palavra, tudo se explica, e os que se aprofundaram em sua essência encontram nela uma satisfação interior, à qual não mais desejam renunciar.


Aos Leitores da Revista Espírita
CONCLUSÃO DO ANO DE 1858

Novos fatos de uma ordem estranha surgem neste momento, a revelar-nos novos mistérios. Registrá-los-emos cuidadosamente, neles procurando a luz com tanta perspectiva quanto no passado, visto tudo pressagiar que o Espiritismo entrará em uma nova fase, mais grandiosa e ainda mais sublime.

Trechos extraídos do artigo da "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos", de 09/1858, e de 12/1858. Da tradução em Português Brasileiro. Federação Espírita Brasileira - FEB.



Superstição.
Leu-se no Siècle, de 6 de abril de 1860:

"O senhor Félix M..., jardineiro nos arredores de Orléans, passava por ter o talento de isentar os conscritos do sorteio, isto é, de fazê-los ter um bom número. Prometeu ao senhor Frédéric Vincent P..., jovem vinhateiro de St-Jean-de-Braye, de fazê-lo ter o número que quisesse, pagando 60 fr. dos quais 30 pagos adiantadamente, e 30 depois do sorteio. O segredo consistia em dizer três Pater e três Ave durante nove dias. Por outro lado, o feiticeiro afirmou que, graças àquilo que faria de sua parte, aqui trabalharia talvez bem o conscrito, e impedi-loia de dormir durante a última noite, mas que estaria isento. Infelizmente o encanto não se operou; o conscrito dormiu como de hábito e trouxe o número 31 que fez dele um soldado. Esses fatos, renovados duas vezes ainda, não puderam ser mantidos em segredo e levaram o feiticeiro Félix M... diante da justiça."

Os adversários do Espiritismo acusam-no de despertar as idéias supersticiosas; mas o que há de comum entre a doutrina que ensina a existência do mundo invisível, comunicando com um mundo invisível, e fatos da natureza daquele que narramos, que são os verdadeiros tipos da superstição? Onde se viu que o Espiritismo ensinasse semelhantes absurdos? Se aqueles que o atacam sob esse aspecto se dessem ao trabalho de estudá-lo antes de julgá-lo levianamente, saberiam que não somente ele condena todas as práticas adivinhatórias, mas que lhes demonstra a nulidade. Portanto, como dizemos freqüentemente, o estudo sério do Espiritismo tende a destruir as crenças verdadeiramente supersticiosas. Na maioria das crenças populares, quase sempre, há um fundo de verdade, mas desnaturado, amplificado; são os acessórios, as falsas aplicações que constituem, propriamente falando, a superstição. É assim que os contos de fadas e de gênios repousam sobre a existência de Espíritos bons ou maus, protetores ou malévolos; que todas as histórias de fantasmas têm sua fonte no fenômeno, muito real, das manifestações Espíritas, visíveis e mesmo tangíveis; esse fenômeno, hoje perfeitamente averiguado e explicado, entra na categoria de fenômenos naturais, que são uma conseqüência das leis eternas da criação. Mas o homem raramente se contenta com a verdade que lhe pareça muito simples; eles se vestem com todas as quimeras criadas pela sua imaginação, e é então que cai no absurdo. Depois vêm aqueles que têm interesse em explorar essas mesmas crenças, às quais acrescentam um prestígio fantástico, próprio para servirem aos seus objetivos; daí essa turba de adivinhos, feiticeiros, ledores da boa sorte, contra os quais a lei pune com justiça. O Espiritismo verdadeiro, racional, não é, pois, mais responsável do abuso que se lhe possa fazer, que o médico não o é das ridículas fórmulas e práticas empregadas pelos charlatães ou ignorantes. Ainda uma vez, antes de julgar, dai-vos ao trabalho de o estudar.

Concebe-se o fundo de verdade de certas crenças, mas talvez perguntar-se-á sobre o que pode repousar aquela que deu lugar ao fato acima, crença muito difundida nos nossos campos, como se sabe. Ela nos parece, de início, ter seu princípio no sentimento intuitivo dos seres invisíveis aos quais foram levados a atribuir uma força que, freqüentemente, eles não têm. A existência de Espíritos enganadores, que pululam ao nosso redor, em conseqüência da inferioridade do nosso globo, como os insetos no pântano, e que se divertem às expensas das pessoas crédulas predizendo-lhe um futuro quimérico, sempre próprio para bajular seus gostos e seus desejos, é um fato dos quais, todos os dias, temos a prova por nossos médiuns atuais; o que se passa aos nossos olhos, ocorreu em todas as épocas pelos meios de comunicação em uso, segundo os tempos e os lugares, eis a realidade. O charlatanismo e a cupidez ajudando, a realidade passou ao estado de crença supersticiosa.



Filosofia.

(Sociedade, 3 de fevereiro de 1860. Méd Sr. Colin )

Escrevei estas coisas: O homem! Que é ele! De onde sai! para onde vai! - Deus! A Natureza!

A criação! O mundo! Sua eternidade no passado, no futuro! Limite da Natureza, relações do ser infinito com o ser particular? Passagem do infinito ao finito? - Perguntas que deve ter feito o homem, criança ainda, quando viu pela primeira vez com sua razão, acima de sua cabeça, a marcha misteriosa dos astros; sob seus pés a Terra, alternativamente revestida com roupa de festa sob o lépido hálito da primavera, ou coberta com um manto de tristeza sob o sopro gelado do inverno; quando se viu ele mesmo, pensando, sentindo, por um instante, lançado, nesse imenso turbilhão vital, entre ontem, dia de seu nascimento, e amanhã, dia de sua morte. Perguntas que se colocaram todos os povos, em todas as idades e em todas as suas escolas, e que, entretanto, não permaneceram menos enigmas para as gerações seguintes; perguntas bem dignas, contudo, para cativar o espírito investigador de vosso século e o gênio de vosso país. - Se, pois, houver entre vós um homem, dez homens, tendo consciência da alta gravidade de uma missão apostólica, e vontade de deixarem um sinal de sua passagem aqui para servir de ponto de referência à posteridade, eu lhes direi: por muito tempo transigistes com os erros e os preconceitos de vosso tempo; para vós, a época das manifestações materiais e físicas passou; o que chamais evocações experimentais não pode mais vos ensinar grande coisa, porque, ornais freqüentemente, só a curiosidade está em jogo; mas a era filosófica da doutrina se aproxima. Não fiqueis, pois, por mais tempo agarrados à madeira logo carcomida do pórtico, e penetrai audaciosamente no santuário celeste, tendo orgulhosamente à mão a bandeira da filosofia moderna, sobre a qual escrevereis sem medo: misticismo, racionalismo. Fazei ecletismo no ecletismo moderno; fazei-o como os Antigos, apoiando-vos sobre a tradição histórica, mística e legendária, mas tendo cuidado sempre em não sair da revelação, luz que nos faltou a todos em recorrendo às luzes dos Espíritos superiores votados missionariamente à marcha do espírito humano. Esses Espíritos, por elevados que sejam, não sabem todas as coisas: só Deus as conhece; além disso, de tudo que sabem, não podem tudo revelar. Onde estaria, em que se tornaria, com efeito, o livre arbítrio do homem, sua responsabilidade, o mérito e o demérito; e, como sanção, o castigo, a recompensa?

Entretanto, posso alinhar o caminho que vos mostro, com alguns princípios fundamentais; escutai, pois, estas coisas:

1- A alma tem o poder de se esquivar à matéria;

2- De se elevar bem acima da inteligência;

3- Esse estado é superior à razão;

4- Ele pode colocar o homem em relação com o que escapa às suas faculdades;

5- O homem pode provocá-lo pela prece a Deus, por um esforço constante da vontade, reduzindo, por assim dizer, a alma ao estado de pura essência, privada de atividade sensível e exterior; pela abstração, em uma palavra, de tudo o que há de diverso, de múltiplo, de indeciso, de turbilhonante, de exterioridade na alma;

6-Existe no eu concreto e complexo do homem uma força completamente ignorada até aqui: procurai-a, pois.


MOISÉS, PLATÃO, DEPOIS JULIANO.

Textos extraídos do artigo da "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos", de 05/1860, e de 04/1860, respectivamente. Da tradução em Português Brasileiro. Instituto de Difusão Espírita Editora - IDE.



O ESPIRITISMO E UMA CIÊNCIA POSITIVA.
(...)

A ação do elemento espiritual, como força e como lei da Natureza, abre, pois, novos horizontes à ciência, dando-lhe a chave de uma multidão de problemas incompreendidos. Mas se a descoberta das leis puramente materiais produziu no mundo revoluções materiais, a do elemento espiritual nele prepara uma revolução moral, porque muda totalmente o curso das idéias e das crenças mais enraizadas; ele mostra o caminho sob um novo aspecto; mata a superstição e o fanatismo; engrandece o pensamento, e o homem, em lugar de se arrastar na matéria, de circunscrever sua vida entre o nascimento e a morte, se eleva até o infinito; sabe de onde vem e para onde vai; vê um objetivo para seu trabalho, seus esforços, uma razão de ser ao bem; sabe que nada do que adquire neste mundo, em saber e em moralidade, está perdido para ele, e que o seu progresso prossegue indefinidamente além do túmulo; ele sabe que tem sempre o futuro para si, quaisquer que sejam a insuficiência e a brevidade da existência presente, ao passo que a idéia (SIC!) materialista, em circunscrevendo a vida à existência atual, lhe dá por perspectiva o nada, que não tem mesmo para compensação a ausência, que ninguém pode recuar à sua vontade, porque aqui podemos cair amanhã, numa hora, e então o fruto de nossos labores, de nossas vigílias, dos conhecimentos adquiridos está perdido para sempre para nós, freqüentemente, sem ter tido o tempo de gozá-los.

(...)

Se os detratores do Espiritismo - falo daqueles que militam para o progresso social, dos escritores que pregam a emancipação dos povos, a liberdade, a fraternidade e a reforma dos abusos - conhecessem as verdadeiras tendências do Espiritismo, a sua importância e seus resultados inevitáveis, em lugar de abafá-lo como o fazem, de lançar sem cessar entraves em seu caminho, nele veriam a mais poderosa alavanca para chegar à 5 destruição dos abusos que combatem; em lugar de lhe serem hostis, o aclamariam como um socorro providencial; infelizmente, a maioria crê mais neles do que na Providência. Mas a alavanca age sem eles e apesar deles, e a irresistível força do Espiritismo nisso será tanto melhor constatada quanto tiver tido mais a combater. Um dia dir-se-á deles, e isso não será à sua glória, o que dizem eles mesmos daqueles que combateram o movimento da Terra e daqueles que negaram a força do vapor. Todas as negações, todas as perseguições, não impediram essas leis naturais de seguir o seu curso; do mesmo modo todos os sarcasmos da incredulidade não impedirão a ação do elemento espiritual que é também uma lei da Natureza.

O Espiritismo, considerado dessa maneira, perde o caráter de misticismo que lhe censuram seus detratores, aqueles pelo menos que não o conhecem; não é mais a ciência do maravilhoso e do sobrenatural ressuscitada, é o domínio da Natureza enriquecido de uma lei nova e fecunda, uma prova a mais do poder e da sabedoria do Criador; são, enfim, os limites dos conhecimentos humanos recuados.

(...)

Trechos extraídos do artigo da "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos", de 11/1864. Da tradução em Português Brasileiro. Federação Espírita Brasileira - FEB.

__________________________

** Temos abaixo o recorte em vídeo de uma entrevista feita a Klaus Dona por Bill Ryan, do Projeto Avalon, em 2010. Klaus Dona é natural de Viena, Áustria, e grande conhecedor e interessado apaixonado por objetos arqueológicos e outros tipos de achados tidos como não convencionais, pois para a Arqueologia Clássica não consegue encontrar explicações lógicas para a existência dos mesmos, tratam-se estes tipos de artefatos os denominados OOPArt. Klaus Dona realizou exposições culturais dos OOPArts em diversos países, desde então. Klaus Dona é um Arqueólogo Espiritual da Arte e da Cultura de civilizações extintas, e um especialista em exposição sobre estas culturas. Além de sua experiência desde 1997 com pesquisas e exposições culturais dos OOPArts, Klaus Dona também escreveu livros sobre este tema.

Depois de ter realizado como Art Curador a exposição de peças arqueológicas OOPArts para Habsburg Haus da Áustria em Viena que seu trabalho foi ainda mais divulgadoO vídeo abaixo traz importante revelação a partir do tempo de 08:17 a 08:56: a de que povos antigos da América do Sul, desde os pré-incas, e parece que também da América Central e do Norte (desde os pré-Olmecas, Astecas e Maias), já sabiam da existência de Jesus Cristo, e tinham o conhecimento de que Ele iria retornar à Terra, claro que para estes povos o nome Dele era outro, nós que o conhecemos como Jesus Cristo. Esta informação correspondente, entre o passado ancestral e o nosso presente, é reforçada pela informação nestas peças pré-históricas de que Ele vive em Órion. Nos livros do Antigo Testamento da Bíblia Sagrada  há repetidas referências ao Messias ser da Constelação de Órion, e de lá retornar conforme prometer. O Cristo já cumpriu sua promessa há milênios esperada, ele veio ao mundo através de Maria de Nazaré, sua mãe na Terra, mais ou menos 2016 anos atrás.


A História Secreta da Raça Humana

1-"Klaus Dona - artefatos misteriosos de Colecções Segredo + Entrevista", traduzido do inglês "Klaus Dona - Mysterious Artifacts from Secret Collections - Interview". Site MEGALITHOMANIA. 

http://www.megalithomania.co.uk/klausdona.html

2- Entrevista à Klaus Dona, "Klaus Dona Arqueólogo Espiritual", traduzido do inglês "Klaus Dona Spiritual Archeologist". Site Project Camelot (http://projectcamelotportal.com/).

http://projectcamelot.org/lang/en/klaus_dona_interview_transcript_en.html

3- Entrevista à Klaus Dona, "Klaus Dona: A História Secreta da Raça Humana", traduzido do inglês "Klaus Dona: The Hidden History of the Human Race". Reprodução da entrevista realizada pelo Project Camelot,. Site Project Avalon (http://projectavalon.net/).

http://projectavalon.net/lang/en/klaus_dona_2_interview_transcript_en.html

4- Entrevista à Klaus Dona, "Junho 2012 Artista em Destaque Klaus Dona - Klaus Dona Crônicas", traduzido do inglês "June 2012 Featured Artist Klaus Dona - Klaus Dona Chronicles". Reprodução da entrevista realizada pelo Project Camelot. Site Musicians 4 Freedom (http://musicians4freedom.com/).

http://musicians4freedom.com/featured/m4f-featured-visual-artists/2012-featured-artists/june-2012-featured-artist-klaus-dona/



Referências bibliográficas para este rodapé:

a) "Religiosidade Popular: fenômeno, mística e o símbolo" (PDF). Artigo de Robertino Lopes da Costa. Artigo apresentado durante a graduação em Ciências das Religiões na UFPB (Universidade Federal da Paraíba), licenciado em Filosofia pela mesma instituição.

http://periodicos.ufpb.br/index.php/dr/article/view/18162

b) "Antropologia da Religião" (PDF). Artigo de José Lisboa Moreira de Oliveira. Artigo apresentado na qualidade de licenciado em Filosofia, doutor em Teologia, escritor com obras publicadas, e conferencista, gestor do Centro de Reflexão Sobre Ética e Antropologia da Religião (Crear) da Universidade Católica de Brasília onde era também professor de Antropologia da Religião e Ética, pois faleceu em março de 2015 (http://www.avozdocampo.com/cidades/araci/araci-morre-aos-58-anos-o-teologo-e-escritor-jose-lisboa).

http://www.ucb.br/sites/000/14/PDF/antropologiadareligiao.pdf

c) "Crenças, Religiões, Povos e Histórias", traduzido do espanhol "Creencias, religiones, pueblos e historia". Artigo de Canales Pedro Guerrero, extraído da revista científica "La Colmena", da Universidad Autónoma  del Estado de México em parceria com o Consejo Superior de Investigaciones Científicas, España. Antropólogo, Filósofo e Psicólogo do México, natural do México; graduado ainda em Demografia Histórica, Mestre em História da América Latina em Ciências Sociais seguido de doutorado na mesma área (Sobre o autor: http://www.colmich.edu.mx/historiademografica/files/participantes/Pedro_Canales.pdf;http://crh.ehess.fr/index.php?2805). Site La Colmena (http://web.uaemex.mx/plin/colmena/Colmena.html)

http://web.uaemex.mx/plin/colmena/Colmena%2037/Colmenario/Canales.html

d) "Alteridade, filosofia, mística: entre fenomenologia e epistemologia", ("Otherness, philosophy, mistics: between phenomenology and epistemology"). Artigo de Patrizia Manganaro, doutora em Filosofia, professora na Pontificia Universirtà Lateranense de Roma Itália. Retirado da World Wide Web para a revista Memorandun: memória e história em psicologia, UFMG, 
USP, 2004.

http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/artigos06/manganaro01.htm

e) "Misticismo-Religioso Neopitagórico e Neoplatônico". Artigo do blog "Sei que Nada Sei Também...", de autoria de Thiago (?) (Sem referências do autor). Blog "Sei que Nada Sei Também ..." (http://seiquenadaseitambem.blogspot.com.br/).

http://seiquenadaseitambem.blogspot.com.br/2008/04/misticismo-religioso-neopitagrico-e.html

f) "O Livro dos Espíritos", Capítulo I. Allan Kardec sob a orientação dos Espíritos Superiores. Tradução em Português Brasileiro por Guillon Ribeiro.

g) "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos", de 09/1858, e de 12/1858. Da tradução em Português Brasileiro. Federação Espírita Brasileira - FEB.

http://www.febnet.org.br/ba/file/Downlivros/revistaespirita/Revista1858.pdf

h) "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos", de 05/1860, e de 04/1860, respectivamente. Da tradução em Português Brasileiro. Instituto de Difusão Espírita Editora - IDE.

http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/revista-espirita-1860.pdf

i) "Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos", de 11/1864. Da tradução em Português Brasileiro. Federação Espírita Brasileira - FEB.

http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/revista-espirita-1864.pdf


j) Mapa histórico da Irlanda -  Pré-Histórico + Paleogeografia + Arqueologia, traduzido do inglês "Ireland's History in Maps - PreHistory + PaleoGeography + Archaeology", todas as páginas que se seguem.  S/A, S/D. In: Roots.web and An Ancestry.com - Community (http://home.rootsweb.ancestry.com/).

http://www.rootsweb.ancestry.com/~irlkik/ihm/neolithic.htm

l) "Wicca não é Celta e outras verdades simples", traduzido do inglês "Wicca is not Celtic and Other Simple Truths". Artigo de Kaathryn MacMorgan (Sobre o autor:http://www.goodreads.com/book/show/3881280-all-one-wicca). Site Wicca For the Rest of Us (http://wicca.cnbeyer.com/)

http://wicca.cnbeyer.com/not_celtic.shtml

m) "O que é Wicca". Artigo traduzido do inglês "What Is Wicca", de autoria de Herne (?), (Sobre o autor: http://wicca.com/celtic/council/meetherne.htm).  Site A Connection Celtic (http://wicca.com/)

http://wicca.com/celtic/wicca/wicca.htm

n) "Wicca", traduzido do inglês "Wicca". Trecho extraído do livro "Wicca", de autoria de William Schanoebelen (Sobre o autor: possivelmente sacerdotisa wicca segundo dados acessados:https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Schnoebelen). Site European- American Evangelistic  Cruzades (http://www.eaec.org/)

http://www.eaec.org/cults/wicca.htm

o) Site Wikipédia. "Wicca".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Wicca


Ao usar o conteúdo do rodapé 18 respeite os direitos autorias deste blog, e das fontes citadas.


19. Através das várias modalidades de estudo da vida além da matéria realizada dentro da Medicina científica, incluindo o ramo da Neurociência, a Ciência começa a despertar lentamente para a realidade da vida além da matéria. 


a) Universidade Internacional  de Ciências do Espírito - UNIESPÍRITO.


http://uniespirito.com.br/

b) "Evidências científicas sobre a existência da vida após a morte". Artigo de Luiz Terapeuta. Site do Instituto AHAU (http://ahau.org/).

http://ahau.org/evidencias-cientificas-sobre-a-existencia-da-vida-apos-a-morte/



20. Rever as notas 10 e 11, do rodapé deste texto. 






Heliana Staut.

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* Leitura complementar no link abaixo, deste blog:



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