terça-feira, 10 de outubro de 2017

"MEDIUNIDADE SUFICIENTE"






Mediunidade  Suficiente

Dr. Odilon Fernandes

                           TRUTH BOOK. Urântia. Um dos Dez Leprosos é AgradecidoWilliam Hole.                           







Mediunidade Suficiente


Dr. Odilon Fernandes






Podes não ser portador dessa ou daquela faculdade mediúnica de natureza ostensiva, mas não te esqueças de que já és dotado de mediunidade suficiente para que te faças, sobre a Terra, intérprete do Bem em favor de todos aqueles que sofrem.




Movimenta, pois, de maneira consciente, as possibilidades inerentes ao teu próprio espírito e serve, sem esperar que nenhum fenômeno externo te exorte a fazê-lo.









Livro "A Mediunidade Nossa de Cada Dia", ditado pelo espírito Dr. Odilon Fernandes. Psicografado pelo médium Carlos A. Baccelli.


















Nossa Mediunidade é Suficiente

Heliana  Staut





"Podes não ser portador dessa ou daquela faculdade mediúnica de natureza ostensiva, ...". 

Todos nós somos portadores de algum dom espiritual, alguma ou algumas mediunidades, entretanto nem todos nós as temos de forma ostensiva, e sim de forma discreta, ou seja, de uma forma que não se manifesta exteriormente. Mas, em um trabalho mediúnico essas mediunidades discretas são colocadas à serviço, e é quando elas aparecem diante dos olhos alheios. No lar, junto aos entes familiares, dividimos nossas experiências cotidianas da manifestação dessas nossas mediunidades discretas, porque os nossos entes familiares nos conhecem e confiam em nós.

Mesmo as mediunidades discretas possuem também graus de intensidade de manifestação dentro de nós. Em alguns casos essa manifestação é tão discreta que nem nos damos conta, e só vamos perceber que essa manifestação aconteceu depois de um tempo, quando algo acontece relacionado a essa manifestação discreta. Aí então é que vamos nos dar conta de que fomos avisados de uma maneira determinada, e entendemos que de alguma forma recebemos uma comunicação.

E também há a maioria dos casos em que sequer manifestações discretas temos, acreditando com isso, piamente, que não temos de forma alguma mediunidade. Mas mesmo neste caso temos mediunidade, porque a mediunidade é uma faculdade espiritual do ser humano, e por isso, é uma faculdade de todos. Com isso, mesmo que não se tenha qualquer tipo de manifestação mediúnica discreta, temos ainda assim mediunidade, que se manifesta de uma forma ainda tão mais discreta que sequer a notamos em qualquer momento que seja da nossa vida. Todos somos médiuns, é que a matéria densa de que é composto nosso corpo material nos impede de vivermos todas as possibilidades espirituais, e essa situação acaba sendo vivida também entre os desencarnados, tudo isso conforme o estágio moral e intelectual em que estejamos estagiando no nosso processo evolutivo pessoal.

Por isso, valorize-se enquanto pessoa dotada de faculdades mediúnicas não ostensivas. Não queira ter faculdades mediúnicas fora do seu tempo evolutivo. Seja uma pessoa sábia, reconhecendo em você uma força espiritual com a qual você pode colaborar trabalhando com Jesus, passe não mais a olhar as faculdades mediúnicas alheias, mas entenda que você tem que desenvolver uma sabedoria e um Amor dentro de você que vão lhe dar condições de aprimoramento das suas faculdades mediúnicas discretas (suas mediunidades discretas serão ainda melhores), e poderão permitir o afloramento de outras faculdades mediúnicas se for da vontade do Alto, se estiver em seu plano encarnatorio, não importa se elas serão ostensivas ou discretas. Sabedoria é sinônimo de honestidade e imparcialidade, é sinônimo também de todos os predicados morais apontados por Jesus que devemos nos esforçar para desenvolver dentro de nós, porque sem o desenvolvimento da sabedoria divina em nós ficará difícil desenvolvermos nossas potencialidades espirituais, e à serviço do Bem, mas não que essas potencialidades espirituais venham a se tornar ostensivas.

Como saber quais são as faculdades mediúnicas discretas? É aprendermos a olhar dentro de nós, e identificarmos em nós e nos outros as manifestações mediúnicas que não aparecem, que são discretas. É conseguirmos perceber também as boas qualidades morais que temos em nós e nos outros a favor do próximo. 

A mediunidade discreta do exercício da Caridade em benefício dos necessitados de toda sorte é a maior das mediunidades, não dependendo de nenhum tipo de fenômeno mediúnico. Portanto, até mesmo a mediunidade ostensiva, sem a Caridade, nada é do que apenas uma capacidade fenomênica, neste sentido lembremos das palavras de Paulo de Tarso sobre isso.


CAPÍTULO XV - FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO


NECESSIDADE DA CARIDADE, SEGUNDO S. PAULO


6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade. (S. Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, 13:1 a 7 e 13.)

Do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", tradução de Guillon Ribeiro.


Portanto, cada um de nós, por sermos possuidores de faculdades mediúnicas discretas, ou discretíssimas, somos tão responsáveis pelo o que sai de dentro de nós mediunicamente quanto aqueles que possuem a mediunidade ostensiva. Que procuremos emanar de dentro de nós a mediunidade da Caridade e com ela impulsionar as outras mediunidades que possamos ter.



"..., mas não te esqueças de que já és dotado de mediunidade suficiente para ..."

Por isso é que temos que entender que cada um de nós possuímos a mediunidade que nos é suficiente, não somente por tudo o que foi esclarecido em parágrafos anteriores, mas também porque quando reencarnamos trazemos conosco um plano encarnatorio para nossa evolução moral no qual vem já determinado que tipo de mediunidade teremos. Mas em se tratando de reencarnações não planejadas as pessoas que nascem neste segundo caso não estão isentas de virem ao mundo físico com determinado tipo de mediunidade conforme experiências de vida trazidas das últimas encarnações.

Possuímos uma mediunidade que nos é suficiente "para", sim, sermos úteis em benefício das pessoas próximas e da fração da Humanidade que aqui na Terra se encontra vivendo. Esta é a finalidade de nossa mediunidade suficiente. Não queiramos mediunidades que apareçam, porque achamos maravilhosas, porque gostaríamos de receber determinada forma de comunicação, porque o fardo da responsabilidade é ainda maior, competindo aos que foram preparados para a mediunidade ostensiva responder aos objetivos celestes de forma nobre moralmente, beneficiando a todos, é por isso mesmo um tipo de mediunidade que coloca à uma prova moral mais difícil, o médium. Entretanto a mediunidade suficiente não ostensiva é também de grande responsabilidade, mas muito grande mesmo, porque de qualquer forma, seja o tipo de mediunidade que for, nós a estaremos empregando para Bem ou para Mal de acordo com nossa consciência moral. 

Portanto, qualquer que seja nosso tipo de mediunidade, ostensiva ou discreta, temos uma grande responsabilidade em seu emprego. E no final de nossa jornada terrena seremos perguntados também sobre o que fizemos de nossa mediunidade durante a vida encarnatória.



"... para que te faças, sobre a Terra, intérprete do Bem em favor de todos aqueles que sofrem."

"Para" que nos façamos úteis benevolamente sobre a face da Terra, planeta que habitamos, é necessário que coloquemos nossa mediunidade suficiente à disposição do Bem, é necessário que façamos com a nossa própria disposição e ação, o Bem com nossa mediunidade suficiente. Por isso, não queiramos ter mais do que temos enquanto mediunidade, entendendo que cada um de nós neste planeta veio reencarnar com um compromisso perante as Leis Divinas trazendo as faculdades mediúnicas que nos foram confiadas para o cumprimento de nossa humilde e pequenina missão junto a todos os seres viventes também na Terra: homens, animais e Natureza. Principalmente em benefício dos seres humanos que sofrem.

Então nossa mediunidade, que nos é suficiente para atender a nossa realidade espiritual de evolução de pessoas encarnadas, além de dever ser aplicada unicamente ao Bem, é também ao Bem dos que sofrem todos os tipos de sofrimento. Entendido isso compreendemos que a mediunidade que nos foi confiada, além de nos ser suficiente não pode também ser utilizada em nosso benefício pessoal, e não pode ser aplicada de forma egoística e vaidosa, esquecendo que Deus nos deu a oportunidade de termos uma mediunidade, seja ela o mais discreta possível, seja ostensiva, para ser aplicada em benefício de todas as pessoas viventes na Terra.

Portanto, nossa mediunidade, sendo ela a mediunidade que for, temos que aplicá-la com humildade, pois assim como Deus nos dá, Deus pode nos tirar, se não estivermos fazendo bom proveito de nossas humildes faculdades mediúnicas, no sentido da suspensão temporária ou permanente de nossa mediunidade.


"Movimenta, pois, de maneira consciente, as possibilidades inerentes ao teu próprio espírito e serve, ..."

Movimentar de maneira consciente as nossas forças mediúnicas é ter consciência de tudo o quê já foi exposto até aqui. A nossa consciência deve andar de acordo com as necessárias noções da mais alta moral de que podemos ser capazes de entender e aplicar em nossas vidas, aplicando ao exercício mediúnico. Isso significa nossa transformação moral.

Devemos conscientemente nos dirigirmos pela moral evangélica aplicando a nossa mediunidade, que nos é adequada e dada por Deus, e que a mediunidade é portanto "as possibilidades inerentes do nosso próprio espírito" de servir ao Bem e ao próximo tão somente. E por isso tão somente deve ser o nosso objetivo com a nossa mediunidade: a de servir sempre fazendo o Bem, apenas esse deve ser o nosso interesse.



"... sem esperar que nenhum fenômeno externo te exorte a fazê-lo."

E finalmente, devendo servir aos próximos que estão ao nosso alcance apenas com o interesse do Bem e de servir com o Bem, não esperando absolutamente mais nada a não ser os resultados benéficos que pudemos fazer a esses próximos como sendo todas as formas de Bem Estar que esses próximos estavam precisando. E mais, sem esperar que acontecimentos fenomênicos venham de súbito a ocorrer conosco mediunicamente, impelindo-nos a fazer algo concretamente para realizar o Bem aos que necessitam. Nem tão pouco esperando recompensas, como o reconhecimento, por exemplo, dentre outras.

Não esperemos que fenômenos ostensivos da mediunidade despontem de nós para a realização da Caridade Verdadeira. Tomemos nós a iniciativa espontânea e sincera, movidos pelo verdadeiro sentimento de compaixão, piedade, a levar o exercício do bem com as disposições espirituais de que nos façamos portadores nestes momentos. Porque cada momento é único, e passa, e em cada momento fluirá o tipo de mediunidade necessária para socorrer a quem esteja precisando.

Tudo, portanto, na dose certa mediunicamente se manifestará conforme cada caso. A mediunidade suficiente são todos os tipos de mediunidade, ostensivas ou discretas. Confiemos em Jesus, e caminhemos com Ele na nossa jornada mediúnica.








Heliana  Staut






Significado de Ostensivo:

adjetivo



1. Diz-se do que é apropriado ou próprio para ser visualizado ou notado.

2. Diz-se do que se pode demonstrar ou exibir; que é magnificente ou majestoso.


(...)


Significado extraído de Dicionário on line.



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